sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Concessão de aeroportos priorizará grupos qualificados


quinta-feira, 18 de outubro de 2012 13:53


Agência Estado

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A concessão de aeroportos à iniciativa privada priorizará a atração de novas e modernas tecnologias e de gruposqualificados, afirmou o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. "Existe no governo uma diretriz de tentar qualificar os grupos, atrair aqueles que tenham efetivamente uma contribuição a dar na gestão de aeroportos", disse.
Segundo ele, os critérios que o governo pretende adotar na concessão dos aeroportos implicam uma linha de corte, "mas não total, só precisa estar junto de quem tem qualificação". "O governo não quer fazer concessão só por fazer, mas para resolver uma questão de investimento", afirmou.
Figueiredo disse que os próximos aeroportos a serem concedidos pelo governo não devem sofrer alterações profundas no modelo que já foi utilizado. "Não deve haver mudanças radicais, não tem muitas formas de conceder aeroportos", afirmou. A ideia, segundo ele, é encontrar formas de aumentar os investimentos, considerando o contexto de passageiros e cargas de cada aeroporto. Figueiredo participa nesta quinta-feira de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Aeroporto de Guarulhos receberá R$ 1,2 bi do BNDES para reformas



18 de outubro de 2012  16h54  atualizado às 21h32
Privatizado em fevereiro deste ano, o Aeroporto Internacional de Guarulhos, no bairro de Cumbica, em São Paulo, receberá R$ 1,2 bilhão para reformas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Entre os três terminais concedidos pelo governo à administração da iniciativa privada, Guarulhos é o primeiro a receber recursos públicos para obras.
O dinheiro será liberado em parcelas pelo BNDES, que anunciou nesta quinta-feira a aprovação do montante para construção de terminais de passageiros e de cargas, mais modernização da estrutura atual. O processo de liberação é chamado empréstimo-ponte, porque vai aportar os primeiros recursos no aeroporto, ''antes que a análise do financiamento de longo prazo seja concluída'', afirma nota do banco.
Também está prevista no projeto de reforma do Aeroporto Internacional Guarulhos aprovado pelo BNDES a ampliação do pátio e pistas para aeronaves, de áreas para estacionamento de veículos, além de um novo heliporto. O objetivo é adequar o terminal ao crescimento da demanda prevista para os próximos anos e ''aos padrões esperados no contrato de concessão'', que vigorará entre 2014 e 2022.
O empréstimo está em nome da Concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos e Sociedade de Propósito Específico (SPE), que reúne o consórcio vencedor do leilão do terminal, formado pelas empresas Investimentos e Participações em Infraestrutura (Invepar), Airports Company South Africa (ACSA), da África do Sul, e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Também foram privatizados, no início do ano, os aeroportos Juscelino Kubitschek (Brasília) e Viracopos (Campinas). Os aeroportos de Brasília e de Guarulhos têm o maior fluxo de passageiros do País e o de Campinas, o maior fluxo de cargas. O próximo a ser privatizado deve ser o Aeroporto Internacional do Galeão - Antonio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Governo federal vai construir sete aeroportos no Amazonas


17/10/2012 16:34


O governo federal vai construir sete aeroportos e reformar 18 terminais de pequeno porte no Amazonas. A informação é do governador do estado, Omar Aziz, que esteve hoje (16) com a presidenta Dilma Rousseff. As obras farão parte de um pacote para aviação regional previsto para ser anunciado em novembro e que terá repasse de recursos a fundo perdido, segundo Aziz.
Os sete novos aeroportos amazonenses serão construídos nos municípios de Jutaí, Maraã, Amaturá, Uarini, Pauini, Nova Olinda do Norte e Codajás. Cada obra deverá custar entre R$ 22 milhões e R$ 25 milhões, segundo estimativas do governo estadual. Os aeroportos serão de pequeno porte, com pistas de 1,4 mil metros.
Segundo o governador, os equipamentos são necessários para agilizar serviços à população de municípios isolados. “Quem conhece nossa região sabe a importância de se ter um aeroporto. Muitas vezes, uma pessoa com uma doença ou vítima de acidente grave leva de 15 a 20 dias de barco para chegar a uma cidade em que possa ter um bom atendimento. Com um aeroporto, isso muda”, comparou.
Além dos recursos para a construção e reforma dos aeroportos, o Amazonas também deverá receber R$ 276 milhões para as obras do anel viário de Manaus, com cerca de 30 quilômetros de vias no entorno da capital. Segundo Aziz, a fonte de recursos para a obra ainda será definida pelo Ministério do Planejamento. A expectativa do governo amazonense é licitar o projeto ainda este ano.
por Agência Brasil

