sábado, 25 de agosto de 2012

Brasil deve criar estatal de seguros



Apelidada "Segurobras", empresa seria importante para viabilizar custo de obras de infraestrutura, mas também poderá atuar no mercado privado

iG São Paulo  - Atualizada às 
O governo brasileiro deve criar uma empresa estatal que atuará no ramo dos seguros, apelidada de "Segurobras". Aprovada no Congresso sem alarde, a medida deve ser sancionada pela presidenta Dilma Rousseff durante a semana. As informações são da Folha de São Paulo.
O nome oficial da empresa será Agência Brasileira Gestora de Fundos e Garantias. A estatal terá importante papel no fornecimento de garantias para obras públicas de infraestrutura, mas também poderá concorrer com as seguradoras que atuam no mercado privado, segundo o jornal. A Segurobras estará autorizada a prestar garantias nas áreas de habitação, crédito estudantil, exportação e veículos, que representa a fatia mais relevante do setor.
O mercado de seguros cresceu de forma acelerada nos últimos anos. Em 2011, somou faturamento total de R$ 105 bilhões, alta de 16,6% em relação ao ano anterior.
Criticada pelas seguradoras privadas, a ideia de se criar uma estatal de seguros foi arquivada durante o governo Lula. O texto retornou à pauta no mês passado e acabou aprovado no último dia 7, quando o julgamento do mensalão dominava as atenções no Congresso.
Para as empresas do setor, a "Segurobras" competiria em condições privilegiadas na disputa de obras públicas. Além disso, levantaria suspeitas quanto à gestão de risco dessas obras, uma vez que o executor – o governo – também vende a apólice do seguro.
O governo, por sua vez, alega que os preços dos seguros são altos no Brasil, principalmente em infraestrutura, o que ameaçaria os investimentos. Para o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), relator da medida provisória, o setor precisa de mais concorrência.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

BNDES aprova R$ 3,9 bilhões para investimento da Vale em logística



Recursos serão usados pela mineradora para realizar investimentos em logística nos Estados do Maranhão e Pará

Reuters 
Reuters
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 3,9 bilhões para a mineradora Vale realizar investimentos em logística nos Estados do Maranhão e Pará, informou o banco em comunicado.
Segundo o banco, os recursos serão destinados à implantação do projeto Capacitação Logística Norte (CLN), criado para ampliar em 30,4% a capacidade de transporte e embarque de minério de ferro do Sistema Logístico da Vale, que abrange a Estrada de Ferro Carajás (EFC) e os terminais ferroviário e marítimo de Ponta da Madeira, no Pará e Maranhão.
Com isso, o CLN passará a ter uma capacidade de 150 milhões de toneladas por ano (Mtpa). Segundo nota do BNDES, o banco financiará 52,3% do projeto, que terá investimentos totais de R$ 8 bilhões e contempla a duplicação de aproximadamente 115 quilômetros da EFC; a aquisição de locomotivas e vagões; a construção de um berço de atracação (berço sul do Píer IV); e a ampliação da retroárea do terminal marítimo de Ponta da Madeira.
A expansão logística permitirá atender ao aumento de capacidade das operações de mineração em Carajás, elevando a competitividade da empresa no setor, informou o BNDES. O Brasil é o segundo maior produtor de minério de ferro do mundo, e os corredores de ferrovias e portos são um diferencial importante na redução de custos do minério, já que as minas de Carajás estão geograficamente distantes dos grandes consumidores asiáticos, sobretudo China e Japão.
Já o financiamento do BNDES ao projeto CLN 150 Mtpa terá impactos diretos sobre a produção da indústria brasileira de máquinas e equipamentos - com encomendas de vagões a fornecedores nacionais - e no crescimento do emprego na região. De acordo com projeções do banco, 15 mil postos de trabalho serão criados durante a execução das obras e 1,6 mil empregos diretos e indiretos deverão ser gerados na fase de operação logística.
O projeto traz, ainda, benefícios à população do entorno, em função de investimentos realizados na ferrovia e em áreas próximas. Além disso, a Vale destinará R$ 95 milhões para ações sociais nas áreas de apoio à gestão pública, infraestrutura, desenvolvimento humano e econômico, realizadas em 24 municípios do Maranhão e Pará. As iniciativas incluem treinamento e qualificação de mão de obra, investimentos em saneamento, pavimentação, moradia e programas voltados à saúde, educação e geração de emprego e renda.
Parte dos investimentos sociais não obrigatórios por lei será apoiada pelo BNDES por meio da Linha de Investimentos Sociais de Empresas. Serão priorizadas ações em municípios com baixos índices sociais na área de influência da ferrovia, com foco em educação e saúde básicas e geração de trabalho e renda.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Conheça os cinco vilões do crescimento do Brasil



