sexta-feira, 3 de agosto de 2012

SP: Aeroporto de Guarujá terá voos comerciais


 Atualizado em quinta-feira, 2 de agosto de 2012 - 13h21


Local tem condições de realizar 22 voos diários e capacidade para receber 500 mil pessoas durante o ano, segundo a prefeita
Aeroporto Civil Metropolitano fica na Base Aérea de Santos, localizado no Guarujá / DivulgaçãoAeroporto Civil Metropolitano fica na Base Aérea de Santos, localizado no GuarujáDivulgação
O Aeroporto Civil Metropolitano, na Base Aérea de Santos, localizado no Guarujá, contará com voos comerciais a partir de 2014.

A informação partiu da prefeita de Guarujá Maria Antonieta de Brito. “O nosso aeroporto vai atender turistas que decidirem visitar a região durante a Copa 2014", disse a prefeita.

Segundo Maria, a Aeronáutica autorizou a cessão da área onde será criado o aeroporto à Prefeitura de Guarujá. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União, no último dia 30.

"Depois do estudo do impacto ambiental, a licitação está prevista para janeiro de 2013, o que leva cerca de quatro meses. As obras são rápidas de se rem construídas, pois são feitas com módulos, da mesma forma com que Unidades de Pronto Atendimento foram construídas e devem ocorrer em abril. Atualmente, o aeroporto já tem torre de controle, pista e estradas de acesso e em 2014 estará em pleno funcionamento", disse a prefeita.

O aeroporto deve custar cerca de R$ 80 milhões e contará com reforma e ampliação da pista, que passará de 1.300 para 1.600 metros, além de terminais de embarque e desembarque, estacionamentos e outras intervenções.

"Para se ter uma ideia, a pista do aeroporto de Guarujá é maior que a pista do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro", disse o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Administração Aeroportuária (Sineaa), Pedro Azambuja.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

PARALISAÇÃO INTERDITA DIVERSAS RODOVIAS DO PAÍS


                  Bloqueios atingem estradas de pelo menos seis Estados

Faixas de rodovias federais em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão bloqueadas nesta terça-feira (31/07). A interdição acontece por conta da paralisação de motoristas de caminhão.
Enquanto em São Paulo, os bloqueios causavam lentidão na pista sentido Rio de Janeiro da rodovia Presidente Dutra, do km 27 ao km 24, em Silveira (a 231 km de São Paulo). No Estado fluminense as paralisações atingiram cinco pontos na via Dutra. No sentido São Paulo da rodovia, havia retenção do km 227 ao 228, na serra das Araras; e do km 264 ao km 276, em Barra Mansa.
Na pista sentido Rio, a interdição mais crítica ocorria do km 287 ao km 273, na região de Barra Mansa. Também havia bloqueio próximo da cidade de Resende, com lentidão entre o km 306 e o km 302; e em Porto Real, entre o km 291 e o km 290.
Ao mesmo tempo, no Espírito Santo havia bloqueios parciais em ambos os sentidos da rodovia BR-262, km 9, em Viana. Na BR-101, motoristas de caminhão se concentravam em Cariacica, no km 284; em Iconha, no km 374; e em Linhares, no km 158.
No Paraná, o protesto afetava duas rodovias em cinco pontos diferentes onde os manifestantes impediam a passagem de caminhões. Na BR-277 o bloqueio estava concentrado em Medianeira, no km 670. Já na BR-163, os pontos de protesto estavam na região de Barracão, no km 7; em Pranchita, no km 42; em Pérola D'Oeste, no km 64; e em Capanema, no km 86.
Em Santa Catarina, os grevistas interditam, ao menos, três rodovias federais e permitem passagem apenas de carros, ônibus, ambulâncias, além de veículos com cargas perecíveis.
O tráfego está parcialmente interditado na BR-282 nas cidades de Maravilha, no km 605; em Catanduvas, no km 406; e em São Miguel do Oeste, no km 645. Na rodovia BR-158 o bloqueio ocorre em Cunha Porã, no km 110; na BR-163 há uma interdição em Dionísio Cerqueira, no km 121.
No Rio Grande do Sul, há interdição de faixas nos dois sentidos da BR-101, a principal rodovia de saída do Estado. Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o problema estava localizado no km 22, em Três Cachoeiras, onde havia 6 km de congestionamento em cada sentido. Cerca de 300 caminhões estavam estacionados na via, e os caminhoneiros permitiam apenas a passagem de carros, ambulâncias e ônibus.
Os grevistas tentam derrubar as mudanças para o setor de transporte rodoviário do País, como o cartão-frete, que formaliza a contratação dos motoristas autônomos, e a lei 12.619, que institui o controle de jornada de trabalho da categoria.
A procura de acordo, a Antt (Agência Nacional de Transportes Terrestres) discute hoje com transportadoras e caminhoneiros novas regras para a regulação do setor. A agência também informou que busca o aperfeiçoamento dos requisitos para inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) e das normas relativas ao pagamento eletrônico de frete.
O movimento começou a ganhar força na região do ABC Paulista, ao ponto que o Sindicato dos Cegonheiros fará uma entrevista coletiva para a imprensa hoje às 15 horas para falar da greve.