Governo federal vai construir sete aeroportos no Amazonas


17/10/2012 16:34


O governo federal vai construir sete aeroportos e reformar 18 terminais de pequeno porte no Amazonas. A informação é do governador do estado, Omar Aziz, que esteve hoje (16) com a presidenta Dilma Rousseff. As obras farão parte de um pacote para aviação regional previsto para ser anunciado em novembro e que terá repasse de recursos a fundo perdido, segundo Aziz.
Os sete novos aeroportos amazonenses serão construídos nos municípios de Jutaí, Maraã, Amaturá, Uarini, Pauini, Nova Olinda do Norte e Codajás. Cada obra deverá custar entre R$ 22 milhões e R$ 25 milhões, segundo estimativas do governo estadual. Os aeroportos serão de pequeno porte, com pistas de 1,4 mil metros.
Segundo o governador, os equipamentos são necessários para agilizar serviços à população de municípios isolados. “Quem conhece nossa região sabe a importância de se ter um aeroporto. Muitas vezes, uma pessoa com uma doença ou vítima de acidente grave leva de 15 a 20 dias de barco para chegar a uma cidade em que possa ter um bom atendimento. Com um aeroporto, isso muda”, comparou.
Além dos recursos para a construção e reforma dos aeroportos, o Amazonas também deverá receber R$ 276 milhões para as obras do anel viário de Manaus, com cerca de 30 quilômetros de vias no entorno da capital. Segundo Aziz, a fonte de recursos para a obra ainda será definida pelo Ministério do Planejamento. A expectativa do governo amazonense é licitar o projeto ainda este ano.
por Agência Brasil

Odebrecht defende fundo garantidor na concessão de portos e aeroporto


Texto publicado em 18/10/2012 - 01:52

O diretor de desenvolvimento de negócios da Odebrecht Infraestrutura, João Borba Filho, disse que é “fundamental” que o lançamento dos novos modelos de concessão de portos e aeroportos, em fase de desenvolvimento, sejam acompanhados de um fundo garantidor. “O fundo garantidor dará tranquilidade para investir e participar das PPPs [Parcerias Público Privadas]”, afirmou ele, depois de participar hoje do Global Economic Symposium,  no Rio.
De acordo com Borba Filho, a Odebrecht Infraestrutura aguarda os textos dos modelos de concessão para definir quais empreendimentos serão alvo de disputa por parte da empresa.
No caso de aeroportos, Borba Filho disse que a Odebrecht Infraestrutura se associará a um operador internacional para formar um consórcio.
Primeiramente, a companhia brasileira conversará com a Changi, operadora do aeroporto de Cingapura, a quem a Odebrecht Infraestrutura se associou para concorrer às licitações de aeroportos realizadas no início deste ano.
“Começaremos conversando com eles [dirigentes da Changi]. Mas conversaremos com outros”, disse ele, referindo-se a operadores de aeroportos de Paris, Londres, Frankfurt, entre outros.
A respeito do Estádio Itaquerão, do Corinthians, Borba Filho afirmou que as obras seguem normalmente, apesar de a operação financeira não estar concluída. O Banco do Brasil (BB), que está no negócio como agente repassador de R$ 400 milhões em recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e Odebrecht ainda não entraram em acordo sobre as garantias que deverão ser concedidas pela construtora ter acesso ao financiamento.
“As obras estão sendo tocadas normalmente. Paralelamente, estamos terminando de estruturar a operação financeira necessária para concluirmos o empreendimento. Hoje, não há nenhuma interrupção”, disse.
Borba Filho não comentou a possibilidade de as obras do estádio pararem, caso a Odebrecht não entre em acordo com o BB.
“Não queremos considerar esse risco. As coisas estão bem adiantadas. Entendemos que vamos chegar a um bom termo rapidamente. As obras e as negociações vão bem. As obras estão 100% no prazo”, garantiu.
A Odebrecht é também responsável pela construção da Nova Arena Pernambuco, Fonte Nova (em Salvador) e pela reforma do Maracanã, que estão previstos para receberem jogos da Copa das Confederações em 2013.
“Todas as obras seguem 100%. Não consideramos risco de atrasos”, disse ele.
Fonte: Valor