Infraestrutura precária, déficit de mão de obra especializada e sistema tributário complexo são alguns dos entraves

BBC  - Atualizada às 
BBC
Embora já tenha conquistado o posto de sexta maior economia do mundo em 2011, o Brasil ainda se vê às voltas com dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que destoam do papel assumido pelo país na cena internacional nos últimos anos.
Tal conjunto de entraves, o chamado 'Custo Brasil', impede um crescimento mais robusto da economia, minando a eficiência da indústria nacional e a competitividade dos produtos brasileiros.
Segundo especialistas, o recente cenário da queda dos juros deixou tais entraves ainda mais evidentes.
Agência Brasil
Pacote de investimentos de R$ 133 bilhões do governo brasileiro tenta diminuir 'custo Brasil'
'Por muito tempo, as empresas aproveitaram-se dos juros altos para ganhar dinheiro, aplicando seus lucros no mercado financeiro com vistas a maiores retornos. Porém esse cenário está mudando', afirmou à BBC Brasil André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
Na prática, com aplicações agora menos rentáveis, as empresas começam a deslocar as aplicações do setor financeiro para o setor produtivo, investindo na expansão dos próprios negócios.
Nessa transição, o 'Custo Brasil' acaba ficando mais transparente, apontam os analistas.
Na semana passada, o governo anunciou um pacote de R$ 133 bilhões em concessões ao setor privado de rodovias e ferrovias brasileiras pelos próximos 25 anos, na tentativa de contornar graves gargalos da infraestrutura do país.
A decisão foi comemorada, porém ainda há um longo caminho a percorrer. Confira os cinco principais vilões do crescimento da economia brasileira, que, segundo as últimas previsões, não deve crescer acima de 1,75% neste ano.
1) Infraestrutura precária
Segundo um estudo do Departamento de Competitividade de Tecnologia (Decomtec), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), as empresas têm uma despesa anual extra de R$ 17 bilhões devido à precariedade da infraestrutura do país, incluindo péssimas condições das rodovias e sucateamento dos portos.
Como resultado, os custos logísticos acabam encarecendo o produto final. De acordo com um levantamento do instituto ILOS, cerca de 30% do preço da tonelada soja produzida em Mato Grosso e exportada do porto de Santos, por exemplo, referem-se apenas aos gastos com transporte do grão.
'O Brasil também fez uma opção pelo transporte rodoviário, mais caro do que outros meios, como ferrovias ou hidrovias', afirmou Márcio Salvato, coordenador do curso de Economia do Ibmec.
Além da infraestrutura, o país também sofre com as altas tarifas de energia elétrica, apesar de cerca de 70% de sua matriz energética ser proveniente de hidrelétricas, consideradas mais limpas e baratas.
Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Fierj), publicada no ano passado, mostrou que o custo médio de energia no Brasil é 50% superior à média global e mais do que o dobro de outras economias emergentes.
2) Déficit de mão de obra especializada
AE/THALES STADLER
Déficit de mão de obra especializada é um dos entraves ao crescimento brasileiro
Em alguns setores da indústria, o Brasil já vive 'um apagão de mão de obra', com falta de profissionais qualificados capazes de executar tarefas essenciais ao crescimento do país.
Segundo o mais recente levantamento feito pela consultoria Manpower com 41 países ao redor do mundo, o Brasil ocupa a 2ª posição entre as nações com maior dificuldade em encontrar profissionais qualificados, atrás apenas do Japão.
