sexta-feira, 1 de junho de 2012

Gol informa demissão de 190 tripulantes


Gol informou nesta sexta-feira que demitiu 190 tripulantes.
A empresa afirma que os desligamentos estão "em continuidade ao seu processo de adequação à nova realidade do mercado, para manter seu plano de negócios disciplinado e a sustentabilidade de sua operação.
Em nota, disse que está em constante diálogo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas e que manterá o atendimento aos 63 destinos nacionais e 13 internacionais que compõem sua malha.


As demissões na empresa devem chegar a mil. Desde o início do ano, a companhia aérea já havia cortado 500 vagas --demitiu 1.200 e contratou 500. Desse total, 205 são tripulantes (pilotos e comissários).
Em um comunicado aos tripulantes, a diretoria de operações da companhia justificou os cortes argumentando sobre a necessidade de adequar a competitividade e a rentabilidade da empresa a um "novo cenário no ambiente econômico".
Antes de iniciar as demissões, porém, a companhia abriu um programa para atrair voluntários, que puderam se inscrever até o dia 17.
Junto com a sua controlada Webjet, a Gol tem hoje cerca de 20 mil colaboradores.
REDUÇÃO DE CUSTOS
A Gol deu início a um agressivo plano de redução de custos depois de amargar um prejuízo de R$ 710 milhões no ano passado.
Apesar de o setor ter crescido 16%, a companhia perdeu dinheiro, principalmente, por conta de uma forte pressão de custos e pela valorização do real.
O combustível de aviação, por exemplo, aumentou mais de 20%. O insumo representava 38% dos custos da companhia no primeiro trimestre do ano passado. Hoje, já responde por 44%.
Entre as medidas adotadas pela Gol está a redução no número de comissários, de 4 para 3 por aeronave.
Desde 2010, após uma mudança nas regras, a Anac, agência reguladora do setor aéreo, liberou as empresas a voar com três comissários. Antes da Gol, a Webjet já havia adotado o procedimento.
LANCHE PAGO
A companhia também cortou serviço de bordo gratuito nos voos que oferecem a opção de serviço pago.
Hoje são 180 voos, de um total de 800. Mas, até o fim do semestre, o lanche pago estará disponível em todos os voos com mais de uma hora e 15 minutos de duração.
A Folha apurou que a nova onda de demissões não será acompanhada de mais cortes na operação. Trata-se de adequação ao já anunciado corte de cem voos (10% da malha).
Pela primeira vez, a companhia planeja encerrar o ano com uma redução da oferta de assentos. A previsão é reduzir a oferta em 2%.
PROTESTO
Ontem, comissários de bordo fecharam parcialmente a avenida Washington Luís, ao lado do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), em protesto contra demissões de tripulantes pelas companhias aéreas e também pela redução de comissários nos aviões --a Gol adotou a redução recentemente.
O ato, segundo o sindicato da categoria, reuniu cerca de 300 pessoas. De acordo com a Infraero (estatal que administra os aeroportos), o número de manifestantes era menor: em torno de 60.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Centro de logística na Bahia recebe investimento de 1,3 bilhão


Projeto vai gerar 20 mil empregos entre diretos e indiretos


Um investimento de R$ 1,3 bilhão, em 10 anos, que pode modificar parte da infraestrutura da Bahia. Esta é a proposta da Cone Aratu - Condomínio de Negócios, empresa do grupo pernambucano Moura Dubeux, que criará um centro industrial e logístico em Simões Filho. O projeto deve gerar cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos.
A empresa pretende destinar 880 mil metros quadrados de área para a construção de galpões, que atenderão 50 operadores de logística e indústrias, e mais 526 mil metros quadrados para pátio. O vice-presidente da Cone, Angelo Bellelis, diz que o investimento aposta no potencial da economia baiana. Será celebrada uma parceria com a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), e há grande expectativa em torno da realização de melhorias no Porto de Aratu. “No futuro, Aratu pode ter um terminal de contêineres e, como o Porto de Salvador não tem retroárea, somos uma ótima opção”, raciocina Bellelis. No projeto, a FCA passa com uma linha na margem do empreendimento.

