sábado, 27 de outubro de 2012

Aerolíneas quer aeroporto central de Buenos Aires só para ela, diz jornal


26/10/2012 às 05h25min - Atualizada em 26/10/2012 às 05h25min
TAMANHO DA FONTEA-A+


Com prejuízos diários de US$ 2 milhões, a Aerolíneas Argentinas quer melhorar seu desempenho afastando a concorrência para o aeroporto internacional Ezeiza, a 35 quilômetros de Buenos Aires.
TAM, Gol, LAN e outras companhias da América do Sul operam hoje no aeroporto central de Buenos Aires, o Aeroparque Jorge Newbery.
Segundo a imprensa argentina, a direção da Aerolíneas, controlada pelo governo, planeja que o Aeroparque fique restrito a voos domésticos e regionais da Aerolíneas e de sua subsidiária, a Austral.
Até mesmo jatos executivos e aviões da Força Aérea seriam transferidos para Ezeiza ou para um terceiro aeroporto, o San Fernando.
O projeto ainda não foi apresentado oficialmente para as autoridades do setor aéreo do país, mas, segundo o jornal de economia "Cronista", está na mesa da presidência da Aerolíneas. Procurada pelo "Cronista", a Aerolíneas não se manifestou.
O aeroporto argentino recebe 295 voos por dia, sendo 190 da Aerolíneas e da Austral. A segunda maior operadora é a LAN Argentina, com 55 voos. TAM e Gol realizam seis voos por dia cada uma.
Até 2010, TAM e Gol voavam de Ezeiza. Mas, depois que o governo argentino permitiu que a Aerolíneas voasse para o Brasil a partir do Aeroparque, em março de 2010, as companhias aéreas brasileiras passaram a reclamar tratamento igualitário.
Analistas acreditam que o principal alvo da medida é a LAN Argentina.
Em dezembro passado, a Anac, agência de aviação civil da Argentina, revogou a autorização da LAN para voar do Aeroparque para Santiago do Chile ou São Paulo.
A Anac justificou a medida argumentando que o aeroporto estava lotado.
No entanto, dias antes a Austral recebeu autorização para realizar voos para o cone Sul.
Ainda segundo o "Cronista", é quase certo que TAM e Gol tenham que voltar para Ezeiza quando acabarem as obras de ampliação do aeroporto, que hoje concentra voos de longo curso e voltará a receber voos regionais (América do Sul).
Procuradas, TAM e Gol disseram que não foram notificadas oficialmente e que, portanto, não iriam comentar.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

CONDIÇÕES DAS RODOVIAS BRASILEIRAS PIORAM, REVELA PESQUISA



Publicação: 25/10/12
Quase dois terços das rodovias pavimentadas do Brasil estão em situação regular, ruim ou péssima. Os números fazem parte da 16ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada nesta quarta-feira (24/10) pela Confederação Nacional do Transporte.
Segundo a análise, dos 95.707 quilômetros avaliados, 33,4% estão em situação regular, 20,3%, ruim e 9%, péssima. Outros 27,4% estão em bom estado e 9,9% em ótimo. Em relação aos números da pesquisa de 2011, houve piora na qualidade das estradas nacionais. No ano passado, 57,4% foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas, contra 62,7% este ano.
Ao todo, as 17 equipes de pesquisadores percorreram as principais rodovias federais e estaduais do Brasil. O estudo avaliou 65.273 km de rodovias federais e 30.434 km de rodovias estaduais sendo que, dessas, 80.315 km estão sob gestão pública e 15.392 km sob gestão de concessionárias. Enquanto apenas 27,8% das rodovias sob gestão pública estão em ótimo ou bom estado, o percentual positivo das rodovias concedidas é de 86,7%.
Os aspectos que embasam a pesquisa são a qualidade de pavimentação, a sinalização e a geometria da via. Enquanto em 2011 a sinalização era considerada ótima ou boa em 43,1% das rodovias, esse número foi reduzido para 33,8% este ano. A geometria da via também registrou queda, embora de menor percentual. Em ótimo ou bom estado eram 23,2% do total, agora são 22,6%. O único quesito com melhorias foi o de pavimento. As rodovias avaliadas como ótimas ou boas neste ponto passaram de 52,1% do total para 54,1% nesta edição.
Ainda sobre a sinalização, o levantamento mostra que ela é satisfatória (ótima ou boa) em 33,7% da extensão avaliada, sendo que 60,6% dela conta com acostamento e 88,1% tem predominância de pista simples de mão dupla.
Regiões e estados - No Sudeste, foram avaliados 27.187 km de rodovias; no Nordeste, 26.739 km; No Sul, 16.842 km; Centro-Oeste, 14.546 km e, no Norte, 10.393 km. De acordo com o levantamento, o Estado que possui maior percentual de rodovias em ótima situação é São Paulo, com 49,9% do total, seguida por Rio de Janeiro (20,6%) e Paraná (18%). Já os Estados com maior percentual de estradas em péssimas condições são o Acre (38% do total), Roraima (25,3%) e Amazonas (22,5%).