Avião da Gol retorna a aeroporto após equívoco com policiais armados a bordo

Aeronave que decolou de Belém retornou ao destino após alerta de que passageiros estavam armados. Mas eles eram policiais que possuíam autorização para carregar as armas



Um avião da empresa aérea Gol, que decolou às 13h54 desta terça-feira, do aeroporto de Val-de-Cans, em Belém, precisou retornar e pousar novamente no aeroporto da capital paraense após um equívoco na comunicação com a tripulação fazer o comandante emitir um alerta de insegurança interna por conta de passageiros que estariam armados a bordo.

Passageiros foram retirados da aeronave após confusão sobre a presença de homens armados em voo
Segundo a Polícia Federal (PF), o alerta ocorreu após uma passageira informar um membro da tripulação de que havia um passageiro armado dentro da aeronave. O tripulante comunicou o fato ao comandante, que emitiu o alerta e iniciou uma manobra de retorno ao aeroporto.
Mas, de acordo com a PF, os quatro passageiros armados eram policiais rodoviários federais que retornavam de uma missão. Eles tinham autorização para viajar com armas e desembarcariam em Santarém.
Mas a informação desencontrada entre a tripulação e o comandante do voo provocou a suspeita de que havia um tumulto com pessoas armadas e o piloto decidiu retornar com o Boeing 737 para Belém, o que assustou os 160 passageiros a bordo. Após a identificação do equívoco, a aeronave foi liberada para voo e decolou às 17h.




segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Estatuto da Segurança Privada