Entre os empresários brasileiros entrevistados para a pesquisa, 71% afirmaram não ter conseguido achar no mercado pessoas adequadas para o trabalho.
Para efeitos de comparação, na Argentina o índice é de 45%, no México, de 43% e na China, de apenas 23%.
'Se no Japão o maior entrave é o envelhecimento da população, o problema no Brasil é a falta de qualificação profissional', afirmou à BBC Brasil Márcia Almström, diretora da Recursos Humanos da filial brasileira da Manpower.
De acordo com uma pesquisa divulgada neste ano pelo Ipea, o governo direcionou apenas 5% do PIB em 2010 para a educação, contra 7% do padrão internacional.
'Sofremos com a falta de profissionais de nível técnico, de operações manuais e de engenheiros', acrescentou Almström.
Atualmente, segundo a consultoria McKinsey, apenas 7% dos trabalhadores brasileiros têm diploma universitário, atrás da África do Sul (9%) e da Rússia (23%).
3) Sistema tributário complexo
Segundo o relatório 'Doing Business' do Banco Mundial, são necessárias 2.600 horas por ano para empresas de médio-porte brasileiras somente para pagar impostos, contra 415 na Argentina, 398 na China e 254 na Índia.
'Já passou da hora para que o Brasil simplifique seu sistema tributário', disse André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
Um dos exemplos da alta complexidade tributária no Brasil pode ser verificado no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Como está presente em todos as etapas da cadeia produtiva, seu recolhimento ocorre diversas vezes e leva à cobrança de imposto sobre imposto, também conhecido de 'imposto em cascata'.
'São 27 legislações, uma para cada estado, além de alíquotas diferentes para cada produto. Isso sem falar na alíquota interestadual', afirmou Felipe Salto, economista da Tendências Consultoria e professor da FGV-SP. 'Isso dificulta a vida do empresariado brasileiro', acrescentou.
O resultado são produtos menos competitivos, que chegam mais caros às gôndolas e sofrem maior concorrência dos estrangeiros.
4) Baixa capacidade de investimentos público e privado
Historicamente, a taxa de investimentos tanto pública quanto privada é baixa no Brasil, em torno de 18% do PIB.
Especialistas consideram que seria necessário elevar esse patamar para, pelo menos, 25% do PIB, de forma a permitir um crescimento sustentável da economia.
Isso porque, sem investimentos, para a compra de novos maquinários ou para a construção de novas rotas de escoamento, por exemplo, há uma menor eficiência produtiva, o que encarece e diminui a competitividade dos produtos brasileiros.
'É preciso que o governo faça os ajustes necessários para aumentar a confiança do empresariado e, assim, incentivar o investimento', acrescentou Salto.
5) Burocracia excessiva
Segundo o Banco Mundial, entre 183 países o Brasil ocupa o 126º lugar quando se analisa a facilidade de se fazer negócios, abaixo da média da América Latina (95º) e atrás de países como Argentina (115º), México (53º), Chile (39º) e Japão (22º).
Até obter retorno sobre seus investimentos, cabe aos empresários brasileiros vencer uma via-crúcis, que, inclui, entre outras etapas, 13 procedimentos apenas para abrir um negócio, ou 119 dias.
Na Argentina, são necessários 26 dias, no Chile, 7 e na China, 14.
Entre tais procedimentos estão, por exemplo, a homologação da empresa em diferentes órgãos de supervisão, o registro dos funcionários e licenças ambientais.
'Ao fim e ao cabo, o custo das empresas é extremamente alto, antes mesmo que elas produzam qualquer centavo', afirmou Salvato.