Após aprovação da compra da Webjet, Gol acelera integração entre empresas



Diretores terão duas semanas de reuniões; site da Webjet sai do ar e combinação das malhas será concluída até dezembro

Pedro Carvalho - iG São Paulo 
Futura Press
Após sinal verde do Cade, companhia aérea Gol acelera integração com Webjet
Após o governo ter aprovado a compra da Webjet pela Gol , na semana passada, as duas empresas se movimentam para acelerar a integração entre suas operações e captar as economias que isso pode trazer. No dia seguinte ao aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), uma série de reuniões foi agendada entre os diretores das companhias para definir as possíveis mudanças.
Os encontros acontecem nessa semana e na próxima, mas algumas novidades já começam a aparecer. Nesta quarta-feira (17), o site da Webjet saiu do ar e passou a redirecionar o processo de compra de passagens para a página da Gol. Uma vez que o canal de vendas da Webjet deixa de existir, a mudança representa uma redução de gastos para as empresas.
Além disso, a integração entre as malhas de destinos das duas aéreas estará concluída até o dia primeiro de dezembro, afirma o presidente-executivo da Gol, Paulo Kakinoff. “A malha era sobreposta em alguns pontos e vamos rearranjar isso, mas não há nenhum plano de redução no número de destinos”, diz. O executivo, porém, admite a possibilidade de diminuição na frequência dos voos.
Kakinoff afirma que não está definido se haverá demissões nas equipes, como costuma acontecer quando duas empresas se unem. Também não está definido se a marca Webjet continuará existindo, ou será absorvida pela Gol. Segundo o executivo, até o final do ano será divulgado o plano de captação de sinergias entre as operações das companhias.
Nos últimos meses, a Gol tem feito diversos esforços para cortar custos e tentar equilibrar o balanço, que revela seguidos prejuízos. Mesmo o tamanho do bilhete de check-in e a quantidade de água nos banheiros foram recalculados . Mas o preço das principais despesas, como combustível (46% dos gastos), tarifas aeroportuárias e itens comprados em dólar (55% dos gastos), foge quase totalmente ao controle da companhia.
Por isso, além de cortar custos, a Gol também se esforça para aumentar as fontes de receita. Até julho, todos os voos da empresa terão venda de comida a bordo, atualmente presente em 48% das viagens. “Também vamos intensificar o acordo com a Delta para a aplicação de code-share (venda de passagens da Delta pela Gol e vice-versa)”, diz Kakinoff. “Estamos, ainda, avaliando mercados potenciais para ampliar o número de destinos”, afirma o executivo.
A Gol, que detém 34% do mercado nacional, anunciou a compra da Webjet (cuja participação é de 5%) em julho do ano passado, por R$ 310 milhões. Na última quarta-feira, o Cade deu aval definitivo para a operação , com algumas restrições relativas ao aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

Após aprovação da compra da Webjet, Gol acelera integração entre empresas



Diretores terão duas semanas de reuniões; site da Webjet sai do ar e combinação das malhas será concluída até dezembro

