sábado, 17 de agosto de 2013

Aeroporto de Viracopos tem 71 irregularidades em ampliações, diz ministério


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Do UOL, em Campinas
  • Divulgação/Aeroportos Brasil
    Novo terminal de Viracopos, cuja ampliação recebeu 71 autuações pelo Ministério do Trabalho e Emprego
    Novo terminal de Viracopos, cuja ampliação recebeu 71 autuações pelo Ministério do Trabalho e Emprego
Uma megaoperação realizada nas duas últimas semanas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nas obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (a 93 km de São Paulo), resultou em 71 autos de infração relacionados principalmente às questões de segurança no trabalho. A ação, que teve objetivo de fiscalizar as grandes obras da cidade começou no dia 5 e terminou ontem (16).

"Foram dez dias de fiscalizações, um verdadeiro pente-fino nas grandes obras da cidade. Na maior delas, Viracopos, encontramos 71 tipos de irregularidades. Cada uma delas equivale a R$ 3.000 de multa. Somadas, as infrações chegam a R$ 213 mil. São autuações relacionadas à segurança dos trabalhadores, como mau uso de equipamentos de segurança, instalações elétricas irregulares, falta de proteção em máquinas", disse o auditor do trabalho João Batista Amâncio.

Os fiscais também encontraram problemas na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e constataram irregularidades na contratação de empresas terceirizadas para os serviços.
"As empresas buscam as terceirizadas para economizar, para ficarem isentas do pagamento de certos benefícios que acabam sendo oferecidos pelas próprias construtoras", explicou Amâncio. O auditor informou que o MTE fará um acompanhamento das adequações por meio de novas vistorias. Mas as datas das vistorias ainda estão indefinidas.

O Consórcio Construtor Viracopos (CCV), responsável pelas obras de ampliação do aeroporto, informou, por meio de assessoria, que recorrerá das autuações dentro de dez dias e apresentará a defesa sobre cada uma das 71 irregularidades apontadas pelo órgão.
O consórcio ressaltou que os problemas apontados são fáceis de serem resolvidos e que o próprio MTE tem elogiado o órgão em razão das ações realizadas para garantir a segurança dos trabalhadores.

Acidentes

As obras de ampliação do aeroporto foram palco de dois acidentes em menos de 40 dias. 
Em 22 de março deste ano, Cleiton Nascimento Santos, 25, morreu soterrado após um deslizamento de terra enquanto fazia acertos no talude - espécie de plano inclinado que alcança locais mais profundos de escavação.
Em 30 de abril, um outro acidente no canteiro de obras do terminal deixou 14 operários feridos depois que a estrutura em que eles estavam para concretar uma laje despencou de uma altura de cerca de dez metros.

Melhorias no Aeroporto de Joinville ainda não decolaram


Terminal joinvilense depende de obras e novos instrumentos para conquistar mais voos e passageiros


Um milhão de passageiros por ano. A meta, ousada e otimista, mais do que dobraria a média anual de usuários do Aeroporto de Joinville – Lauro Carneiro de Loyola. A estimativa é de que ela possa deixar de ser apenas uma meta em três anos. Com a instalação do ILS (Instrument Landing System), sistema que facilita as operações de pouso nos aeroportos, aliada ao uso do RNP AR (Required Navigation Performance - Authorization Required), procedimento de aproximação e pouso orientado por satélite, o superintendente do terminal joinvilense, Rones Rubens Heidemann, garante que, no primeiro semestre de 2014, o Aeroporto de Joinville será um dos mais seguros e bem equipados do Sul do País.

Fabrício Porto/ND
Equipamentos de segurança são a principal necessidade para o Aeroporto de Joinville atrair mais passageiros 


Para colocar o ILS em funcionamento (o aparelho alemão custou R$ 3 milhões e já está em Joinville) ainda é necessário vencer duas barreiras: a implantação da EMS 1 (Estação Meteorológica de Superfície de Classe 1) e a homologação do ILS pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O Consórcio Hobeco Ltda./Hobeco S.A./GM2 Ltda receberá R$ 2,5 milhões da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) para instalar a estação.
Segundo Rones, a mudança da estação de nível dois para uma estação de nível um estava prevista desde o início do projeto, mas a licitação não ocorreu antes pela burocracia do processo.“Não têm muitos fornecedores no mundo e existem burocracias que têm que ser vencidas numa pré-licitação, mas já foi concluída. O contrato foi assinado e a instalação vai ser feita nesse ano”, informa.
Com a posse judicial de três áreas (de Antônio Carlos Schulze, Hélio Schuettzler, e do Clube dos 21), a Infraero já iniciou a obra de um novo muro no aeroporto para delimitar o novo espaço e garantir segurança operacional. Nessa primeira fase, a Porto Berton Ltda, de Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, recebe R$ 281,5 mil para construir um muro de 300 metros. “Provavelmente essa obra será distribuída em três fases. Para o restante, estamos aguardando a licença de instalação da Fatma e da Fundema, que deve sair nos próximos dias. A licitação total é de R$ 3 milhões”, detalha.


