sábado, 9 de fevereiro de 2013

Gol e TAM são multadas em R$ 3,5 mi cada por venda casada de seguro



Do UOL, em São Paulo
  • 18.mar.2010 - : Danilo Verpa/Folha Imagem
A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça anunciou, nesta sexta-feira (8), que as empresas aéreas Gol e TAM foram multadas em R$ 3,5 milhões cada uma por irregularidades na venda de passagens aéreas em conjunto com seguro de viagem.
Em comunicado oficial, a Gol diz que vai recorrer da decisão. Também por meio de nota, a TAM diz que vai apresentar esclarecimentos diretamente ao Departmento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC).
De acordo com o Ministério da Justiça, durante o processo de investigação, "ficou comprovado que a contratação do seguro 'assistência viagem' era um serviço pré-selecionado pelo site das empresas e vinculado a compra da passagem".
Ainda segundo a decisão, "cabia ao consumidor, caso não quisesse adquirir o produto, desmarcar o item selecionado antes de efetivar o pagamento".

O procedimento levava o consumidor ao erro, segundo o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Amaury Oliva.
"Ao adquirir passagens aéreas e pagar as taxas, consumidores eram induzidos a comprar o seguro de viagem. A prática de venda casada, além de ofender o princípio da boa fé objetiva, viola os direitos e garantias previstos no Código de Defesa do Consumidor", disse, em nota.

Ministério classifica venda do seguro como "prática abusiva"

Segundo o Ministério da Justiça, a aplicação da multa levou em consideração os critérios do Código de Defesa do Consumidor, a perpetuação do tempo da prática abusiva e o grande número de pessoas afetadas.
Os valores devem ser depositados em favor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça e serão aplicados em ações voltadas à proteção do meio ambiente, do patrimônio público e da defesa dos consumidores.

Assunto foi tema de acordo com o Ministério Público, diz Gol

 A Gol informa, por meio de nota, que o assunto "foi negociado e regulado pelo Ministério Público de São Paulo por meio de um Termo de Ajuste de Conduta firmado em dezembro de 2008 e cumprido rigorosamente desde então".
A empresa diz, ainda, que vai recorrer da decisão do DPDC no prazo estabelecido para recurso.
A TAM diz que vai apresentar seus esclarecimentos diretamente ao órgão. Em nota, a companhia afirma ainda que oferece o seguro viagem, mas que o produto não está vinculado à compra de passagem. "A aquisição ou não do serviço é uma decisão do passageiro", diz a empresa.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Viracopos ocupa os espaços para ser maior que Cumbica



Expectativa da nova administração é de que, em 30 anos, número de passageiros chegue a 90 milhões por ano

Brasil Econômico - Cláudia Bredarioli 
Diante do desafio de multiplicar por dez sua capacidade de atendimento — chegando ao movimento de até 90 milhões de passageiros por ano, superando Cumbica, cuja meta é chegar a 60 milhões —, Viracopos pretende se tornar, em 30 anos, o maior aeroporto da América Latina. Para alcançar esse objetivo — respaldado pela presidente Dilma Rousseff durante visita ao local no fim do ano passado —, a Aeroportos Brasil, que venceu o leilão de privatização, conta com um grande e raro aliado: espaço.
Diferentemente do que ocorre no entorno dos maiores aeroportos brasileiros, a localização geográfica de Viracopos permite não apenas a realização de todo o plano de expansão previsto para as três décadas de concessão — envolvendo investimentos de R$ 9,5 bilhões —, como também outras possíveis obras de ampliação depois disso.
“A possibilidade para crescer é um dos principais fatores que nos permitem prever que seremos o maior aeroporto do Brasil, superando Cumbica, ao final do período de concessão”, afirma João Santana, presidente do conselho de administração da Aeroportos Brasil Viracopos. “Temos possibilidade para trabalhar com uma previsão de três pistas operando simultaneamente”, completa.O consórcio Aeroportos Brasil é formado por três empresas: TPI —Triunfo Participações e Investimentos S.A. (com participação de 45%), UTC Participações S.A. (com outros 45%) e Egis Airport Operation (com os 10% restantes). Elas foram representadas no leilão de privatização, realizado em 2012, pela corretora Planner. O prazo de concessão para Viracopos é de 30 anos, com possibilidade de ser expandido por mais cinco anos. Juntas, as companhias fizeram um lance de R$3,821 bilhões, o que representou um ágio de 159,75% sobre o lance inicial. Todas as empresas participantes do consórcio possuem larga experiência em concessões de serviço, engenharia e operação no segmento de transporte — cada uma, contudo, tem uma especialidade peculiar em suas áreas de atuação.O novo aeroporto deverá ocupar uma área de 400 mil metros quadrados, sendo que o terminal que está em construção ocupará 145 mil metros quadrados. A área em que atualmente funciona o aeroporto dará lugar a um shopping center ou será ocupada pela aviação executiva (leia mais ao lado).A concessionária deverá concluir as obras previstas antes do início da Copa do Mundo, mas, caso descumpra os prazos, a multa está prevista em R$ 150 milhões, mais R$ 1,5 milhão por dia de atraso. Segundo Santana, porém, como as obras estão dentro do prazo, a nova administração começou a trabalhar com a possibilidade de entrega de toda a estrutura do novo terminal com cerca de 30 dias de antecedência. “É possível que consigamos e isso será muito importante, pois teremos tempo de treinar as pessoas e fazer as adequações necessárias para que tudo comece a funcionar em perfeita intonia”, diz o executivo.Leia mais notícias de economia, política e negócios no jornal Brasil Econômico