Pedro Carvalho - iG São Paulo 
Futura Press
Após sinal verde do Cade, companhia aérea Gol acelera integração com Webjet
Após o governo ter aprovado a compra da Webjet pela Gol , na semana passada, as duas empresas se movimentam para acelerar a integração entre suas operações e captar as economias que isso pode trazer. No dia seguinte ao aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), uma série de reuniões foi agendada entre os diretores das companhias para definir as possíveis mudanças.
Os encontros acontecem nessa semana e na próxima, mas algumas novidades já começam a aparecer. Nesta quarta-feira (17), o site da Webjet saiu do ar e passou a redirecionar o processo de compra de passagens para a página da Gol. Uma vez que o canal de vendas da Webjet deixa de existir, a mudança representa uma redução de gastos para as empresas.
Além disso, a integração entre as malhas de destinos das duas aéreas estará concluída até o dia primeiro de dezembro, afirma o presidente-executivo da Gol, Paulo Kakinoff. “A malha era sobreposta em alguns pontos e vamos rearranjar isso, mas não há nenhum plano de redução no número de destinos”, diz. O executivo, porém, admite a possibilidade de diminuição na frequência dos voos.
Kakinoff afirma que não está definido se haverá demissões nas equipes, como costuma acontecer quando duas empresas se unem. Também não está definido se a marca Webjet continuará existindo, ou será absorvida pela Gol. Segundo o executivo, até o final do ano será divulgado o plano de captação de sinergias entre as operações das companhias.
Nos últimos meses, a Gol tem feito diversos esforços para cortar custos e tentar equilibrar o balanço, que revela seguidos prejuízos. Mesmo o tamanho do bilhete de check-in e a quantidade de água nos banheiros foram recalculados . Mas o preço das principais despesas, como combustível (46% dos gastos), tarifas aeroportuárias e itens comprados em dólar (55% dos gastos), foge quase totalmente ao controle da companhia.
Por isso, além de cortar custos, a Gol também se esforça para aumentar as fontes de receita. Até julho, todos os voos da empresa terão venda de comida a bordo, atualmente presente em 48% das viagens. “Também vamos intensificar o acordo com a Delta para a aplicação de code-share (venda de passagens da Delta pela Gol e vice-versa)”, diz Kakinoff. “Estamos, ainda, avaliando mercados potenciais para ampliar o número de destinos”, afirma o executivo.
A Gol, que detém 34% do mercado nacional, anunciou a compra da Webjet (cuja participação é de 5%) em julho do ano passado, por R$ 310 milhões. Na última quarta-feira, o Cade deu aval definitivo para a operação , com algumas restrições relativas ao aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.


Diretores terão duas semanas de reuniões; site da Webjet sai do ar e combinação das malhas será concluída até dezembro

