quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Lance mínimo por aeroporto de Cumbica será R$ 2,3 bi em leilão

13/10/2011 - 14h32


Publicidade
DA REUTERS
O governo fixou em R$ 2,3 bilhões o valor mínimo a ser pago ao poder público pelo vencedor do leilão de concessão do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), informou nesta quinta-feira o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt.
Para a concessão do aeroporto de Viracopos (SP), o lance mínimo no leilão ficou em R$ 521 milhões. Para o de Brasília, o valor foi definido em R$ 75 milhões.
Vencerão a disputa empresas ou consórcios que oferecerem o maior montante ao governo, a partir desses três lances mínimos.
O dinheiro será arrecadado na forma de uma contribuição e será usado pelo governo para obras em outros aeroportos, que permanecerão sob controle público.
Bittencourt entregou nesta quinta-feira ao TCU (Tribunal de Contas da União) os dados econômico-financeiros do edital de concessão dos três aeroportos.
Além dos lances mínimos, o ministro apresentou as projeções de investimentos previstos a serem feitos pelos concessionários nos terminais.
O maior investimento será em Viracopos, com projeção de R$ 9,9 bilhões. Em Guarulhos, o valor ficará na casa dos R$ 5,2 bilhões, enquanto em Brasília o total estimado é de R$ 2,7 bilhões.
Bittencourt estima que, ao longo da concessão, a receita não-tarifária do aeroporto de Guarulhos deva chegar a R$ 804 milhões em 2032, frente aos R$ 373 milhões estimados para 2012. As receitas não-tarifárias são aquelas obtidas, por exemplo, com estacionamentos, alugueis de lojas e publicidade.
A receita com tarifas em Guarulhos deve alcançar R$ 888 milhões em 2032, em relação aos R$ 718 milhões projetados pelo governo para o ano que vem.
De acordo com a Secretaria de Aviação Civil, o retorno sobre o capital investido --conhecido como Wacc-- nos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília é previsto em 6,46%.
CONTRIBUIÇÃO VARIÁVEL
Os vencedores dos aeroportos terão, ainda, de pagar ao governo uma contribuição variável. No caso de Guarulhos, ela foi fixada em 10% da receita bruta.
No aeroporto de Viracopos (SP), essa contribuição será de 5%, enquanto que em Brasília (DF) ficará em 2% da receita bruta, segundo Bittencourt.
O ministro evitou falar sobre a data do leilão --inicialmente previsto para 22 de dezembro. A publicação da versão definitiva do edital depende, agora, do aval do TCU.
O presidente do TCU, ministro Benjamin Zymler, disse que equipes do tribunal trabalhão até nos fins de semana para garantir rapidez na tramitação do edital.

Brasil terá duas fábricas de telas para tablets, diz ministro

13/10/2011 13h30 - Atualizado em 13/10/2011 13h43


Mercadante afirmou que local da instalação não está definido.
Dilma se reuniu com o presidente da empresa de eletrônicos Foxconn.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
Comente agora
O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira (13) que o Brasil terá duas fábricas de telas sensíveis ao toque para tablets. Ele se reuniu no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff e o executivo Terry Gou, o presidente da Foxconn, empresa de Taiwan que produz os iPhones e iPads da Apple e que será responsável pela fabricação das telas.
“Será mais de uma fábrica. Neste momento estamos discutindo a primeira fábrica, mas a primeira fábrica já vai estar associada a uma segunda fábrica. A área de construção dessa fábrica é 1,5 km por 1,5 km de área construída, para vocês terem ideia do tamanho e da complexidade”, disse Mercadante.
O ministro disse que não está definido o local onde as fábricas serão instaladas nem se as duas ficarão no mesmo estado, mas destacou que as instalações serão em cidades próximas a um aeroporto internacional.
“Precisa de muita energia, muita água, muita logística. Precisa de um aeroporto internacional que dê suporte a voos diários para poder suprir os componentes que são necessários nessa indústria. Portanto, a escolha do local tem exigido uma pesquisa muito complexa. Seis estados brasileiros têm participado desse processo de consulta”, afirmou o ministro.
Mercadante afirmou ainda que o governo brasileiro vai exigir da Foxconn "transferência irrestrita de tecnologia" para que possa fabricar os produtos no Brasil.
Segundo Mercadante, a fabricação dos tablets pela Foxconn será feita em parceria com empresas nacionais. “Nós ainda precisamos concluir essa negociação, porque ela envolve parceiros nacionais. A presidenta quer que haja transferência tecnológica sem condições, portanto ampla, geral e irrestrita. Isso significa muito investimento em recursos humanos e parceiros no Brasil que sejam capazes de acompanhar essas exigências”, disse.
A visita de Gou acontece no mesmo dia em que o governo oficializou a isenção de PIS e Cofins para tablets produzidos no Brasil. A Foxconn é a maior fabricante de componentes eletrônicos do mundo e condicionava o início da produção no país à concessão de incentivos fiscais que já eram oferecidos para outros produtos de informática. Com a medida de redução de impostos, os preços dos tablets devem cair mais de 30%, de acordo com o Ministério das Comunicações.
Os incentivos fiscais começam a valer a partir desta quinta, de acordo com publicação da medida provisória que estimula a fabricação dos aparelhos no país com isenção de PIS e Cofins no "Diário Oficial da União".

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Presidente da Foxconn se reúne com Alckmin hoje em SP

11/10/2011 - 06h40


JOANA CUNHA
DE SÃO PAULO
O presidente da Foxconn, Terry Gou, será recebido nesta terça-feira ao meio dia pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e por Luciano Almeida, presidente da Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos do Estado.
Roberto Stuckert Filho - 9.abr.11/PR
O presidente da Foxconn, Terry Gou, e a presidente Dilma durante encontro em Pequim
Terry Gou e Dilma durante encontro em Pequim
A produção de iPad no Brasil foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff em viagem à China no começo do ano, com estimativa de que a fabricação tivesse início ainda neste ano. Alguns atrasos, no entanto, foram anunciados, além de dificuldades em uma parceria com o BNDES.
No Planalto, chegou-se a perceber uma disputa entre os ministros Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento) pela localização da futura planta da Foxconn no Brasil, segundo informou a coluna "Painel" da Folha, editada pela jornalista Renata Lo Prete.
As negociações com a Foxconn, segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, têm duas linhas, a fabricação de iPhone e iPad em Jundiaí, interior de SP, e a instalação no Brasil de uma fábrica de telas de LCD-TFT.