A infraestrutura já existente foi o motivo da escolha por Simões Filho. Especialmente a proximidade com o Porto de Aratu, a rodovia BR-324 e, consequentemente, com as cargas que chegam de Feira de Santana e de outros municípios. “Isso irá facilitar a distribuição das cargas”, diz.

As obras do Cone Aratu serão divididas em 10 fases, com previsão de construir 80 mil metros quadrados de galpões por ano. As obras de terraplenagem estão previstas para o último trimestre deste ano e deverão ficar prontas em um ano. Uma empresa já fechou negócio. A Rapidão Cometa já fez o pedido de 20 mil metros quadrados. Os espaços são prioritariamente alugados, até porque a clientela não tem interesse em imobilizar capital.

Divisões

Dentro do empreendimento haverá três ‘produtos’: um Multimodal, uma área Plug&play e um Multicenter. O Multimodal está relacionado à conexão dos vários meios de transporte (aéreo, ferroviário, rodoviário e aquaviário), além de pátio para contêineres e um truck center, que oferecerá infraestrutura adequada para a parada dos caminhoneiros. O Plug&play será o espaço destinado aos galpões. Além disso, está previsto um hotel no espaço Multicenter, que
também contará com centro de convenções e serviços de escritório.

Incentivos
O empreendimento  conta com  redução de ISS de 5% para 2% por parte da prefeitura de Simões Filho e há negociações com o governo do estado para  redução no ICMS, extensiva às empresas que se instalarem na região. Outra vantagem é a redução de custo que a empresa ganha com a localização.
“Quando o empresário de logística está interessado em uma área, ele não olha só o preço do metro quadrado, mas a economia que a infraestrurura no entorno irá gerar com a redução do custo”, frisa Marcos Dubeux, CEO da Cone S.A. Além das empresas de logística, ele diz que também poderão ser instaladas plantas industriais no Cone, embora o processo seja mais lento do que na área de logística.
Cone já implantou o mesmo projeto em Suape
Um porto precisa de retroárea para descarregar e carregar cargas e para operadores logísticos e plantas industriais se instalarem ao seu redor, reduzindo custos e trabalho. Com essa ideia, a Cone construiu o mesmo tipo de empreendimento, que apresenta agora para a Bahia, no Porto de Suape (Pernambuco).
Em um ano e meio de instalação já há no local 18 companhias instaladas e a previsão é de que até 2016 sejam aplicados R$ 1,6 bilhão no local. Do total de 18 milhões de metros quadrados destinados ao complexo, 7 milhões já estão em desenvolvimento. Hoje, estão instaladas ali empresas como Gerdau, Rapidão Cometa, Login, Gestamp, MSC e  Maestra. Até o final do ano, já deverão ter sido investidos R$ 685 milhões no complexo logístico pernambucano.

terça-feira, 29 de maio de 2012

FedEx assina acordo para a compra do Rapidão Cometa


A FedEx Corp (NYSE: FDX) acaba de formalizar um acordo para a compra da empresa brasileira de transporte e logística Rapidão Cometa Logística e Transportes S.A. A negociação foi anunciada nesta terça-feira (29) e faz parte de uma ação estratégica da companhia para ampliar seus negócios na América Latina.
A aquisição, que será concluída no terceiro trimestre deste ano, incrementará a oferta de serviços da FedEx Express em âmbito internacional e também no País.
"A compra do Rapidão Cometa está alinhada à nossa estratégia de longo prazo para expansão do nosso negócio na América Latina. A FedEx, agora, passará a oferecer um portfólio mais abrangente no Brasil, que incluirá transporte aéreo internacional expresso, serviço de transporte doméstico terrestre e serviços de valor agregado, como cadeia de suprimentos e soluções logísticas", informou o presidente da FedEx Express América Latina e Caribe, Juan N. Cento.
O que muda
Quando a transação estiver concluída, a FedEx Express passará a oferecer ainda todos os serviços internacionais para clientes do Rapidão Cometa - que terão acesso direto à rede internacional FedEx, que conecta mais de 220 países e territórios em todo o mundo.
Além disso, a aquisição também deverá trazer 45 filiais operacionais e aproximadamente 145 pontos de distribuição à estrutura da companhia, bem como 770 veículos e ofertas em logística e distribuição.
“A integração dos negócios de distribuição, logística e transporte expresso do Rapidão Cometa será realizada em fases, em um período de 18 a 24 meses após a aprovação final do acordo e resultará em um vasto portfólio e uma rede competitiva para a FedEx em todo o Brasil”, informa a companhia.