BRASPRESS CRIA BRAÇO LOGÍSTICO EM SUAS OPERAÇÕES



Publicação: 25/10/12
A Braspress – tradicional empresa de transporte de Encomendas – acaba de iniciar as operações da Braspress Logística, cujo objetivo é “executar operações de warehouse em seu Centro de Distribuição (CD) e inhouse dentro dos CDs dos clientes, completando assim 100% da cadeia logística”.
‘’A nova empresa é o braço logístico da Braspress, ou seja, é mais um produto que estamos oferecendo ao mercado, que com certeza irá contribuir para a fidelização dos próprios clientes da Organização e de novos embarcadores em toda cadeia logística’’, afirmou Marcelo Flório, Diretor-Superintendente da nova empresa do Grupo.
Situado em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, o centro de distribuição será responsável pela gestão integrada das operações de recebimento; conferência; armazenagem; processamento de pedidos; picking; packing; controle de qualidade; adequação de produtos nas embalagens e etiquetagens; expedição; montagens de kits; sistema de inventário; gestão de transporte; controles sistêmicos (WMS e TMS); controles gráficos (KPI’S) e consultoria logística/fiscal. 
‘’Investimentos não foram poupados em modernos equipamentos para movimentação e armazenagem, bem como um software de alta tecnologia que proporcionará uma gestão de estoque (WMS) de forma inteligente em todas as operações de nossos clientes. Além disso, as informações sobre as operações poderão ser obtidas através da Web’’, finalizou Flório.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Foco na logística: Fundo SC investe no comparador de fretes e entregas Axado


Divulgando em 23 de outubro de 2012
Guilherme Reitz e Leandro Meintanis, empreendedores da Axado
Fundo SC, fundo de investimento de venture capital que atua em Santa Catarina, anuncia em outubro, o investimento na Axado, startup que desenvolve um sistema online para que empresas e pessoas físicas possam comparar preços de fretes de mercadorias para qualquer lugar do país - veja matéria apresentando o produto aqui.
Gerido pela BZPlan em Florianópolis e pela FIR Capital em Belo Horizonte, o propósito do Fundo SC é aplicar em empresas emergentes e inovadoras. Ter como meta atender uma demanda nacional e oferecer um serviço inovador com qualidade foram alguns dos motivos pelos quais a Axado foi contemplada pelo fundo. Segundo os estudos da BZPlan, os modelos concorrentes ao site Axado são incompletos e insuficientes para as necessidades logísticas do país. “Além disso, o interesse demonstrado por grandes transportadoras indica que a solução está aderente à necessidade do mercado.” – diz um dos gestores da BZPlan, Rodrigo Ventura.
Do ponto de vista logístico, o principal problema do Brasil é a infraestrutura. Pesquisas apontam que pouco mais de 10% das estradas brasileiras são pavimentadas e temos apenas 14 mil km de hidrovias. Rússia e China, por exemplo, têm mais de 100 mil km de hidrovias, cada uma. Com o investimento do fundo, a Axado irá desenvolver novos produtos como a plataforma para cálculo de frete em e-commerce, sistemas C2C e portais de e-procurement. Esse é o segundo aporte financeiro que a empresa recebe em menos de um ano.
A capacidade de encontrar alternativas para os empecilhos logísticos do país é uma das expectativas do Fundo SC para o investimento na Axado. Além de aumentar as vendas das transportadoras, os investidores esperam que a empresa contribua para a solução de diversos problemas enfrentados na atual cadeia de serviços de transporte. Um dos sócios-fundadores da Axado, Leandro Meintanis Baptista, diz que o produto desenvolvido vai além de automatizar o método de cotação e contratação de transporte de cargas. “As empresas e pessoas físicas encontram, em um só ambiente, soluções alternativas de transporte que podem ser até melhores àquelas que temos costume de contratar, como o serviço de entrega dos Correios.” – comenta.
Em 2011, por meio do investidor anjo Marcelo Amorim, a Axado recebeu um aporte financeiro da Jacard Investimentos. “Em menos de 12 meses, a empresa recebeu um investimento anjo seguido de um grande aporte do fundo de venture capital. Isso mostra como o projeto da empresa é consistente e inovador,” completa Amorim.
Sobre a Axado
Desenvolvido por dois jovens empreendedores de Florianópolis, o site Axado é produto da startup homônima que, desde o início de 2011, desenvolve tecnologia para facilitar a vida de quem precisa contratar o serviço de transportes de produtos e cargas para as diversas regiões do território brasileiro. Para os próximos meses, através da obtenção de recursos, os empreendedores irão investir em novos produtos da empresa, como plataforma para cálculo de frete em e-commerce, C2C e portais de e-procurement.
Sobre a BZPlan
O Fundo SC é um fundo de investimentos de venture capital focado em empresas emergentes inovadoras. É gerido por uma sociedade de propósito específico criada numa parceria entre as empresas BZPlan, de Florianópolis, e FIR Capital, de Belo Horizonte. O patrimônio inicial do  fundo é de R$ 12 milhões que devem ser investidos em empresas inovadoras localizadas no Estado de Santa Catarina. Os principais investidores deste fundo são a FINEP, Celos, SCPar, Intelbras e Pedra Branca.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