Dicas de segurança ajudam a reduzir riscos no transporte de cargas


A OpenTech vem trabalhado em conjunto com os órgãos policiais visando desarticular quadrilhas de roubo de cargas

As quadrilhas especializadas no roubo de cargas vêm ampliando a sua atuação na região metropolitana de Curitiba. Segundo informações da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga, entre maio e junho, 58 assaltos a carretas foram registrados na região, fechando uma média de um caminhão assaltado a cada dia. Os locais com maior incidência de caminhões furtados ou roubados têm sido as cidades de Curitiba, São José dos Pinhais, Campina Grande do Sul, Araucária e Colombo, além da BR-116 sentido São Paulo. Outras estatísticas, desta vez da 26º Sessão do Fórum Paulista do Transporte, apontam que as cargas mais visadas são as de cigarros (varejo), aço e ferro, bebidas e eletrônicos.

Com forte atuação na região, a OpenTech é uma prestadora de serviços especializada na prevenção de sinistros envolvendo cargas e têm intensificado a atuação do seu Departamento de Inteligência, visando uma atuação conjunta com a polícia. A solução OpenGR (Gerenciamento de Risco) visa especialmente coibir assaltos durante todo trajeto, já que em certas regiões, como a região metropolitana de Curitiba (PR), os índices de criminalidade têm aumentado, contribuindo para o crescimento do roubo de cargas e gerando insegurança para os motoristas que trafegam nas áreas de maior periculosidade.

De acordo com Rodrigo Corrêa, gerente de contas da OpenTech, as quadrilhas que estão atuando na região possuem “modus operandi” variados, utilizando-se de abordagem do motorista no reinicio de viagem, com veículo parado ou em movimento, principalmente no horário noturno.

“A OpenTech tem trabalhado em conjunto com os órgãos policiais dos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina, visando desarticular estas quadrilhas, já que é alto o nível de conhecimento dos criminosos sobre o funcionamento dos rastreadores e da operação de transporte e o tipo da carga”, afirma Corrêa.

Para minimizar os riscos das viagens, Paulo Oshiro, do Departamento de Inteligência da OpenTech, recomenda os seguintes procedimentos emergenciais para as operações que utilizam rotas que passam por esta região:

- Programar as saídas para evitar trafegar nesta região em horário noturno, entre 21h e 5h.
- Evitar paradas e não pernoitar em postos desta região: no sentido São Paulo pernoitar antes de Garuva-SC e no sentido Santa Catarina pernoitar entre Registro-SP e Cajati-SP.
- Montar comboios para atravessar a região.
- Revisar os equipamentos de rastreamento dos veículos.
- Utilizar o rastreador secundário no cavalo/carreta ou equipamentos móveis (isca).
- Orientar os motoristas para alertarem a Central de Rastreamento em caso de atitudes e veículos suspeitos, fornecendo informações sobre o local, os suspeitos e os veículos.

Gerenciamento de Risco da OpenTech

A OpenTech é uma prestadora de serviços especializada na prevenção de sinistros envolvendo cargas. Altamente tecnológico, com recursos que permitem reduzir significativamente as incertezas das viagens, o Gerenciamento de Risco do transporte de cargas da OpenTech é feito por meio de até três etapas: Cadastro de motoristas e veículos, Rastreamento do veículo e Escolta armada terceirizada.

Entre os diferenciais da OpenTech no mercado, destaque para o pioneirismo da empresa no desenvolvimento de softwares logísticos especializados em gerenciamento de riscos do transporte de cargas, foco na segurança da carga e do motorista, gestão de não-conformidade durante a viagem - agilidade no tempo de reação em caso de quebra de procedimento – e fornecimento de informação prática e integrada com as regras de operação do cliente.

Confira as etapas do OpenGR:

Cadastro de motoristas e veículos: Maior confiabilidade gerada a partir da pesquisa do perfil securitário de quem irá transportar a carga, com checagem de dados cadastrais, histórico profissional e idoneidade do motorista. Todos os veículos também passam por uma criteriosa avaliação para garantir a qualidade do serviço e a segurança da carga.

Rastreamento do veículo: Rota pré-definida e monitoramento 24 horas do transporte para minimizar os riscos de possíveis sinistros (acidente ou prejuízo material) aos caminhões e suas respectivas cargas.

Escolta armada terceirizada: Em caso de transportes de cargas especiais ou de alto valor, o acompanhamento da viagem é feito por carros de empresas parceiras especializadas em escolta armada, cujos veículos também são rastreados com tecnologia OpenTech durante todo o trajeto.

Saiba mais sobre a OpenTech - www.opentechgr.com.br

A OpenTech iniciou suas atividades em 2001 no segmento de gerenciamento de riscos. Para atender as demandas cada vez mais especialistas de seus clientes, ampliou seu portfólio, agregando soluções que abrangem todos os processos de movimento de transporte de mercadorias. Referência no mercado de logística e gestão de riscos, a OpenTech continua apostando nos atributos que garantiram saltos de crescimento e qualidade em pouco mais de uma década: profissionais experientes, alta tecnologia e excelência no atendimento. 