China formaliza implantação de fábrica da Sinotruk no Brasil


Em evento realizado no último dia 22, na sede da fábrica da CNHTC (China National Heavy Duty Truck Group Corporation), o chairman da companhia, Ma Chunji, confirmou a implantação da fábrica da Sinotruk no Brasil.
Na ocasião, o diretor geral da Elecsonic (Sinotruk Brasil), Joel Anderson (foto) destacou que o vice-presidente do Grupo, Liu Wei, estará no Brasil em julho para dar início aos trabalhos para a construção da fábrica que será instalada no município de Lages, em Santa Catarina, conforme já havia sido anunciado em abril.
A unidade fabril, que terá processo de montagem em KD (Knock-down)  
̶ com a projeção de nacionalizar pelo menos 65% das peças   ̶  possui capacidade inicial para a produção de 5 mil unidades por ano nos primeiros 12 meses, com previsão para chegar a 8 mil unidades em médio prazo. De acordo com Ma Chunji, o investimento inicial será de R$ 300 milhões. “Trata-se de uma opção atraente para esse mercado altamente competitivo que é o Brasil. Temos certeza que nossos clientes estarão satisfeitos com os caminhões que aqui serão produzidos”, diz Joel Anderson.

Trem para Cumbica sai até a Copa


Secretário de Transportes Metropolitanos diz que projeto prevê uso de trecho já em operação. Licença prévia para obra já foi liberada

A linha 13-Jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), ainda em fase de projeto, pode chegar ao aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, até junho de 2014. A promessa foi feita ontem pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

Para tirar a ligação do papel, o governo pode adiar a construção da estação Cecap, em Guarulhos, e concentrar os investimentos no trecho entre a estação Engenheiro Goulart, na zona norte, e o aeroporto internacional.

Na avaliação do secretário, o Estado terá que realizar um esforço enorme para cumprir o prazo prometido. “Será uma luta mesmo, mas vamos buscar a ligação com o aeroporto até junho de 2014. A estação Cecap deve ficar para depois”, disse Fernandes.

De acordo com o secretário, a licença prévia para a obra já foi aprovada. O próximo passo é obter a de instalação, o que permitirá o início dos trabalhos.

Na tentativa de agilizar a entrega da ligação, o governo decidiu aproveitar um trecho da linha do Brás até Engenheiro Goulart, tendo que licitar e construir apenas os quilômetros necessários para chegar a Cumbica.

O trajeto em estudo prevê que o ramal até o aeroporto passe pela rodovia Ayrton Senna, Dutra e pelo parque Ecológico do Tietê. “Ainda temos que avaliar a questão das penitenciárias que estão na região. Tudo isso entrará no projeto da ligação”, explicou o secretário.