A combinação da inépcia policial com o aumento da violência converteu as atividades de segurança e vigilância privadas no Brasil numa das mais rentáveis do setor de serviços, movimentando R$ 32 bilhões por ano. Esse montante não inclui o segmento de segurança eletrônica, que fornece câmeras, alarmes e controles de acesso, tendo movimentado sozinho R$ 3,6 bilhões em 2011.
Tendo os bancos, shopping centers, lojas de departamento, empresas de transporte de valores e eventos esportivos como os principais clientes, a área de segurança privada cresceu tanto, na última década, que hoje há mais vigilantes privados do que agentes policiais em todo o País. Pelas estatísticas oficiais, as 2 mil empresas de vigilância cadastradas no Ministério da Justiça empregam 600 mil profissionais, enquanto a Polícia Federal (PF) e as polícias estaduais têm um contingente de 500 mil agentes. Para funcionar, as empresas precisam de um alvará concedido pela Polícia Federal, que é renovado anualmente. Os vigilantes não podem ter antecedentes criminais, são formados em cursos autorizados pela PF, precisam passar por uma reciclagem a cada dois anos e não detêm o porte das armas, que pertencem às empresas.
Todavia, como existem centenas de empresas de pequeno e de médio portes não cadastradas, que são mantidas de forma irregular por delegados de polícia e por oficiais da Polícia Militar, o número de pessoas armadas atuando informalmente como vigilantes privados, sem treinamento e controle, pode chegar a 2 milhões, segundo as estimativas dos técnicos da Secretaria Nacional de Segurança Pública e da Secretaria de Assuntos Legislativos, vinculadas ao Ministério da Justiça. "É um exército clandestino de pessoas armadas. Em alguns lugares, chega ao extremo de virar milícias", diz o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes, José Boaventura Santos.
Como os jogos da Copa do Mundo e da Olimpíada vão exigir enorme aparato de segurança pública e privada, o governo passou a se preocupar com os problemas causados pela explosão do número de empresas clandestinas de vigilância e anunciará, nas próximas semanas, a minuta de uma nova legislação para o setor. A legislação vigente foi editada em 1983 e é considerada defasada pelo Ministério da Justiça. O projeto do Estatuto da Segurança Privada está sob responsabilidade do secretário de Assuntos Legislativos, Marivaldo Pereira, que já ouviu entidades empresariais, autoridades da área de segurança pública e especialistas em direito penal e já encaminhou as linhas gerais de sua proposta para o Ministério da Justiça e para a Casa Civil.
Pelas diretrizes já definidas, o governo pretende fixar parâmetros para as empresas de sistemas eletrônicos de segurança, que atuam como verdadeiras centrais de inteligência, detendo informações confidenciais de seus clientes, e não estão sujeitas a nenhum tipo de fiscalização. Existem 18 mil empresas atuando nesse segmento, segundo estimativas do Ministério da Justiça. Outra medida prevista é a responsabilização criminal de quem oferecer e explorar serviços de vigilância e segurança de forma clandestina - a legislação em vigor pune o vigilante, mas não o empregador.
Além de modernizar o currículo dos cursos para vigilantes privados autorizados pela Polícia Federal, o anteprojeto aumenta o capital mínimo para a constituição de empresas de segurança e vigilância, que hoje é de R$ 100 mil. "Atualmente, qualquer um pode montar uma empresa de segurança. Com a elevação de capital, haveria um fundo para ser usado em caso de necessidade, aumentando as garantias trabalhistas", afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Vigilância, José Jacobson. A entidade apoia essa proposta, que favorece as grandes empresas do setor, e defende a criação de um Sistema Nacional de Segurança Privada, com a participação do poder público e de entidades empresariais.
A elaboração do Estatuto da Segurança Privada é uma iniciativa importante do governo. Mas, como envolve interesses conflitantes, seu alcance e sua consistência técnica só poderão ser efetivamente avaliados quando a Secretaria de Assuntos Legislativos divulgar o projeto na íntegra.

domingo, 29 de julho de 2012

Mais greve


18:18 \ Governo


Crise nos portos ainda pode piorar...
Veja como a crise provocada pela greve de servidores públicos nos portos parece estar longe de ser solucionada. A partir de 6 de agosto, além dos funcionários da Anvisa e da Receita Federal (em operação-padrão), os fiscais federais agropecuários também irão cruzar os braços.
Responsável pela fiscalização dos produtos agropecuários que entram e saem do país, a categoria reivindica estruturação da carreira e reforço do efetivo por meio de concurso público.
Segundo o Sindicato dos Fiscais Federais Agropecuários, seria necessário um aumento de 42% no efetivo atual (3 600 vagas em todo o país) para acompanhar o crescimento do setor agropecuário. Nos últimos 10 anos, o país teve um aumento de 339,8% no valor das exportações.
Por Lauro Jardim

Mais greve


18:18 \ Governo


Crise nos portos ainda pode piorar...
Veja como a crise provocada pela greve de servidores públicos nos portos parece estar longe de ser solucionada. A partir de 6 de agosto, além dos funcionários da Anvisa e da Receita Federal (em operação-padrão), os fiscais federais agropecuários também irão cruzar os braços.
Responsável pela fiscalização dos produtos agropecuários que entram e saem do país, a categoria reivindica estruturação da carreira e reforço do efetivo por meio de concurso público.
Segundo o Sindicato dos Fiscais Federais Agropecuários, seria necessário um aumento de 42% no efetivo atual (3 600 vagas em todo o país) para acompanhar o crescimento do setor agropecuário. Nos últimos 10 anos, o país teve um aumento de 339,8% no valor das exportações.
Por Lauro Jardim

