sábado, 18 de agosto de 2012

Aéreas querem PPPs nos aeroportos



As companhias aéreas esperam que o pacote de investimentos em aeroportos que será anunciado pelo governo seja feito por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs), e não concessões

Agência Estado 
Agência Estado
As companhias aéreas esperam que o pacote de investimentos em aeroportos que será anunciado pelo governo seja feito por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs), e não concessões. Elas acreditam que, assim, as tarifas aeroportuárias podem ser menores.
Na PPP, a participação do governo no projeto é maior. "Isso provavelmente faria com que as tarifas aeroportuárias cobradas fossem mais baixas do que nos aeroportos repassados ao setor privado por meio de concessão", afirmou à Agência Estado o presidente de uma companhia aérea, que preferiu não se identificar. "O setor torce para que o governo escolha o modelo de PPPs."
AE/NILTON FUKUDA
Aeroportos devem receber mais investimentos
No anúncio de ferrovias e rodovias feito nesta semana, o governo definiu que os projetos rodoviários seguirão o modelo de concessão e o vencedor será o concorrente que se dispor a cobrar o menor pedágio.
Para garantir o cumprimento dos investimentos estipulados, só permitirá o início da cobrança da tarifa após a aplicação de pelo menos 10% dos recursos. No setor ferroviário, porém, a escolha foi pelas PPPs. O setor privado construirá cerca de 10 mil quilômetros de ferrovias e fará sua manutenção.
Para que o investidor não corra riscos de demanda, o governo, por meio da Valec, comprará toda a capacidade dessa malha e a revenderá a usuários interessados.O grande ágio pago nos leilões em fevereiro, que chegou a 673% no caso do aeroporto de Campinas, em São Paulo, faz as companhias aéreas temerem que, ao longo das concessões, que variam entre 20 e 30 anos, os vencedores, com dificuldade de obter os retornos esperados, acabem pressionando o governo a reajustar fortemente as tarifas.
Na opinião desse executivo, a Parceria Público-Privada também seria mais interessante para o governo, pois poderia deixar a Infraero com a maioria da participação acionária nos aeroportos. A primeira PPP do País foi feita em 2005, entre o governo do Estado de São Paulo e o Grupo CCR, para a operação e manutenção da Linha 4 Amarela na capital paulista. Ao longo de 30 anos de operação, a empresa investirá mais de R$ 2 bilhões na linha em equipamentos, trens e sistemas. "Esse seria um bom modelo para os aeroportos", diz o executivo.
Modelo alternativo
A presidente Dilma Rousseff solicitou à Secretaria de Aviação Civil (SAC) um modelo alternativo com regras mais rígidas para as novas concessões de aeroportos, como de Confins, em Belo Horizonte, e Galeão, no Rio de Janeiro. O novo modelo em discussão torna majoritária a participação da Infraero e estimula as PPPs.
Ele ainda não foi aprovado pela presidente porque persistem as dúvidas quanto ao papel da estatal na nova rodada de concessões. "O problema é que temos mais dúvidas do que certezas", admitiu um assessor. Nos aeroportos já licitados - Guarulhos, Viracopos e Brasília - a participação da estatal foi de 49%, com o compromisso de que não interferiria no processo, sendo apenas uma parceira.
Dilma não desistiu de fazer as novas concessões, mas quer garantias para a realização dos investimentos. Quando as regras forem aprovadas, o que deve ocorrer até o fim do mês, também será anunciado o Plano de Aviação Regional para aumentar o trânsito aéreo da população e de cargas entre Estados vizinhos. É também mais uma frente de investimentos para desobstruir a infraestrutura do País e revitalizar as operadoras regionais. A ideia é utilizar os recursos do Fundo de Aviação Civil para dinamizar as obras.
As críticas da presidente às regras dos leilões já realizados são conhecidas. Ela teme pela administração desses aeroportos e tem dúvidas quanto à experiência dos consórcios vencedores, que se associaram a empresas da África do Sul, Argentina e França. Dilma pediu à SAC que fizesse alguns ajustes para deixar de fora operadoras de aeroportos pequenos. Os ajustes foram feitos.
Um deles prevê elevar o piso do número de passageiros que transitam por ano. No modelo anterior, esse corte se deu em 5 milhões de passageiros por ano. A proposta "ficou de lado" e Dilma pediu o modelo alternativo.
A alternativa é o fortalecimento da Infraero. A estatal seria majoritária no projeto, e foi essa ideia que gerou insegurança e muitas dúvidas. Como se definir o aporte dos recursos privados? Será que as empresas têm interesse em formar parceria com a Infraero sendo majoritária no comando dos aeroportos? Na defesa do novo modelo entram argumentos como o de que, além de considerar a expertise da estatal, os investimentos seriam acelerados.
A administração seria feita a quatro mãos com empresas privadas, por meio de PPPs. Os técnicos defendem o modelo que deu início ao repasse da operação e administração dos aeroportos para o setor privado, em fevereiro. Eles têm acompanhado as operações dos consórcios vencedores e garantem que estão ocorrendo avanços, não só na esfera administrativa como na descrição das obras necessárias à modernização e na eficiência dos aeroportos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Aéreas querem PPPs nos aeroportos