Após fusão, Azul Trip vai controlar 15% da aviação no país


As companhias aéreas Azul, terceira maior do país, e Trip, maior empresa aérea regional da América, acertaram hoje a fusão de suas operações no Brasil.
O nome da nova empresa será Azul Trip SA. O executivo David Neeleman, da Azul, será o presidente do conselho de administração.
O negócio foi fechado hoje por Neeleman e por José Mário Caprioli, presidente-executivo da Trip, e Renan Chieppe, presidente do conselho da companhia.
Com a união, a nova empresa vai atender 15% do mercado doméstico de transporte aéreo. No total, ela vai possuir 112 aeronaves (62 jatos Embraer e 50 turboélices ATR) e operar pelo menos 837 voos diários em 316 rotas. Até o fim do ano, a frota deve aumentar para 120 aeronaves, segundo a empresa.
"Juntos, formaremos um grupo com possibilidades ainda maiores de continuar prestando serviços de transporte aéreo cada vez mais acessíveis e de alta qualidade", disse Neeleman, em nota.
"Enxergamos na Azul uma parceira que tem os mesmos ideais e visão de negócios. Buscaremos disseminar as melhores práticas entre as empresas, visando ampliar nossa competitividade no mercado, mantendo o DNA de alto serviço de ambas", disse, também em nota, Caprioli, Trip.
Os atuais donos da Azul --o americano naturalizado brasileiro Neeleman e oito fundos, entre eles Gávea, TPG e Bozano-- ficarão com 67% da nova empresa, enquanto os grupos Caprioli e Águia Branca, donos da Trip, terão o restante.
Para concretizar a operação, os donos da Trip recompraram, há uma semana, a participação de 26% que havia sido vendida para a americana Skywest.
A operação não envolve pagamentos. O valor das empresas usado para definir as participações não foi divulgado.
CONCORRÊNCIA
A operação dá às empresas um porte para enfrentar as líderes TAM e Gol. O faturamento conjunto deve chegar a R$ 4,2 bilhões este ano. No ano passado, a Gol faturou R$ 7,4 bilhões e a TAM, R$ 13 bilhões.
Com uma frota de 112 aviões e 837 voos diários, o grupo Azul Trip é responsável por 29% das partidas realizadas no país. Elas atendem 96 cidades, de um total de 108 cidades do país que recebem voos regulares.
A operação transforma o grupo Azul Trip no segundo maior operador de jatos da Embraer no mundo. São 62 jatos, de uma frota de 112 aviões.
Para ser concretizado, o negócio ainda precisa ser aprovado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Até lá, as duas empresas --bem como suas divisões de carga-- vão continuar operando separadamente.

RAIO-X DA NOVA EMPRESA
EMPRESA CONTROLADORA Azul Trip S.A.
FUNCIONÁRIOS 8.700
PARTICIPAÇÃO DE MERCADO 15%
DESTINOS 96 das 108 cidades com serviço aéreo regular no Brasil
VOOS DIÁRIOS 837
ROTAS 316
FROTA
112 aeronaves, sendo:
- 32 jatos Embraer 195 (118 assentos)
- 21 jatos Embraer 190 (106/110 assentos)
- 9 jatos Embraer 175 (86 assentos)
- 12 turboélices ATR 72-600 (68/70 assentos)
- 15 turboélices ATR 72-500 (68 assentos)
- 6 turboélices ATR 72-200 (68 assentos)
- 9 turboélices ATR 42-500 (48 assentos)
- 8 turboélices ATR 42-300 (48 assentos)
HUBS (centros de distribuição de voos)
Campinas, Belo Horizonte (Confins), Belo Horizonte (Pampulha), Cuiabá, Curitiba, Guarulhos, Manaus, Porto Alegre, Salvador e Rio de Janeiro

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Azul e Trip anunciam fusão


A Azul e a Trip Linhas Aéreas anunciam amanhã fusão de suas operações. Pelo acordo, os acionistas da Azul ficarão com uma participação de 80% na empresa e os da Trip, com 20%. A companhia operará com o nome Azul.
Terceira maior companhia aérea do país, a Azul deve aumentar a sua participação nos voos domésticos para 14% após a união com a Trip.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em março a fatia da Azul nos voos domésticos era de 9,8%, e a da Trip, 4,3%. A participação das líderes TAM e Gol era de 38,2% e 34,4%, respectivamente.
Fundada pelo grupo Caprioli, a Trip tem foco no mercado regional de aviação e é a maior companhia desse segmento na América do Sul.
Com sede em Barueri (Grande SP), a Azul foi criada em 2008 pelo brasileiro David Neeleman.