• Mais de 500 instalações em clientes de todo o país
• Mais de 100 mil viagens rastreadas por mês no Brasil e no Mercosul
• Cerca de 30 mil motoristas e veículos cadastrados por mês
• Cerca de 9 a 12 mil veículos monitorados por dia
• 350 funcionários
• Principais produtos: SIL – Sistema Integrado de Logística; GR - Gerenciamento de risco; PPA – Programa de Prevenção de Acidentes; Trucker - Completo Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP) para empresas de transporte rodoviário de cargas; e Frota - Gerenciamento da manutenção dos veículos.
• Área de atuação: Transportadores, operadores logísticos, distribuidores, atacadistas e embarcadores.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

ABSA e Tam Cargo iniciam integração das operações


 

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Neste acordo, o grupo contará com o quarto avião destinado exclusivamente para os serviços no país, que virá com a marca TAM Cargo.

21 de agosto de 2012 - A subsidiária da LAN Cargo, A ABSA, e a unidade de cargas da TAM, a TAM Cargo, iniciaram a integração das operações, por meio do Grupo Latam Airlines no país, comercializada pela Tam e operada pela ABSA.
Neste acordo, o grupo contará com o quarto avião  destinado exclusivamente para os serviços no país, que virá com a marca TAM Cargo.
A aeronave é um Boeing 767-300F, com capacidade para transportar 57 toneladas.
O Grupo Latam Airlines investirá cerca de US$ 100 milhões nas operações no país, destinado à infraestrutura, frota  e projetos de tecnologia.
(Redação - www.ultimoinstante.com.br)


Leia Mais: http://www.ultimoinstante.com.br/empresas/fusoes-aquisicoes/79569-ABSA-Tam-Cargo-iniciam-integrao-das-operaes.html#ixzz24F2iTAR2

BRASIL É O PAÍS COM MAIS RODOVIAS PEDAGIADAS DO MUNDO



Publicação: 21/08/12
O Brasil já tem a maior malha de rodovias com pedágios do mundo. Quando concluir a licitação dos 7.500 quilômetros previstos no pacote de concessão, lançado semana passada pelo governo federal, terá 22.973 km de estradas nas mãos da iniciativa privada - quase o dobro da segunda colocada, que é a Alemanha, com 12.788 km. Nos Estados Unidos, que detêm a maior malha rodoviária do mundo, a quantidade de rodovias com pedágios é de 8.430 km.
Apesar da liderança no ranking, o Brasil ainda deixa muito a desejar no quesito qualidade. Da malha total do País, apenas 12% é pavimentada. Boa parte, no entanto, em condições delicadas, conforme a última pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT). No ano passado, a associação avaliou 92.747 km de rodovias asfaltadas e detectou que mais da metade estava em condição regular, ruim ou péssima.
"Estamos muito mal. Não temos estradas, ferrovias e hidrovias", lamenta o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Moacyr Servilha Duarte. Na avaliação dele, o pacote do governo federal é emergencial, para melhorar uma infraestrutura já existente. Em alguns países, destaca o executivo, toda a malha rodoviária é pavimentada. Nos Estados Unidos, 67% das rodovias são asfaltadas. Na Índia, a malha pavimentada é equivalente a toda a malha brasileira, de 1,7 milhão de km.
O consultor Geraldo Vianna, diretor da CNT e ex-presidente da NTC&Logística, compartilha da mesma opinião de Duarte. Segundo ele, embora seja a sexta economia do mundo e tenha a maior malha pedagiada, o País ocupa a 20ª posição no ranking malha rodoviária ponderada pela extensão territorial e população. "Dificilmente conseguiremos consertar em poucos anos um abandono de três décadas. Neste momento, precisamos ter calma e objetivos claros para, talvez, conseguir corrigir em 15 anos o que estragamos em 30."
Para ele, mais importante do que os R$ 133 bilhões (ou R$ 80 bilhões nos primeiros cinco anos) do pacote é a mudança institucional e organizacional da área de transportes e logística. "O valor em si não representa muita coisa, já que está distante das necessidades do País e bem abaixo dos investimentos de nossos concorrentes China e Índia."
Na opinião do professor da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, para aumentar o volume de estradas pavimentadas e reduzir a desigualdade no Brasil, o governo terá de fazer uma discussão muito mais profunda do que a atual. Os projetos atuais são decorrentes de uma demanda provocada pelo desenvolvimento regional, tem viabilidade econômica. "O resto tem lógica inversa: o projeto é que vai trazer o desenvolvimento regional para uma determinada região e, a partir daí, trazer o tráfego de veículo. Quem sabe um dia poderia ser concedida para a iniciativa privada." Hoje, completa o professor, a demanda está concentrada em cerca de 50 mil km de estrada, que respondem por 80% da movimentação de carga do País. "O governo tem de selecionar corredores com potencial e trabalhar em cima. Isso cria um circulo virtuoso de longo prazo."