As companhias aéreas esperam que o pacote de investimentos em aeroportos que será anunciado pelo governo seja feito por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs), e não concessões

Agência Estado 
Agência Estado
As companhias aéreas esperam que o pacote de investimentos em aeroportos que será anunciado pelo governo seja feito por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs), e não concessões. Elas acreditam que, assim, as tarifas aeroportuárias podem ser menores.
Na PPP, a participação do governo no projeto é maior. "Isso provavelmente faria com que as tarifas aeroportuárias cobradas fossem mais baixas do que nos aeroportos repassados ao setor privado por meio de concessão", afirmou à Agência Estado o presidente de uma companhia aérea, que preferiu não se identificar. "O setor torce para que o governo escolha o modelo de PPPs."
AE/NILTON FUKUDA
Aeroportos devem receber mais investimentos
No anúncio de ferrovias e rodovias feito nesta semana, o governo definiu que os projetos rodoviários seguirão o modelo de concessão e o vencedor será o concorrente que se dispor a cobrar o menor pedágio.
Para garantir o cumprimento dos investimentos estipulados, só permitirá o início da cobrança da tarifa após a aplicação de pelo menos 10% dos recursos. No setor ferroviário, porém, a escolha foi pelas PPPs. O setor privado construirá cerca de 10 mil quilômetros de ferrovias e fará sua manutenção.
Para que o investidor não corra riscos de demanda, o governo, por meio da Valec, comprará toda a capacidade dessa malha e a revenderá a usuários interessados.O grande ágio pago nos leilões em fevereiro, que chegou a 673% no caso do aeroporto de Campinas, em São Paulo, faz as companhias aéreas temerem que, ao longo das concessões, que variam entre 20 e 30 anos, os vencedores, com dificuldade de obter os retornos esperados, acabem pressionando o governo a reajustar fortemente as tarifas.
Na opinião desse executivo, a Parceria Público-Privada também seria mais interessante para o governo, pois poderia deixar a Infraero com a maioria da participação acionária nos aeroportos. A primeira PPP do País foi feita em 2005, entre o governo do Estado de São Paulo e o Grupo CCR, para a operação e manutenção da Linha 4 Amarela na capital paulista. Ao longo de 30 anos de operação, a empresa investirá mais de R$ 2 bilhões na linha em equipamentos, trens e sistemas. "Esse seria um bom modelo para os aeroportos", diz o executivo.
Modelo alternativo
A presidente Dilma Rousseff solicitou à Secretaria de Aviação Civil (SAC) um modelo alternativo com regras mais rígidas para as novas concessões de aeroportos, como de Confins, em Belo Horizonte, e Galeão, no Rio de Janeiro. O novo modelo em discussão torna majoritária a participação da Infraero e estimula as PPPs.
Ele ainda não foi aprovado pela presidente porque persistem as dúvidas quanto ao papel da estatal na nova rodada de concessões. "O problema é que temos mais dúvidas do que certezas", admitiu um assessor. Nos aeroportos já licitados - Guarulhos, Viracopos e Brasília - a participação da estatal foi de 49%, com o compromisso de que não interferiria no processo, sendo apenas uma parceira.
Dilma não desistiu de fazer as novas concessões, mas quer garantias para a realização dos investimentos. Quando as regras forem aprovadas, o que deve ocorrer até o fim do mês, também será anunciado o Plano de Aviação Regional para aumentar o trânsito aéreo da população e de cargas entre Estados vizinhos. É também mais uma frente de investimentos para desobstruir a infraestrutura do País e revitalizar as operadoras regionais. A ideia é utilizar os recursos do Fundo de Aviação Civil para dinamizar as obras.
As críticas da presidente às regras dos leilões já realizados são conhecidas. Ela teme pela administração desses aeroportos e tem dúvidas quanto à experiência dos consórcios vencedores, que se associaram a empresas da África do Sul, Argentina e França. Dilma pediu à SAC que fizesse alguns ajustes para deixar de fora operadoras de aeroportos pequenos. Os ajustes foram feitos.
Um deles prevê elevar o piso do número de passageiros que transitam por ano. No modelo anterior, esse corte se deu em 5 milhões de passageiros por ano. A proposta "ficou de lado" e Dilma pediu o modelo alternativo.
A alternativa é o fortalecimento da Infraero. A estatal seria majoritária no projeto, e foi essa ideia que gerou insegurança e muitas dúvidas. Como se definir o aporte dos recursos privados? Será que as empresas têm interesse em formar parceria com a Infraero sendo majoritária no comando dos aeroportos? Na defesa do novo modelo entram argumentos como o de que, além de considerar a expertise da estatal, os investimentos seriam acelerados.
A administração seria feita a quatro mãos com empresas privadas, por meio de PPPs. Os técnicos defendem o modelo que deu início ao repasse da operação e administração dos aeroportos para o setor privado, em fevereiro. Eles têm acompanhado as operações dos consórcios vencedores e garantem que estão ocorrendo avanços, não só na esfera administrativa como na descrição das obras necessárias à modernização e na eficiência dos aeroportos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