TNT Brasil dá foco ao segmento parcel

17 de outubro de 2012

TNT Brasil dá foco ao segmento parcel

Para reforçar estratégia, empresa investe na automação de filiais e aumenta capacidade de separação e expedição
 

A TNT Brasil, seguindo uma estratégia definida com a matriz e em alinhamento com as operações mundiais, definiu como foco de suas operações no país o serviço denominado parcel, de encomendas menores e mais leves, voltadas à distribuição expressa e ao mercado B2B, de atendimento a empresas. Hoje, o parcel responde por 15% do faturamento no mercado nacional e a empresa pretende ampliar este share, embora ainda não tenha fechadas as metas que pretende atingir.
“No Brasil, o grande foco da TNT ainda é nas cargas paletizadas, de mais de 200 kg, mas agora resolvemos dar ênfase ao desenvolvimento do parcel, que é uma carga rápida, um serviço em que o cliente compra tempo de entrega e não frete. Vamos focar, inicialmente, nas indústrias dos segmentos que já atendemos mais fortemente, como as de alto valor, high-tech, farmacêutica, automotiva e fast moving (de alto giro), que precisam ter muita agilidade e que movimentam pequenos pacotes com alta frequência de entregas”, conta Cristiano Koga, diretor Corporativo da TNT Brasil. “São entregas com, às vezes, duas ou três caixas, normalmente em operações que mantêm estoques baixos, com alto giro, e que podemos atender com qualidade e rapidez”.
Segundo o diretor, para reforçar a estratégia, a TNT já investiu mais de 10 milhões de euros na automação de seus armazéns, com a instalação de sorters que fazem a separação, pesagem, etiquetagem e direcionamento das cargas que chegam para a distribuição para todo o país. “Investimos pesadamente nas nossas duas maiores filiais, a de São Paulo e a de Campinas (SP), que ganharam agilidade nas operações, já que os sorters têm capacidade para separar mais de 8.000 caixas/hora”. Ele acrescenta que a companhia está estudando a aplicação de outros 5 milhões de euros na semi-automação de filiais de menor porte. Até o final deste ano, serão 12 as unidades a receber investimentos em automação”, informa o diretor.
No Brasil, a TNT atua com duas divisões, a internacional e a doméstica, esta última pelos modais rodoviário e rodo-aéreo. Já a internacional, embora a empresa possua frota própria, opera por meio de parcerias com as principais companhias aéreas, já que os aviões próprios não escalam o país. A intenção da empresa agora é capitalizar seu network global, com presença em mais de 200 países, com sua grande capilaridade interna no Brasil e América do Sul, adquirida com a compra do Expresso Mercúrio em 2007 e do Expresso Araçatuba, em 2009. “Com estas aquisições, ganhamos uma rede extensa, que atende a cinco mil localidades em todo o país, de Uruguaiana (RS) ao Amapá. É praticamente uma abrangência de Correios, um diferencial importante. São 123 filiais próprias, com mais de oito mil colaboradores”, reforça o executivo.
Outro diferencial destacado por Koga é a malha rodoviária, composta por 900 rotas fixas diárias, o que dá maior segurança ao cliente. “Funciona como uma companhia aérea: o veículo programado para aquela rota sai independentemente de a carga estar ou não completa. É um serviço diferenciado e fundamental para quem compra rapidez”.
A empresa possui uma frota de mais de 2.600 veículos próprios que, além das rotas fixas, atendem às coletas, entregas nas filiais e distribuição final nas pontas. Todas as filiais têm terminais operados pela própria TNT, assim como as áreas de manutenção, gestão de frotas e de rotas, tecnologia e sistemas. “Não terceirizamos nossa inteligência”, resume Koga, informando que a TNT tem 100% de sua frota rastreada e opera com uma ferramenta operacional própria, chamada Logistics Management System (LMS), que integra todas as suas filiais.
Nordeste 
Dentro da estratégia de automatizar as filiais, a TNT está dando atenção especial à região Nordeste do Brasil, que de acordo com Koga “cresce como a China”. Muitas filiais da região receberão investimentos em automação e ampliação, além de novas rotas. “Estamos abrindo, inclusive, rotas fixas intra-Nordeste, para dar ainda melhor atendimento. Já temos uma excelente estrutura no Sul e no Sudeste e agora estamos olhando para as regiões de maior potencial, como o Nordeste e partes do Centro-Oeste, que também vêm apresentando um crescimento expressivo”.
Além do Brasil, a TNT atende com estrutura própria rodoviária aos mercados do Peru, Chile, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, tanto com carga completa quanto fracionada. Embora a empresa tenha como política não revelar números, Koga adiantou que a TNT obteve um crescimento no último mês de setembro, em comparação com agosto, de 50% no volume de cargas movimentadas no país.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Obra de Aeroporto de Miami ganha prêmio