RODOANEL NORTE JÁ TEM PRÉ-QUALIFICADOS PARA LICITAÇÃO



Publicação: 21/08/12
A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) publicou no último sábado (18/08), a relação dos grupos pré-qualificados na licitação internacional para as obras de implantação do trecho Norte do Rodoanel. Foram habilitados 18 concorrentes para a fase final de apresentação de propostas comerciais para a execução da rodovia. A lista foi aprovada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), um dos financiadores do empreendimento.
Conforme comunicado da Dersa, continuam no páreo oito grupos mistos, consórcio de empresas de mais de um país, seis grupos 100% nacionais e quatro exclusivamente internacionais. Na escolha dos lotes, 15 concorrentes preferiram o número dois, o mais concorrido, seguido pelo Lote 05, com 12 interessados.
A partir da publicação dos pré-qualificados, iniciou-se um prazo legal de cinco dias úteis para apresentação de eventuais recursos, que não podem ser direcionados contra o concorrente e sim com relação a contestação de não habilitação em determinado lote pretendido.
A escolha dos vencedores será pelo critério de menor preço integral em cada lote da obra. De acordo com edital da concorrência, um mesmo licitante poderá vencer até dois lotes de obras se conseguir comprovar, na pré-qualificação, proficiência técnica e saúde financeira para tal.
O Rodoanel Norte terá 44 km de extensão e interligará os trechos Oeste e Leste do Rodoanel. Ele inicia na confluência com a da avenida Raimundo Pereira Magalhães, antiga estrada Campinas/São Paulo (SP-332), e termina na intersecção com a rodovia Presidente Dutra (BR-116). O trecho prevê acesso à rodovia Fernão Dias (BR-381), além de uma ligação exclusiva de 3,6 km para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Dilma trabalha para fechar pacote de portos e aeroportos, diz Ideli



Ministra se reúne na quarta com a base aliada para explicar os termos técnicos do plano

Reuters 
Reuters
Antonio Cruz/ABr
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, fala à imprensa após reunião no Planalto
A presidente Dilma Rousseff está trabalhando para fechar o pacote de infraestrutura direcionado a portos e aeroportos, a exemplo do pacote lançado na última semana voltado a rodovias e ferrovias , afirmou nesta terça-feira a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
A ministra explicou, acompanhada do secretário de Fomento de Ações de Transportes, Daniel Sigelmann, a deputados da bancada nordestina na Câmara os detalhes de medida provisória que, entre outras ações, cria a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) , que irá gerenciar e acompanhar as ações e projetos do pacote lançado na semana passada.
"A presidenta está terminando a parte também de aeroportos, portos, que tem uma interligação. O pessoal de ferrovia e rodovia, todo esse plano de investimento em logística tem uma intermodalidade muito forte", disse Ideli à bancada nordestina.
De acordo a ministra, o ministro dos Transportes, Paulo Sergio Passos, e o escolhido para presidir a EPL, Bernardo Figueiredo, estão reunidos com a presidente e devem discutir o tema até o início da noite.
Figueiredo, Passos e Ideli passaram a manhã reunidos com líderes da base justamente para explicar os termos técnicos da Medida Provisória e do pacote de infraestrutura.
Ideli afirmou que pretende esclarecer a medida e o plano, e se reunir com as bancadas regionais. Na quarta-feira, a ministra deve se reunir com deputados da Região Sul.
Durante a reunião desta manhã, comentou Ideli, Figueiredo teria dito aos parlamentares que há possibilidade de ajustes na medida após os encontros com as bancadas.
"O próprio Bernardo Figueiredo disse que tem alguns ajustes possíveis ainda de poderem ser feitos", afirmou a ministra, acrescentando que os envolvidos estão à disposição para esclarecer o tema.