Operação da Receita Federal para conter contrabando também afeta exportação

Atraso na liberação de cargas de importação impede a liberação de contêineres que seriam usados para embarcar produtos fabricados aqui e vendidos ao mercado externo





Divulgação/ Codesp
Portos cheios com o atraso na liberação de cargas importadas pela Receita Federal
A operação Maré Vermelha da Receita Federal, lançada em março para conter o contrabando, começa a afetar também empresas exportadoras brasileiras, ainda que indiretamente. Há relatos de falta de contêineres e de perda da escala de navios, o que atrasa o embarque e pode elevar custos de armazenagem.

“O Brasil não produz contêiner, ele vem das cargas de importação", diz Roberto Ticoulat, executivo da exportadora Três Marias e presidente do Conselho Brasileiro de Empresas Importadoras e Exportadoras (Ceciex). “Tenho tido problemas recorrentes com isso. Tive que pagar funcionários para trabalhar no domingo, para não perder a deadline do navio”.
Na semana passada, por exemplo, o empresário conta que perdeu um em que embarcaria uma carga de café solúvel para a Europa. “Temos 72 horas úteis para despachar a mercadoria e o terminal dá cinco dias de armazenagem livre. Se você perde o navio, na verdade perde sete dias, o que pode custar de R$250,00 a R$500,00”, afirma. 
Pente-fino
Iniciada no dia 19 de março, a operação Maré Vermelha tem atrasado a liberação de todo tipo de produto importado, de materias primas para a indústria de transformação a produtos eletrônicos e cosméticos. "Isso fe z com que porto fique cheio, sem fiscais suficientes", diz  Hugo Vitale, diretor de uma importadora que trabalha com utilidades domésticas, da qual prefere manter o nome em sigilo . A impressão é compartilhada por profissionais de outras empresas de comércio exteror, como Comexport.  
Procurada pela reportagem, a Receita Federal não dimensionou a alta no percentual de cargas submetidas à inspeção física e documental mais rigorosa do chamado "canal vermelho" - n o canal vermelho, os fiscais conferem a carga fisicamente em detalhes e batem o conteúdo e o preço com os indicados nas notas.  Mas em alguns portos, como o de Santos, a estimativa é de que triplicou, diz  José Cândido Senna, coordenador do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos de São Paulo.
De acordo com Senna, Santos tem hoje "brutais ineficiências" em termos de movimentação de cargas. O congestionamento, afirma, tem levado as empresas a armazenar contêineres em pilhas de até cinco andares, contra os quatro tradicionais, e dificultado as manobras de caminhões e empilhadeiras nos pátios. 
"Em maio de 2011, o tempo médio de permanência das cargas no porto já era elevado, aproximadamente 17 dias. Houve um rearranjo de contêineres, de forma que o tempo médio diminuiu para 10 dias. Mas agora, com a Maré Vermelha, essa média subiu para 20 dias", afirma Senna. Há muitos relatos de importadores, porém, que tem demorado mais de 30 dias para conseguir liberar cargas.
Mesmo quem defende a iniciativa sofre com ela. É o caso da UPS.  Daniel Souza, gerente de desembaraço aduaneiro da companhia americana de cargas expressas, afirma que o maior rigor da Receita se justifica pelo aumento das importações. “O objetivo é proteger o mercado contra fraudes”, diz o executivo, que viu o prazo de liberação de algumas cargas da UPS aumentar de 10 a 15 dias para 15 a 30 dias.  As fiscalizações recaem sobre produtos eletrônicos, de alto valor agregado”, diz.
Segundo Senna, do  Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos de São Paulo, o que preocupa mais é o fato de a operação não ter prazo definido para acabar. "Estamos apreensivos com a possibilidade da junção do fim da guerra dos portos com a Maré Vermelha sobrecarregar demais o porto de Santos", afirma.