GOVERNO RESTRINGE CONCESSÃO DE RNTRC



Publicação: 16/08/12
O Governo federal decidiu atender aos pedidos dos carreteiros líderes da última greve nacional e vai restringir a concessão do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC) para profissionais e empresas que têm o transporte de mercadorias como atividade principal.
Atualmente, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt) estuda uma maneira para regular as atividades econômicas que necessitam de registro, mas não se enquadram nesse perfil, por terem o transporte de cargas como atividade secundária.

A decisão da Antt foi tomada após negociações com motoristas de caminhão, na segunda reunião do grupo de trabalho criado pelo governo para avaliar as demandas do setor, encontro dedicado a discutir normas e resoluções da agência das quais os condutores discordam. Estão previstas três reuniões semanais até dia 8 de setembro em que serão debatidas as questões: pontos de descanso nas estradas; carga tributária que incide sobre os motoristas e arcabouço jurídico e legal que regulamenta a profissão.
De acordo com os motoristas de caminhão, a reivindicação da categoria com relação ao RNTRC está ligada à influência no valor do frete. O presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiros (Mubc), Nélio Botelho, afirma que a concessão do registro a empresas cuja atividade-fim não é o transporte de cargas - como indústrias e lojas de material de construção, por exemplo - aumentou a concorrência e fez com que a remuneração diminuísse. "Há uma concorrência desleal de 600 mil profissionais a mais no mercado. O valor do frete caiu a um patamar que não cobre as despesas operacionais", disse.
A Antt contesta o número divulgado pela Mubc e diz que, de 973 mil detentores do RNTRC, somente 144 mil não têm o transporte de cargas como atividade principal. Wilbert Ribeiro Junqueira, gerente da agência reguladora, diz que um parecer jurídico interno permitiu a concessão do registro a empresas nas quais a atividade é secundária.
“Diante da demanda dos motoristas, estudamos criar outras categorias para cadastrar empresas que não têm o transporte como atividade-fim", disse Junqueira.
Do Último Instante