Melhorias em todas as áreas
Até o final do ano, a AJW Construções, de Florianópolis, conclui as obras de acessibilidade universal do Aeroporto de Joinville. “Começou mês passado e tem adequações com rampas e outras frentes. É uma obra bastante completa, de R$ 511 mil”, destaca o superintendente Rones Rubens Heidemann.
Os telhados do aeroporto e a estrutura metálica também passam por revitalização até dezembro. “O terminal fez nove anos agora em março e ele é todo metálico, então começou a aparecer pontos de corrosão nos metais”, explica. A obra custará R$ 308 mil e está sendo executada pela Emieski Empreiteira de Obras.
Ainda nesse ano também devem ser lançados os editais de licitação para a implantação de angares. Também se planeja a ampliação do terminal de cargas. “Ele será seis vezes maior do que o atual e está em projeto. O prédio dos bombeiros (Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio) já foi licitado por R$ 6 milhões. A obra começa nesse ano e o prazo é de 360 dias de obra”, complementa.


Desapropriações estão sendo feitas 
Para garantir áreas livres de obstáculos no entorno do Aeroporto de Joinville, as Procuradorias do Município e da Infraero trabalham na desapropriação de mais 27 áreas consideradas de utilidade pública pelo decreto 16.274/2009. “Para expansão imediata, nós já temos a área que é do Antônio Carlos Schulze. Essas 27 laterais têm a ver com a homologação do ILS e com a área de transição do aeroporto, questão de legislação, não haverá obras”, detalha Rones Rubens Heidemann.
Atualmente, a Infraero já tem a posse de três áreas e aguarda a emissão de posse da área do Aeroclube de Joinville e a entrega dos campos dos clubes Aviação, Operário, Minerasil, Santos Dumont, Teco Teco e do Piquete Chaleira Preta. Na próxima terça (20), às 20h, os associados do Aeroclube de Joinville se reúnem para discutir a ação de desapropriação vencida pela Infraero e alternativas de mudança da sede. “Podemos contestar o valor, mas a desapropriação é uma realidade. Vamos conversar para definir o que fazer”, diz Moacir Pinheiro, diretor financeiro da entidade.
Sobre os campos de futebol, Jalmei Duarte, secretário de Integração e Desenvolvimento Econômico de Joinville, afirma que a Prefeitura segue buscando uma área, mas tem encontrado dificuldades. “A área dos campos é da Prefeitura e esses clubes tiveram a concessão por todos esses anos sem pagar. Mesmo assim, entendemos a importância e estamos buscando alternativas até outubro, prazo que eles têm para sair”, explica.


Ampliação da pista 
A ampliação da pista do Aeroporto de Joinville em 300 metros na cabeceira 15 e em 150 metros na cabeceira 33 depende de uma nova licença ambiental para a retificação do rio Cubatão. A licença que o município tinha venceu no final de 2011 e agora a Prefeitura de Joinville trabalha para buscar novo licenciamento da Fatma (Fundação do Meio Ambiente). Para realizar as obras, será necessário desapropriar mais 101 lotes localizados às margens do rio Cubatão, na Vila Cubatão, considerados de utilidade pública pelo decreto 18.045/2011. “A gente quer começar essa discussão sobre as desapropriações com a Infraero ainda nesse ano”, diz o secretário de Integração e Desenvolvimento Econômico, Jalmei Duarte. Hoje, a pista do aeroporto tem 1.640 metros.


Maior concorrência
Para o superintendente do Aeroporto de Joinville, Rones Rubens Heidemann, faltam mais voos e mais passageiros para que a aviação comercial de Joinville decole. “O que move esse mercado? Passageiros. Por que nós não temos passageiros? Porque o aeroporto não é muito confiável no ponto de vista das pessoas, então elas vão a Curitiba. Não tendo passageiros aqui, não têm novos voos. Não tendo novos voos, as companhias aéreas não se interessam em concorrer. Não havendo concorrência, não tem promoção e as pessoas vão para Curitiba”, analisa.
Para garantir mais confiabilidade nas saídas do terminal, ele afirma que é preciso inverter essa pirâmide. Para isso, a Infraero está investindo para que os vôos sejam operados por instrumentos de precisão. “Em média, menos de 5% dos vôos não pousam aqui, mas a percepção que se tem é que 30 a 40% dos vôos não pousam. E como se faz esse convencimento? Não se faz. Você tem que apresentar fatos e é o que a gente está fazendo com o ILS e o RNP AR”, avalia.
Em 2012, 421.523 passageiros utilizaram o terminal de Joinville para pousos e decolagens. A estimativa é de que, nesse ano, o número de passageiros chegue a 400 mil. Atualmente, Joinville tem 116 horários de voos semanais (chegadas e partidas) para as cidades de São Paulo (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). A partir de setembro haverá mais seis horários de saída para Guarulhos (SP) e outros seis horários de chegadas de vôos de Guarulhos.



