sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

ALL fecha acordo para o transporte de combustíveis


17 de janeiro de 2013


Visando a importação de gasolina e diesel, empresa prevê investimentos de R$ 10 milhões para abastecer interior do Paraná e de São Paulo
 

A América Latina Logística (ALL) anunciou, neste mês de janeiro, um acordo feito com a Cattalini Terminais Marítimos para o transporte, via ferrovia, de combustíveis importados pelo Porto de Paranaguá (PR). A operação logística, inédita no Brasil, abastecerá a região de Curitiba e o interior do Paraná e de São Paulo.
O acordo prevê investimentos na ordem de R$ 10 milhões, que serão destinados a melhorias na estrutura da integração do modal ferroviário no terminal da Cattalini. Ambas as empresas já atuam juntas em operações de exportação de álcool. “Há sérios problemas de abastecimento de combustíveis no país. Hoje os combustíveis derivados de petróleo chegam até as distribuidoras principalmente por dutos e pelas rodovias, que estão saturadas”, comenta o gerente de Negócios Líquidos da ALL, Luís Gustavo Vitti.
Segundo o executivo, com o novo acesso via ferrovia, além do aumento na capacidade de volume transportado, o custo do frete será reduzido, diminuindo também o volume de caminhões nas rodovias e reduzindo os gases poluentes para o meio ambiente.
A expectativa de movimentação é de 30 milhões de litros por mês, com uma capacidade instalada de até 60 milhões de litros por mês. Visando atender à nova operação logística, a Cattalini informa que haverá um reaproveitamento das instalações e remanejamento da logística no terminal de Paranaguá.
Com o novo serviço, os clientes terão, além do modal rodoviário, uma nova alternativa para receber combustíveis e derivados, principalmente gasolina e diesel, com a possibilidade de utilizar os dois modais de forma ininterrupta e simultânea.
As operações estão previstas para começar no primeiro semestre de 2013. Com isso, haverá uma capacidade nominal para o carregamento de 120 milhões de litros por mês em modal ferroviário, o que equivale ao volume transportado por aproximadamente 3.500 caminhões.
A nova plataforma ferroviária terá condições de receber 19 vagões ao mesmo tempo, capaz de transportar cerca de 1 milhão de litros de combustíveis. Caso este volume fosse transportado via rodovia, seriam necessários 30 caminhões.

Após ano de prejuízos, companhias aéreas preveem recuperação em 2013



Fim de taxas trará economia de R$ 320 milhões, e setor vai questionar preço de combustível

Pedro Carvalho - iG São Paulo 
Getty Images
"No último bimestre de 2012, sentimos que 2013 será melhor", diz representante das empresas
As companhias aéreas brasileiras esperam reequilibrar os balanços em 2013, após "um ano bastante duro para o setor", nas palavras de Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa as cinco maiores empresas – TAM, Gol, Avianca, Azul e Trip, responsáveis por cerca de 99% do mercado no País.
Em 2012, as principais companhias tiveram prejuízos bilionários. As perdas da Gol, somente nos primeiros nove meses, passaram de R$ 1 bilhão . A TAM, segundo o último balanço divulgado, teve prejuízo líquido de R$ 928 milhões no segundo trimestre. Juntas, elas respondem por 78,5% do mercado nacional.
Para aliviar as contas em 2013, o setor aposta principalmente numa renegociação do preço do combustível. O querosene de aviação, que representa cerca de 40% das despesas das companhias, subiu 50% entre 2010 e 2012, segundo a Abear. 
Como o principal fornecedor é a Petrobras, essa negociação é feita entre as empresas e o Governo, principalmente no Ministério da Fazenda. "Combustível será nosso principal debate neste ano. Vamos discutir a fórmula de precificação, a tributação e a periodicidade dos aumentos", diz Sanovicz.
"A aviação brasileira triplicou o número de passageiros transportados nos últimos dez anos, e agora serve mais de 90 milhões de pessoas por ano. Se outros modais de transporte têm políticas públicas, nas quais o Governo entende que um aumento de combustível impacta milhões de pessoas, a aviação também precisa ter", afirma Sanovicz.
Além disso, as empresas calculam que os incentivos tributários concedidos nos últimos meses devam ajudar os balanços de 2013. O setor foi incluído no Plano Brasil Maior, que permite desoneração da folha de pagamento. O Governo também zerou taxas que seriam reajustadas em 80% nessa virada de ano – a EAT e a TAN, espécie de "pedágios" que os aviões pagam para voar. Somente com essa medida, a Abear estima que as empresas vão economizar R$ 320 milhões em 2013.
Para se recuperar, o setor também aposta que os aviões continuarão voando cada vez mais cheios no País. A ocupação média foi de 72,96% em 2012, um aumento aproximado de três pontos percentuais em relação ao ano anterior, quando a ocupação foi de 70,18%.
A maior ocupação no ano passado ocorreu porque a procura dos passageiros cresceu 7,14%, enquanto a expansão da oferta de assentos foi menor, de 3,12%. Em números absolutos, as companhias filiadas à Abear transportaram mais de 75 milhões de pessoas em 2012.
A associação espera que a demanda por voos cresca de forma ainda mais intensa em 2013. "Esse número está sempre vinculado ao crescimento da economia. Se o PIB crescer 3%, nós calculamos que a procura por voos cresceria cerca de 9%", diz Sanovicz.
Mas, enquanto a procura por assentos deve aumentar, a oferta de voos terá comportamento diferente entre as companhias. Gol e TAM, que estavam em processo de contração de malha, devem permanecer nessa tendência, afirma Sanovicz. Por outro lado, Trip e Azul e Avianca continuariam expandindo as rotas.
"Será um jogo de soma zero, ou seja, no final a malha brasileira deverá permanecer com o mesmo tamanho. Mas alguns destinos terão ampliação de ofertas e outros enfrentarão uma redução", afirma Sanovicz.
O representante não afirma que as empresas aéreas voltarão a ter balanços no azul em 2013, mas acredita numa "retomada das margens". "No último bimestre de 2012, começamos a sentir que os números de 2013 serão melhores. A perspectiva é de um primeiro semestre estável e um segundo semestre de crescimento", conclui o executivo.