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Gol e TAM têm prejuízos bilionários com queda nas viagens a trabalho


15/08/2012 - 06h30


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MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO
A reestruturação da Gol no início do ano, com cortes de 1.500 funcionários e eliminação de 130 voos deficitários, não foi suficiente para reverter o resultado da companhia.
No segundo trimestre, a Gol obteve um prejuízo líquido de R$ 715 milhões --equivalente ao prejuízo acumulado em 2011 (R$ 710 milhões).
Na segunda-feira, a TAM havia divulgado prejuízo ainda maior, de R$ 928 milhões no trimestre.
Os números refletem diretamente o impacto da desvalorização do real (de 23% no segundo trimestre ante igual período do ano passado) e a alta do querosene de aviação nos custos das empresas.
Mas a dificuldade em reverter o prejuízo reflete um possível esgotamento do modelo de negócios das duas maiores companhias, que operam aviões grandes, de mais de 160 lugares, conectando grandes centros.
Estudo do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas) mostra que o movimento nos aeroportos que as duas companhias priorizam, como Congonhas (SP), Brasília e Santos Dumont (RJ), cresceu bem abaixo da média do país, de 8% no semestre.
No caso de Congonhas, principal fonte de lucratividade para as duas empresas, o movimento ficou negativo em 0,93%. Brasília cresceu 3,45%, e Santos Dumont, 4,57%. "A variação negativa em Congonhas indica um possível esgotamento da capacidade (de crescimento) desse aeroporto", diz o Snea no estudo.
Já Campinas, Confins e Galeão cresceram cerca de 20% no primeiro semestre. Campinas (alta de 22%) é justamente a base da Azul e da Trip. Galeão concentra voos da Webjet, empresa que pertence à Gol e que teve um desempenho operacional melhor que a própria Gol.
Com uma malha mais espalhada pelo interior do país, a Azul e a Trip têm se beneficiado do crescimento do interior do país.
Já TAM e Gol dependem do passageiro de negócios, principalmente da Ponte Aérea Rio São Paulo, uma das mais caras ligações aéreas do mundo. Com o desaquecimento da economia e os cortes nas viagens a negócio, as empresas aéreas têm pouca margem para elevar preços e recuperar o aumento de custos.
"Não temos perspectiva de número positivo para o ano", afirmou o novo presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoff. "O segundo semestre ainda será desafiador."

Plano Brasileiro de Infraestrutura Logística será discutido em Manaus



Evento será realizado no próximo dia 30 e as inscrições já se encontram abertas

    Manaus sediará o workshop  Plano Brasil de Infraestrutura Logística (PBlog), que será realizado no dia 30 deste mês, no horário das 8h às 18h, no auditório da Faculdade de Estudos Sociais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no bairro Coroado,m Zona Centro-Sul.
    A realização do evento conta com apoio da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Conselho Regional de Administração (CRA), Ufam, Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) e o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam).
    No workshop, estarão reunidos especialistas em logística de toda a região Norte do Brasil a fim de discutir soluções em infraestrutura de transporte, incluindo estradas, portos, aeroportos, ferrovias, dutovias e infovias, no âmbito do Plano Brasil de Infraestrutura Logística.
    O plano é coordenado pelo Conselho Federal de Administração e pelos Conselhos Regionais de Administração, que têm a missão de realizar cinco workshops em âmbito nacional visando a identificar alternativas logísticas em cada região brasileira.
    Para o superintendente em exercício da Suframa, Gustavo Igrejas, o envolvimento da autarquia com o tema é de extrema importância para que a região possa avançar em uma área tão fundamental para o seu desenvolvimento socioeconômico.
    “As características logísticas da Amazônia foram uma das razões fundamentais para a criação do modelo Zona Franca de Manaus e continuam sendo até hoje um dos nossos maiores desafios. Eventos como esse são muito salutares e esperamos que as contribuições das diversas instituições sejam apuradas para que identifiquemos alternativas e soluções eficazes para aprimorar nossa infraestrutura logística”, afirmou Igrejas.
    As inscrições para o evento em Manaus estão abertas e podem ser feitas pelo site http://www.craamazonas.org.br. Mais informações pelo telefone (92) 3303-7102.