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Empresa holandesa abre centro de treinamento de pilotos em Diadema



Gol, primeira cliente, passa a usar dois simuladores da SIM Industries na semana que vem

Pedro Carvalho - iG São Paulo  - Atualizada às 
A Gol começa a usar na segunda-feira (11) um novo centro de treinamento de pilotos, em Diadema (SP). O local foi construído pela empresa holandesa SIM Industries, comprada pelo grupo americano Lockheed Martin em 2011. O centro custou cerca de US$ 20 milhões e é o primeiro da SIM no Brasil, e o maior da companhia na América Latina.
O local pode abrigar seis simuladores. Dois deles foram alugados pela Gol por dez anos, e um terceiro está reservado para a empresa, se houver demanda. “Sobre os outros simuladores, estamos falando com mais empresas, agora que o centro está pronto podemos conversar com possíveis clientes”, diz Paul Livingston, vice-presidente de operações da SIM.
Divulgação
Simulador conta com todo o painel de instrumentos do Boeing 737, avião utilizado em toda a frota da Gol
A Lockheed Martin é uma das principais fornecedoras de tecnologia para diversos departamentos governamentais de Defesa, inclusive dos EUA. Com a aquisição da SIM, a empresa ingressou no mercado de aviação comercial.
“As conversas com a Gol começaram há um ano e meio, eles queriam comprar simuladores. Então vimos o potencial do mercado e abrimos nosso próprio centro, com a Gol como principal cliente”, diz Livingston.
A Gol faz 34 mil horas de treinamento por ano, para 1.560 pilotos – entre copilotos e comandantes. Essas simulações aconteciam em Guarulhos, num local que ainda poderá ser usado pela empresa.
Divulgação
Instalações em Diadema, no ABC Paulista, demandaram investimento de US$ 20 milhões
“O que muda (com o novo centro) é o nível de tecnologia do simulador. Os novos são muito mais próximos da realidade, o leque de panes e emergências que podemos simular é muito maior”, diz Adalberto Bogsan, vice-presidente operacional da companhia.
Os simuladores são de modelos Boeing 737, usados em toda a frota da Gol, de 126 aviões. As cabines montadas em Diadema contam com sistemas pneumáticos de movimentos, que tornam as sensações próximas de um voo real. Os cenários virtuais imitam os principais aeroportos do mundo – em alguns, como Congonhas, o nível de detalhes inclui até carros passando nas avenidas da região.
A escolha de Diadema se deu por questões logísticas e de engenharia. “Fizemos promessa para a Gol de que o centro seria a menos de 10 km de Congonhas (onde fica a sede da empresa). Aqui fica a 9,8 km”, diz Livingston. “O local também tem pé direito de 15 metros, necessário para os simuladores”, explica.
A Lockheed Martin tem centros como esse em mais de 75 países. “Trouxemos para cá o que existe de mais moderno”, afirma Livingston. “Conseguiremos simular qualquer situação de anormalidade, para que nossos tripulantes nunca sejam pegos com situações desconhecidas”, completa Bogsan.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Mudanças iniciais no aeroporto de Brasília são bem recebidas



Despacho de bagagem, onde o problema é mais crônico, deve ser melhorado em seis meses

Brasil Econômico - Ruy Barata Neto, de Brasília 
Brasil Econômico
Para os passageiros as mudanças ainda são bem pequenas, mas alguns novos procedimentos adotados nos últimos dias no Aeroporto Internacional de Brasília já satisfazem funcionários. O motorista de ônibus, Macleine Maia, de 32 anos, que trabalha há seis anos transportando passageiros das salas de embarques até os aviões, afirma que um novo mapeamento no trajeto dos ônibus nas pistas de pouso, implementado há dois dias pelo novo concessionário, já trouxe mais eficiência para o transporte e menos risco de punição para funcionários.
“Remapearam o trajeto dos ônibus para o transporte de passageiros aos aviões estacionados em áreas remotas do aeroporto”, afirma. “Entre oito e meia e dez e meia que é o horário de pico do aeroporto esse trajeto novo tornará o transporte mais ágil.”
Por outro lado, ele diz que a solução é a mais imediata, mas não a ideal. “Temos agora que torcer para a construção de mais fingers, afinal nenhum passageiro que comprar passagem de avião pra ficar andando de ônibus”, brinca.
Mas se no transporte há melhorias, no despacho das bagagens o problema é mais crônico. O auxiliar de rampa, Eric Souza, responsável por despachar as bagagens do check-in para as aeronaves, diz que as rampas de transporte de malas estão velhas e, não raro, dão problema, o que provoca atraso dos voos. “Os equipamentos estão velhos, desgastados e precisam ser trocados para evitar atrasos”, afirma.
A reclamação do funcionário faz parte do plano de reforma do aeroporto. A Inframerica promete mudar todos os equipamentos de transporte de bagagens como pontes, tapetes, elevadores e outros ao longo dos próximos seis meses.
Na visão dos passageiros, este é um tipo de mudança que passa despercebida. A maior das reclamações dos usuários se concentra na falta de vagas no estacionamento, um problema antigo do aeroporto. “Tem dias que não achamos lugar onde estacionar e o acesso ao aeroporto se torna um caos”, narra o recepcionista Rafael Moreira Vitório. “Por enquanto, só vi mudanças das placas, mas estamos vendo as obras. Espero que elas deem certo”, afirma.
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