Com AE

Após ano de prejuízos, companhias aéreas preveem recuperação em 2013



Fim de taxas trará economia de R$ 320 milhões, e setor vai questionar preço de combustível

Pedro Carvalho - iG São Paulo 
Getty Images
"No último bimestre de 2012, sentimos que 2013 será melhor", diz representante das empresas
As companhias aéreas brasileiras esperam reequilibrar os balanços em 2013, após "um ano bastante duro para o setor", nas palavras de Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa as cinco maiores empresas – TAM, Gol, Avianca, Azul e Trip, responsáveis por cerca de 99% do mercado no País.
Em 2012, as principais companhias tiveram prejuízos bilionários. As perdas da Gol, somente nos primeiros nove meses, passaram de R$ 1 bilhão . A TAM, segundo o último balanço divulgado, teve prejuízo líquido de R$ 928 milhões no segundo trimestre. Juntas, elas respondem por 78,5% do mercado nacional.
Para aliviar as contas em 2013, o setor aposta principalmente numa renegociação do preço do combustível. O querosene de aviação, que representa cerca de 40% das despesas das companhias, subiu 50% entre 2010 e 2012, segundo a Abear. 
Como o principal fornecedor é a Petrobras, essa negociação é feita entre as empresas e o Governo, principalmente no Ministério da Fazenda. "Combustível será nosso principal debate neste ano. Vamos discutir a fórmula de precificação, a tributação e a periodicidade dos aumentos", diz Sanovicz.
"A aviação brasileira triplicou o número de passageiros transportados nos últimos dez anos, e agora serve mais de 90 milhões de pessoas por ano. Se outros modais de transporte têm políticas públicas, nas quais o Governo entende que um aumento de combustível impacta milhões de pessoas, a aviação também precisa ter", afirma Sanovicz.
Além disso, as empresas calculam que os incentivos tributários concedidos nos últimos meses devam ajudar os balanços de 2013. O setor foi incluído no Plano Brasil Maior, que permite desoneração da folha de pagamento. O Governo também zerou taxas que seriam reajustadas em 80% nessa virada de ano – a EAT e a TAN, espécie de "pedágios" que os aviões pagam para voar. Somente com essa medida, a Abear estima que as empresas vão economizar R$ 320 milhões em 2013.
Para se recuperar, o setor também aposta que os aviões continuarão voando cada vez mais cheios no País. A ocupação média foi de 72,96% em 2012, um aumento aproximado de três pontos percentuais em relação ao ano anterior, quando a ocupação foi de 70,18%.
A maior ocupação no ano passado ocorreu porque a procura dos passageiros cresceu 7,14%, enquanto a expansão da oferta de assentos foi menor, de 3,12%. Em números absolutos, as companhias filiadas à Abear transportaram mais de 75 milhões de pessoas em 2012.
A associação espera que a demanda por voos cresca de forma ainda mais intensa em 2013. "Esse número está sempre vinculado ao crescimento da economia. Se o PIB crescer 3%, nós calculamos que a procura por voos cresceria cerca de 9%", diz Sanovicz.
Mas, enquanto a procura por assentos deve aumentar, a oferta de voos terá comportamento diferente entre as companhias. Gol e TAM, que estavam em processo de contração de malha, devem permanecer nessa tendência, afirma Sanovicz. Por outro lado, Trip e Azul e Avianca continuariam expandindo as rotas.
"Será um jogo de soma zero, ou seja, no final a malha brasileira deverá permanecer com o mesmo tamanho. Mas alguns destinos terão ampliação de ofertas e outros enfrentarão uma redução", afirma Sanovicz.
O representante não afirma que as empresas aéreas voltarão a ter balanços no azul em 2013, mas acredita numa "retomada das margens". "No último bimestre de 2012, começamos a sentir que os números de 2013 serão melhores. A perspectiva é de um primeiro semestre estável e um segundo semestre de crescimento", conclui o executivo.

Com AE