InfraestruturaInternacional | 14:59


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Mia Mover: excelência em transporte de passageiros (Foto: Divulgação)
Essa é para os brasileiros que gostam de Miami e sonham com aeroportos como o de lá aqui no Brasil.
O Mia Mover, sistema de transporte automatizado de passageiros do aeroporto internacional da cidade americana, acaba de receber os prêmios de Melhor Projeto em Transporte e Excelência em Segurança na Obra, concedido pela respeitada revista técnica Engineering News-Record (ENR).
Executado pela Odebrecht Estados Unidos, a obra – inaugurada há um ano – teve investimento de US$ 259 milhões.
Seus 2 quilômetros de extensão eliminam a necessidade de 500 mil viagens de ônibus entre o aeroporto e o Miami Internacional Center (MIC), terminal que oferece trens, aluguel de carros e ônibus.
Até 2020, o MIA Mover transportará 48 mil pessoas por dia. Hoje a capacidade é de três mil por hora.
Autor: Jorge Félix

Índia: o escândalo do empresário “The king of the good times”

DOMINGO, 21 DE OUTUBRO DE 2012Internacional | 19:19


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Protestos: 6 mil sem salários (Foto: File Photo)
A dificuldade entre as companhias aéreas não é exclusividade do Brasil. Outros países do Brics também começam a enfrentar problemas no setor.
A Kingfisher Airlines, uma das mais famosas companhias indianas de aviação e símbolo da liberalização econômica do país pós anos 1990, teve ontem a licença parcialmente cassada pela Anac de lá.
O caso é manchete hoje nos jornais do país.  A provável falência da Kingfisher, no entanto, já é vista como um grande escândalo empresarial.
Tudo por causa do perfil de seu fundador, o Vijay Mallya, também dono do império das cervejas país – a mais vendida também se chama Kingfisher.
Mallya: fuga para Londres (Foto: Divulgação)
Mallya é conhecido por ser esbanjador e exibicionista. Iates, carrões importados, jóias, roupas de grifes de luxo (mas de gosto duvidoso) e modelos e atrizes de Bollywood (com reputação idem) fazem parte do cenário de suas fotos que saem em revistas.
Ele ainda publica um calendário anual com mulheres de biquinis (que por lá é considerado pornografia) escolhidas em concurso com centenas de concorrentes. Seu apelido é The King of  The Good Times.
Os bons momentos, no entanto, foram em excesso e o empresário, agora, é acusado de má administração da companhia aérea. Está sem pagar seus empregados há meses. Há umas duas semanas a mulher de um dos empregados, como é típico no país, cometeu suicídio em protesto e desespero.
A história virou escândalo porque o The Sunday Times (a edição de domingo do The Times of India) publicou hoje que Mallya deixou o país há 20 dias a bordo de seu jatinho e talvez esteja em Londres.
Para completar o escárnio, seu filho, Sidharta, um playboy como o pai, tuitou um monte de bobagens a despeito da situação dos 6 mil empregados da Kingfisher.
Sidharta descreve a atmosfera maravilhosa dos pubs londrinos às 5 horas da tarde, o quanto a capital inglesa é maravilhosa e coisas do gênero. Segundo a imprensa indiana, ele está em Londres para trabalhar arduamente no processo de escolha das garotas do calendário de 2013.