    Experiência mínima deverá ser exigida para aeroportos--fonte


    Por Tiago Pariz e Luciana Otoni
    BRASÍLIA, 14 Ago (Reuters) - O governo deve aumentar as exigências nas concessões dos novos aeroportos para limitar o numero os participantes dos leilões e evitar a presença de empresas com pouca experiência internacional, afirmou à Reuters uma fonte do governo envolvida na elaboração das medidas.
    Essas concessões devem ser a última parte do plano de investimento do governo, para tentar impulsionar o crescimento econômico, que começa a ser divulgado na próxima quarta-feira com as outorgas de rodovias e ferrovias.
    Em princípio, dois ou três aeroportos deverão ir para concessão, mas o número fechado ainda está sendo definido pelos técnicos do Ministério da Fazenda, em parceria com a Secretaria de Aviação Civil (SAC).
    As exigências que o governo avalia passa pela comprovação de que a empresa gerencia um volume mínimo de passageiros por ano, por um prazo significativo. Tanto o volume mínimo quanto o prazo ainda não foram definidos.
    Além de a maior experiência por parte das empresas participantes do leilão, o governo continua estudando também a viabilidade de um dos aeroportos ser administrados via Parceria Público Privadas (PPPs).
    Por meio das PPPs, as empresas teriam isenção de Imposto de Renda e de PIS/Cofins para realizar o investimento, o que garantiria mais espaço para reaplicar esses recursos. Como a concessão de aeroportos deverá ser a última a ser anunciada, esse novo modelo precisa passar pelo aval do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e por último, da presidente Dilma Rousseff.
    Os aeroportos preferidos para fazerem parte da nova rodada de concessões são Confins (MG) e Galeão (RJ). A terceira hipótese é transferir para administração privada um aeroporto no Nordeste, que poderia ser o de Fortaleza, ou no Sul, que poderia ser o de São José dos Pinhais (PR).
    A decisão de determinar que os participantes do leilão dos aeroportos tenham experiência mínima ocorre depois de as concessões de Viracopos (SP), Brasília (DF) e Guarulhos (SP) terem sido vencidas por empresas que tiveram a experiência contestada por consórcios derrotados no leilão.
    No lançamento desta quarta-feira, deverão ser concedidos 11 mil quilômetros de rodovias federais, a maior parte no Centro-Oeste e Nordeste, além de Minas Gerais. "O foco será no transporte de cargas", disse uma das fontes.
    Um dos gargalos do escoamento da produção é o estado de conservação da malha rodoviária e a falta de vias alternativas. Propor um plano focado em carga tem como objetivo dar chance para a elevação do fluxo da produção.
    No transporte ferroviário, o principal anúncio é o novo modelo do trem-bala --que liga São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro-- que segue os requisitos dos aeroportos. Serão requisitados o mínimo de 10 anos de operação desse meio de transporte, além de cortes mínimos de volume de passageiro.
    O governo deve anunciar também o início das audiências públicas do edital do primeiro leilão do trem-bala. A licitação deve ocorrer no primeiro semestre de 2013 e servirá para escolher a tecnologia e a concessionária que irá operar o serviço.
    Além do trem-bala, projetos ferroviários também serão apresentados como prioritários, como o Ferroanel de São Paulo, além novas linhas, por exemplo, que liga Belo Horizonte (MG) a Salvador (BA).
    Depois de anunciar o plano, o governo deve lançar na quinta-feira o programa de ampliação da capacidade de endividamento dos Estados. O objetivo é elevar a capacidade das unidades da Federação em se associar à iniciativa privada nos projetos de infraestrutura bancados pelas PPPs.
    Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizará uma nova linha de financiamento aos estados no valor de 20 bilhões de reais.
    (Reportagem adicional de Leonardo Goy)