Aéreas regionais somem do mercado



Dez empresas desapareceram nos últimos 2 anos por falta de plano de negócios sustentável

Agência Estado 
Agência Estado
AE
Trip anunciou fusão com a Azul em maio
Apesar do forte crescimento do número de passageiros transportados no Brasil, os últimos anos têm sido difíceis para as companhias aéreas regionais. Mais vulneráveis que as grandes empresas, muitas não aguentaram as adversidades. De 2010 para cá, restaram apenas 4 das 14 empresas que operavam voos regulares regionais, segundo levantamento do Grupo Estado a partir de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Nesse período, nove pararam de voar regularmente e uma - a Pantanal - foi incorporada pela TAM. Continuam operando NHT, Sete, Passaredo e Trip, que em maio anunciou fusão com a Azul, o que a colocará no rol das grandes companhias aéreas. As duas últimas conseguiram implementar modelos de negócios que lhe deram alguma musculatura e maior resistência para sobreviver no mercado.
Num segmento em que a necessidade de capital não é uma barreira tão grande como no caso das empresas aéreas de maior porte, investidores acabam ignorando margens apertadas e outras adversidades, apontam especialistas. "Esse é um setor em que a mortandade das empresas é muito grande. Em geral, os empresários subestimam o risco de entrar nesse negócio", afirma o consultor André Castellini, da Bain & Company.
Desafios
Para as companhias que seguem voando, o cenário é de desafios. Além dos altos custos do querosene, as empresas regionais enfrentam a deficiente infraestrutura aeroportuária do interior do País e uma rede de distribuição de combustíveis que não chega a todas as cidades com voos regulares.
Entre os 13 destinos que a Trip opera no Amazonas, há ofertas do insumo em apenas quatro. A situação se repete em outras regiões, como em cidades gaúchas, aponta diretor de Relações institucionais da aérea, Victor Celestino. "Isso significa que a empresa tem de levar o combustível para ir e voltar. Então tenho menos capacidade de levar passageiros e tenho um custo maior", diz.
Mesmo com as dificuldades, o País ainda vê empresários querendo apostar no segmento. É o caso de Jorge Barouki, do grupo catarinense Acauã, que comprou a NHT em maio. A aérea pertencia ao gaúcho JMT, e deu prejuízo no ano passado.
O novo dono tem planos de expansão. Com uma frota de seis aeronaves LET 140 para 19 passageiros, a NHT planeja incorporar quatro aviões Embraer de 30 lugares este ano e outros seis em 2013 - um investimento que totaliza US$ 21,5 milhões. O plano é ampliar os destinos no Paraná e em Santa Catarina e estrear no interior de São Paulo.
Com base em Goiânia, a Sete Linhas Aéreas, que usa aviões iguais aos que a NHT quer comprar, também pretende adquirir aeronaves de maior porte. No entanto, a empresa - há oito anos operando voos regulares - tem planos mais modestos. Pretende manter o ritmo atual de crescimento e adicionar uma aeronave por ano à sua frota.
"Somos uma empresa extremamente pé no chão. É preciso investir em metodologia interna. Quem tenta viver na base do instinto não prospera. Essa é a razão de muitas fracassaram ao longo todo tempo", diz o diretor comercial da Sete, Decio Assis.
Destinos
Apesar do ânimo de alguns empresários, a aviação regional no País atende atualmente menos destinos do que há 13 anos. Em 2011, havia voos regulares para 130 municípios, número inferior ao de 1998, quando 180 cidades estavam interligadas.
Diante das dificuldades, o setor aguarda com ansiedade o plano da Secretaria de Aviação Civil (SAC) para a aviação regional, que pretende ampliar o número de localidades atendidas. Procurada, a SAC não retornou até o fechamento desta edição. As informações são da edição de sábado do jornal <b>O Estado de S.Paulo</b>. (Glauber Gonçalves)