O caso da Kingfisher deve causar impacto até no circuito de Fórmula 1. Na próxima semana, os empregados prometem fazer um protesto na corrida de Greater Noida, próximo de Nova Deli, porque Knigfisher é um dos grandes patrocinadores da equipe Sahara Force India, pela qual pagou 90 milhões de euros.
Autor: Jorge Félix

Índia: o escândalo do empresário “The king of the good times”

DOMINGO, 21 DE OUTUBRO DE 2012Internacional | 19:19


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Protestos: 6 mil sem salários (Foto: File Photo)
A dificuldade entre as companhias aéreas não é exclusividade do Brasil. Outros países do Brics também começam a enfrentar problemas no setor.
A Kingfisher Airlines, uma das mais famosas companhias indianas de aviação e símbolo da liberalização econômica do país pós anos 1990, teve ontem a licença parcialmente cassada pela Anac de lá.
O caso é manchete hoje nos jornais do país.  A provável falência da Kingfisher, no entanto, já é vista como um grande escândalo empresarial.
Tudo por causa do perfil de seu fundador, o Vijay Mallya, também dono do império das cervejas país – a mais vendida também se chama Kingfisher.
Mallya: fuga para Londres (Foto: Divulgação)
Mallya é conhecido por ser esbanjador e exibicionista. Iates, carrões importados, jóias, roupas de grifes de luxo (mas de gosto duvidoso) e modelos e atrizes de Bollywood (com reputação idem) fazem parte do cenário de suas fotos que saem em revistas.
Ele ainda publica um calendário anual com mulheres de biquinis (que por lá é considerado pornografia) escolhidas em concurso com centenas de concorrentes. Seu apelido é The King of  The Good Times.
Os bons momentos, no entanto, foram em excesso e o empresário, agora, é acusado de má administração da companhia aérea. Está sem pagar seus empregados há meses. Há umas duas semanas a mulher de um dos empregados, como é típico no país, cometeu suicídio em protesto e desespero.
A história virou escândalo porque o The Sunday Times (a edição de domingo do The Times of India) publicou hoje que Mallya deixou o país há 20 dias a bordo de seu jatinho e talvez esteja em Londres.
Para completar o escárnio, seu filho, Sidharta, um playboy como o pai, tuitou um monte de bobagens a despeito da situação dos 6 mil empregados da Kingfisher.
Sidharta descreve a atmosfera maravilhosa dos pubs londrinos às 5 horas da tarde, o quanto a capital inglesa é maravilhosa e coisas do gênero. Segundo a imprensa indiana, ele está em Londres para trabalhar arduamente no processo de escolha das garotas do calendário de 2013.
O caso da Kingfisher deve causar impacto até no circuito de Fórmula 1. Na próxima semana, os empregados prometem fazer um protesto na corrida de Greater Noida, próximo de Nova Deli, porque Knigfisher é um dos grandes patrocinadores da equipe Sahara Force India, pela qual pagou 90 milhões de euros.
Autor: Jorge Félix

Empresa é multada em R$ 2,8 mi por fechamento de Viracopos



G1 20/10/2012 07h00
 
foto
Foto: Lana Torres/ G1 Campinas
Avião da Centurion Cargo sendo removido da pista de Viracopos
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) multou a Centurion Cargo em R$ 2,8 milhões, após um cargueiro da empresa fechar a única pista do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), durante 45h, entre a noite de sábado (13) e a tarde de segunda-feira (15). Em nota oficial, foi informado que a punição será aplicada devido aos "transtornos causados aos passageiros e à malha aérea no período da interdição".