    terça-feira, 14 de agosto de 2012

    Dilma defende modernização do transporte


     Atualizado em terça-feira, 14 de agosto de 2012 - 22h24


    Presidente acredita que modernizar infraestrutura nesta área pode tornar o país mais competitivo
    Um dia antes de anunciar um pacote de concessão para rodovias e ferrovias, a presidente Dilma Rousseff disse que a infraestrutura de transporte brasileira precisa ser ampliada e modernizada para tornar o Brasil mais competitivo, estimular a economia e gerar empregos. O assunto foi tratado na coluna semanal Conversa com a Presidenta desta terça-feira.

    “Precisamos ampliar nossas ferrovias e hidrovias que, em um país continental como o Brasil, são excelentes alternativas de transporte de passageiros e cargas, mas precisamos também investir em rodovias, aeroportos e portos, pois esses modais se completam”, disse Dilma, em resposta a um representante comercial que questionou porque o governo não investe em ferrovias e hidrovias para passageiros e cargas.

    Segundo Dilma, a orientação de seu governo é investir R$ 137,8 bilhões entre 2011 e 2014 nessas áreas. Em uma segunda etapa, o plano de concessões do governo deve abranger também portos e aeroportos. A intenção é estimular os investimentos por parte da iniciativa privada na tentativa de acelerar o crescimento da economia brasileira, que sofre com efeitos da crise econômica internacional, e também melhorar a infraestrutura do país.

    No texto, Dilma informa que, nas ferrovias, há mais de três mil quilômetros de obras de construção e adequação em andamento e estão previstos mais de 6,5 mil quilômetros de obras de expansão, que ampliarão em mais de 20% a malha ferroviária do país. Em relação às hidrovias, segundo ela, estão em construção 20 terminais hidroviários, 22 estão em ação preparatória e há nove previstos.

    A coluna semanal é publicada em jornais de todo o país que solicitam o material junto à Secretaria de Imprensa da Presidência da República. As perguntas respondidas pela presidenta foram encaminhadas pelos leitores.

    Panalpina conta com mais um serviço na região Sul do Brasil


    14 de agosto de 2012


    A partir de agosto, serviço voltado a cargas marítimas será empregado no Porto de Pelotas
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    A Panalpina, empresa especializada em logística e agenciamento de cargas com foco em fretes marítimos e aéreos, lança neste mês de agosto um novo serviço para cargas marítimas de importação com destino à Região Sul do Brasil.
    O novo serviço será realizado por meio do Porto de Pelotas (RS), entreposto aduaneiro localizado a cerca de 260 km de Porto Alegre, propondo redução no lead time e custos logísticos inerentes às importações. O objetivo é desafogar o Porto do Rio Grande e os entrepostos aduaneiros que estão sobrecarregas.
    Além da localização estratégica, o porto de Pelotas não sofre com o acumulo de cargas, conta, ainda, com estrutura de armazém alfandegado e armazéns gerais e duas parametrizações diárias, melhorando assim a agilidade dos processos.
    “Este serviço demonstra a capacidade da Panalpina em apresentar inovações em soluções para o mercado. Buscamos constantemente alternativas que tragam benefícios aos nossos clientes. Este é o espírito da Panalpina”, afirma o gerente regional Sul da Panalpina, Marcos Madruga Vargas.

    domingo, 12 de agosto de 2012

    Aeroporto de cargas é mais uma conquista da região



    Depois de consolidar o megaempreendimento da Klabin, superior de R$ 6 bilhões, a região dos Campos Gerais terá um dos maiores e mais modernos aeroportos de cargas da América Latina