Pedro Carvalho - iG São Paulo 
Futura Press
Após sinal verde do Cade, companhia aérea Gol acelera integração com Webjet
Após o governo ter aprovado a compra da Webjet pela Gol , na semana passada, as duas empresas se movimentam para acelerar a integração entre suas operações e captar as economias que isso pode trazer. No dia seguinte ao aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), uma série de reuniões foi agendada entre os diretores das companhias para definir as possíveis mudanças.
Os encontros acontecem nessa semana e na próxima, mas algumas novidades já começam a aparecer. Nesta quarta-feira (17), o site da Webjet saiu do ar e passou a redirecionar o processo de compra de passagens para a página da Gol. Uma vez que o canal de vendas da Webjet deixa de existir, a mudança representa uma redução de gastos para as empresas.
Além disso, a integração entre as malhas de destinos das duas aéreas estará concluída até o dia primeiro de dezembro, afirma o presidente-executivo da Gol, Paulo Kakinoff. “A malha era sobreposta em alguns pontos e vamos rearranjar isso, mas não há nenhum plano de redução no número de destinos”, diz. O executivo, porém, admite a possibilidade de diminuição na frequência dos voos.
Kakinoff afirma que não está definido se haverá demissões nas equipes, como costuma acontecer quando duas empresas se unem. Também não está definido se a marca Webjet continuará existindo, ou será absorvida pela Gol. Segundo o executivo, até o final do ano será divulgado o plano de captação de sinergias entre as operações das companhias.
Nos últimos meses, a Gol tem feito diversos esforços para cortar custos e tentar equilibrar o balanço, que revela seguidos prejuízos. Mesmo o tamanho do bilhete de check-in e a quantidade de água nos banheiros foram recalculados . Mas o preço das principais despesas, como combustível (46% dos gastos), tarifas aeroportuárias e itens comprados em dólar (55% dos gastos), foge quase totalmente ao controle da companhia.
Por isso, além de cortar custos, a Gol também se esforça para aumentar as fontes de receita. Até julho, todos os voos da empresa terão venda de comida a bordo, atualmente presente em 48% das viagens. “Também vamos intensificar o acordo com a Delta para a aplicação de code-share (venda de passagens da Delta pela Gol e vice-versa)”, diz Kakinoff. “Estamos, ainda, avaliando mercados potenciais para ampliar o número de destinos”, afirma o executivo.
A Gol, que detém 34% do mercado nacional, anunciou a compra da Webjet (cuja participação é de 5%) em julho do ano passado, por R$ 310 milhões. Na última quarta-feira, o Cade deu aval definitivo para a operação , com algumas restrições relativas ao aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

ATUALIZAÇÃO (Estadão – 15-10-2012 – 18h37) Aeroporto de Viracopos, em Campinas, é reaberto


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Companhia aérea Azul foi a mais prejudicada – pista foi fechada no sábado após avião cargueiro apresentar problemas durante o pouso
O aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior paulista, foi oficialmente reaberto às 17h35 desta segunda-feira, 15. A pista estava fechada desde às 19h55 do último sábado, 13, após um avião cargueiro apresentar problemas durante o pouso. A remoção da aeronave foi feita entre as 16h e 16h30. De acordo com a Infraero, no período em que o aeroporto ficou fechado foram canceladas 235 partidas e 260 chegadas.
A companhia aérea Azul foi a mais prejudicada com o incidente, já que é a empresa que mais opera voos no aeroporto de Campinas. Em nota, a Azul informou que “embora as operações em Viracopos tenham sido liberadas, atrasos e cancelamentos ainda poderão ocorrer como consequência do processo de regularização da malha.”
FONTES: Estadão e G1
FOTOS DE BAIXO: Estadão (com Futura Press)

ATUALIZAÇÃO (G1 – 15-10-2012 – 18h)

Avião que fechou Viracopos é retirado, mas pista segue fechada

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A remoção teve a duração de 1h40, após 44h do incidente no sábado.
O avião cargueiro que teve problema no trem de pouso e interditou a única pista de Viracopos, em Campinas (SP), desde a noite de sábado (13) foi retirado da pista na tarde desta segunda-feira (15). A remoção teve a duração de 1h40, após 44h do incidente. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a liberação da pista depende da limpeza, manutenção do asfalto e perícia de segurança. Até as 16h, o número de voos cancelados chega a 442, de acordo com a empresa estatal.
O processo de reboque para o deslocamento foi lento e complexo por conta do peso médio da aeronave, de 130 toneladas. O avião está sem as rodas de um dos lados para o suporte da turbina e da asa. Para conseguir estabilizar a aeronave foi preciso utilizar um material inflável semelhante a um colchão sustentado por um guincho. Além disso, outros três guinchos operam no reboque. Cinco veículos do Corpo de Bombeiros prestam apoio na operação e pelo menos 70 pessoas estão envolvidas na retirada do avião.
Na noite de domingo, os trabalhos feitos por uma empresa terceirizada, contratada pela Centurion Cargo, responsável pela aeronave, não tiveram o sucesso esperado. Uma falha sobrecarregou a estrutura do equipamento e não foi possível levantá-lo. O G1 tentou contato com a Centurion, mas até a publicação da reportagem ninguém havia sido encontrado para falar sobre o assunto.