Além da multa da agência, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a Advocacia Geral da União (AGU) informaram, na noite desta sexta-feira (19), que preparam uma ação indenizatória contra a companhia aérea internacional. Segundo estimativa da Secretaria de Aviação Civil (SAC), os prejuízos materiais decorrentes da interdição do aeroporto chegam a R$ 3 milhões. Os valores referentes a danos morais estão em avaliação.

Governo revisará procedimentos
Sobre a demora para reabertura da pista de Viracopos, a SAC informou, por meio de nota, que as "autoridades aeronáuticas brasileiras priorizam a segurança das pessoas, independentemente de interesses econômicos". Segundo a secretaria, o governo revisará os procedimentos e as normas operacionais do setor.

Segundo a Anac, a multa é um dos resultados do procedimento administrativo aberto em 15 de outubro. A investigação foi aberta para apurar o cumprimento do plano de emergência pela Centurion Cargo e pela Infraero. A empresa ainda poderá sofrer suspensão de autorizações de voo, segundo a agência.

O diretor da Centurion Cargo no Brasil, Vanderlei Morelli, disse que desconhecia a informação até as 19h25 desta sexta-feira (19) e, por enquanto, não comentará o assunto.
Remoção da aeronave
Os primeiros equipamentos para a remoção da aeronave vieram de São Paulo (SP) e a tentativa inicial de liberação da pista falhou no domingo (14). O processo de retirada do cargueiro, retomado na segunda-feira, foi complexo por conta do peso médio da aeronave, de 130 toneladas. O lado esquerdo do avião ficou sustentado por uma carreta, que abrigava um material inflável semelhante a um colchão, que auxiliou no nivelamento. A locomoção do avião durou 30 minutos, até ser levado para um recuo fora da pista usada para pousos e decolagens.

Responsabilidade
O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que se por algum problema um avião bloquear a pista, é a empresa aérea que tem que fazer a retirada da aeronave. Se a companhia não apresentar recursos técnicos ou se não providenciar a retirada rapidamente o código diz que é a operadora do aeroporto que tem que fazer a remoção. Em Viracopos, é a Infraero a responsável pela operação.

Contudo, a estatal não tem nenhum equipamento de retirada de aviões de grande porte, o chamado Recovery-Kit, que custa R$ 2 milhões. O Recovery-Kit é um conjunto de ferramentas que, somadas, chegam a 25 toneladas. Ele é composto por colchões de ar, macacos hidráulicos, compressores e cintas com aço, que podem levantar até 200 toneladas.
Segundo a Infraero, o avião não poderia ser removido imediatamente, em Viracopos, porque, antes, era preciso retirar a carga e erguer o motor. A estatal informou que a operação foi executada de forma segura para garantir a reabertura do aeroporto sem danos à pista.

Concessão de Viracopos
Após vencer a concorrência para administrar o aeroporto de Campinas, a concessionária Aeroportos Brasil está em fase de transição de administração com a Infraero. Desde agosto, ela acompanha os trabalhos da estatal para se familiarizar com todos os processos do aeroporto para assumir sua operação. A partir do dia 14 de novembro, a concessionária assume a administração, mas ainda com a supervisão da Infraero por prazo de 90 dias.

A partir da primeira quinzena de fevereiro de 2013, a Aeroportos Brasil passa a administrar exclusivamente o terminal. A possibilidade de aquisição do recovery kit faz parte do pacote de medidas de segurança que serão implantadas na primeira etapa de melhorias.
Prejuízo de R$ 20 milhões
A Azul Linhas Aéreas calcula que o prejuízo da empresa com o incidente em Viracopos é de cerca de R$ 20 milhões. A companhia é responsável por 85% das operações domésticas no aeroporto. Em nota, a empresa disse que, além dos valores, "existem perdas imensuráveis, como a experiência vivida pelos passageiros e o impacto à marca". A companhia falou que lamenta os transtornos causados e informou que "ainda está dimensionando a extensão dos danos causados aos seus clientes e à companhia".