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    Depois de consolidar o megaempreendimento da Klabin, superior de R$ 6 bilhões, a região dos Campos Gerais terá um dos maiores e mais modernos aeroportos de cargas da América Latina, que será construído entre Ponta Grossa e Tibagi, com previsão de investimento superior a R$ 3,5 bilhões. A informação, repassada com exclusividade ao Jornal da Manhã, é do presidente da Companhia Aeroportuária dos Campos Gerais, Edson Morozowski. O projeto, afirma, já saiu do papel e dentro de dois meses aproximadamente, será definido o cronograma de obras.
    É para comemorar, e muito. Trata-se de uma conquista de valor imensurável para o Paraná e muito especialmente para a região dos Campos Gerais. Tanto o aeroporto como a Klabin, que se instalará em Ortigueira, são os dois maiores investimentos privados obtidos pelo Estado nos últimos anos. A Klabin, para se ter uma ideia da grandiosidade da fábrica, empregará mais de 8 mil pessoas. Especialistas asseguram que para a região, o aeroporto trata-se de uma a peça-chave para atrair novos investimentos industriais.
    Pelo projeto, o aeroporto terá quatro pistas e possibilitará 7,5 mil pousos e decolagens por ano, com conexões com a Europa, países da América Latina e aos Estados Unidos. Além disso, o empreendimento contará com 8,8 mil metros quadrados de galpões para armazenagens, oito hangares e poderá operar com qualquer tipo de aeronave, inclusive os Airbus 380.
    Esse novo aparato logístico contribuirá para acelerar ainda mais o desenvolvimento econômico e social de todos os municípios dos Campos Gerais. Algumas dessas cidades ainda possuem baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Essa realidade muda com esses novos investimentos e a posição firme e estratégia do governo estadual em desenvolver ações visando a melhoria da qualidade de vida da população. Com o aeroporto de cargas de Tibagi, o volume de exportações e arrecadação de tributos federais, por exemplo, crescerá de forma extraordinária.
    É a prosperação econômica não apenas nos Campos Gerais, mas no Paraná. O Estado saiu do ostracismo, retornou à rota dos investimentos e através do programa Paraná Competitivo já atraiu R$ 18 bilhões em novas indústrias ou ampliações.

    São Paulo ganhará dois aeroportos para jatinhos



    O Brasil já possui a segunda maior frota de aeronaves particulares, atrás dos EUA

    12.08.2012 | Atualizado em 12.08.2012 - 02:03
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    Da Redação

    A Região Metropolitana de São Paulo deve ganhar pelo menos dois aeroportos dedicados à aviação executiva até a Copa de 2014. Os investimentos devem ser acelerados a partir da assinatura, na próxima semana, de um decreto presidencial que vai regulamentar a exploração privada de aeroportos para uso exclusivo da chamada aviação geral. O Brasil já possui a segunda maior frota de aeronaves particulares, atrás dos EUA. 

    Nos últimos anos, porém, o aumento da frota, em especial de jatinhos, cujos preços variam de US$ 2 milhões a US$ 60 milhões, tem dado dor de cabeça aos proprietários: faltam hangares para estacionar e horário para pouso e decolagem nos aeroportos. 

    Para dar conta da demanda da aviação regular, a Infraero vem limitando o número de slots (espaço para pouso e decolagem) para a aviação executiva, principalmente em Congonhas. Com o Campo de Marte, na Zona Norte da capital, saturado, o crescimento tem se espalhado por Jundiaí e Sorocaba. Esta semana, a construtora JHSF apresenta o projeto de seu aeroporto de luxo, com investimento estimado em R$ 700 milhões, a ser instalado em São Roque, a 62 km da capital paulista. 

    Concorre com esse empreendimento um projeto dos empresários Fernando Botelho Filho e André Skaf, para um aeródromo de menor porte em Embu-Guaçu.