Azul tenta decolar com meia pista em Viracopos, mas é impedida pela Anac

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Cargueiro acidentado bloqueia única pista desde as 20h de sábado – companhia, com 95% dos voos, diz que 25 mil passageiros foram afetados

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A Azul Linhas Aéreas, empresa mais prejudicada pela interdição do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, tentou fazer decolagens usando apenas metade da pista, mas foi desautorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pela Infraero pouco depois de chamar os passageiros para o embarque. A negativa foi dada enquanto o diretor de Comunicação e Marca da companhia, Gianfranco Beting, dava uma coletiva de imprensa no aeroporto, por volta das 12h.
O aeroporto está com sua única pista bloqueada desde as 20h de sábado, quando um cargueiro vindo de Miami interditou a passagem depois de um pouso mal sucedido – o pneu estourou e a aeronave ficou presa na via. A operação para a remoção do avião, delicada, ocorre desde a noite de domingo e, enquanto não termina, as empresas aéreas acumulam prejuízos.
A Azul, responsável por 95% dos voos de Viracopos, cancelou 450 viagens até as 15h – segundo balanço oficial da Infraero, foram 400 cancelamentos no total até as 11h. Segundo Beting, mais de 25 mil passageiros foram afetados e a empresa já soma “dezenas de milhões de reais por dia” em perdas. A companhia, que está com 15 aeronaves presas nos terminais – um terço de todos os seus jatos -, chegou a chamar 300 passageiros de três voos – Fortaleza, Recife e Curitiba – para o embarque. Embora desse garantia da segurança do procedimento, foi proibida pelos órgãos competentes, quando as pessoas já tinham despachado as malas.
A Azul afirmou que os atrasos só devem ser eliminados entre quarta e quinta-feira e que suspendeu todos novos voos desta semana para normalizar a situação. “Não é um problema da Azul, é um problema do aeroporto. Temos mais de 25 mil pessoas afetadas e isso aumenta a cada hora. Nossa prioridade neste momento é acomodar as pessoas (em hotéis), mas é praticamente impossível acomodar todos no retorno do feriado. Não há estrutura para Isso”, disse Beting. “Continuamos com sobrecarga nos próximos dias, porque toda a malha está totalmente desordenada”. A companhia realiza 840 voos por dia nos aeroportos do Brasil, em parceria com Trip.
Remoção
A operação para retirar o cargueiro MD-11, da Centurion Cargo, é acompanhada por cerca de 70 pessoas. A aeronave, que carregava 67 toneladas de carga, começou a ser removida na noite de domingo, mas o equipamento utilizado no transporte, uma espécie de guincho de aviação, apresentou problemas e teve de ser trocado. Chamado de Recovery Kit, ele é composto de três carretas e um colchão de ar, usado para levantar aeronaves sem danificar a fuselagem.
Uma nova máquina, alugada da TAM Linhas Aéreas, saiu de São Paulo e chegou em Viracopos na manhã desta segunda-feira, 15. No começo da tarde, a aeronave já estava erguida, mas ainda não tinha sido movida de lugar. Parte das ranhuras deixadas na pista durante a aterrissagem do avião já foram reparadas a custo da própria Centurion. Parte do pavimento que está sob o avião será reformada quando ele for retirado.
Problemas
Para o professor de Gestão de Aviação Civil Marcus Reis, o fechamento tão prolongado de Viracopos expõe a falta de infraestrutura dos aeroportos. “Não é um problema só de Viracopos”, afirma.
Ele defende que aeroportos com volume tão elevado de voos como o de Campinas tenham equipamentos a postos para esse tipo de emergência. “O número de voos em Viracopos cresceu muito mais do que sua infraestrutura permite”, diz. “Se tem acidente no Santos Dumont (no Rio), com risco de contaminação do mar ou algum problema ambiental, tudo bem haver demora para liberar pistas. Mas em Viracopos não foi o caso.”
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