SAIBA MAIS
O que muda com os novos equipamentos
 
ILS (Instrument Landing System)É um sistema de aproximação por instrumentos que orienta a aeronave sobre o eixo da pista e a rampa ideal de aproximação e pouso quando há baixa visibilidade, como em dias de nevoeiro
O que muda com a instalação?
Permite que os pilotos pousem com teto a partir de 300 pés (hoje o limite é de 400) e tenham contato visual com a pista a partir de 1.200 metros (hoje são dois mil metros). 
RNP (Required Navigation Perfomance) AR (Authorization Required)É um procedimento de aproximação e pouso orientado por satélite. Gol, Azul e Tam já iniciaram voos de testes com a tecnologia em Joinville. Hoje, somente o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, já opera com a tecnologia. 
O que muda com a instalação?

Permite que os pilotos pousem com teto a partir de 300 pés (hoje o limite é de 400) e tenham contato visual com a pista a partir de 1.200 metros (hoje são dois mil metros) na cabeceira 33 e com 300 pés (hoje são 1.100) e visibilidade de 1.200 metros (hoje são 4.800) na cabeceira 15. 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Nos ares

11:18 \ Economia


Reunião do conselho
Acaba de começar, na sede do Bozano, no Rio de Janeiro, a reunião do conselho de administração da Azul. Vão discutir o resultado do segundo trimestre e as negociação para uma possível compra da TAP.
Por Lauro Jardim

Socorro garantido


Moreira: salvando as aéreas
Moreira Franco recebeu o sinal verde do Palácio do Planalto para tentar uma solução para as aéreas brasileiras, mais precisamente  Gol (perdas de 2 bilhões de reais no último ano e meio) e TAM.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), entre 2002 e 2012, enquanto o IPCA subiu 77% e as tarifas domésticas 70%, o combustível de aviação (que representa 44% dos custos de uma empresa aérea) foi reajustado em 136%.
Os presidentes da quatro grandes empresas aéreas (TAM, Gol, Avianca e Azul) se reunirão com Moreira no dia 20 para expor o que classificam de “situação grave”. Mais: acham que é impossível não repassar os custos do combustível para as tarifas.
As áreas querem a unificação das alíquotas de ICMS e uma desoneração das alíquotas do combustível de aviação para que o valor deste gasto não pese tanto.
Por Lauro Jardim

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

TAM anuncia Claudia Sender como nova presidente da aérea

23/05/2013 17h10 - Atualizado em 23/05/2013 18h10


Presidente da holding, Marco Bologna, acumulava o cargo desde 2012.
Executiva de 38 anos trabalhou na Whirlpool e está na TAM desde 2011.

Do G1, em São Paulo
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Claudia Sender está na TAM desde dezembro de 2011 (Foto: Divulgação)Claudia Sender, nova presidente da TAM, está na companhia
desde dezembro de 2011 (Foto: Divulgação)
TAM Linhas Aéreas anunciou que Claudia Sender, vice-presidente da unidade de negócios doméstica Brasil, irá assumir a presidência da companhia aérea a partir desta quinta-feira (23). A executiva substituirá Marco Antonio Bologna, que permanecerá na empresa como presidente da holding TAM S.A, cargo que já ocupava.
Bologna acumulava os dois cargos desde fevereiro de 2012.
"As funções voltam a ser divididas para que a executiva se dedique integralmente às operações aéreas de passageiros no território brasileiro, enquanto o presidente da TAM S.A. poderá se concentrar na consolidação da fusão com a LAN, nas relações institucionais da empresa e do Grupo LATAM Airlines no Brasil e na representação da gestão brasileira no Grupo LATAM Airlines", informa a companhia em comunicado.
A executiva tem 38 anos e está na companhia desde 15 de dezembro de 2011. Antes da TAM, Claudia Sender havia sido vice-presidente de Marketing da Whirlpool (fabricante das marcas Brastemp e Consul), empresa na qual atuou por sete anos.
Engenheira química formada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), ela tem MBA pela Harvard Business School e desenvolveu boa parte de sua carreira no setor de bens de consumo, atuando em marketing e planejamento estratégico.
“Os expressivos resultados da Claudia em geração de valor e foco no consumidor nas empresas onde trabalhou e, principalmente, os resultados alcançados na condução dos negócios da TAM no mercado brasileiro e sua capacidade de formar e liderar equipes a credenciam para a tarefa de atender a milhões de clientes e contribuir para universalizar ainda mais as viagens aéreas neste que é o terceiro maior mercado doméstico do mundo”, disse Bologna, no comunicado.

A holding TAM S.A é empresa controladora da TAM Linhas Aéreas, da TAM Airlines no Paraguai e da Multiplus. A holding inclui ainda a TAM Viagens, a TAM Cargo e a empresa de programas de fidelidade Multiplus.
Desde junho de 2012, a companhia faz parte da holding LATAM Airlines Group, maior companhia aérea da América Latina, resultado da fusão entre a TAM e a chilena LAN.

domingo, 11 de agosto de 2013

Na Justiça


Galeão: próxima concessão
O consórcio que detém a concessão de Cumbica decidiu entrar na Justiça contra a decisão do governo de proibido de participar do leilão do Galeão e de  Confins. O governo acha que, assim, estimulará a concorrência.
A propósito, pelo andar da carruagem o Galeão ainda estará nas mãos pesadas da Infraero durante a Copa do Mundo.
Por Lauro Jardim