sexta-feira, 4 de outubro de 2013

AEROPORTO DE BRASÍLIA MODERNIZA SEUS EQUIPAMENTOS DE BAGGAGE HANDLING

A Vanderlande foi a empresa escolhida para fornecer os novos sistemas

 

Não é novidade que os serviços em terra em um complexo aeroportuário afetam diretamente o passageiro. Visando isso, modernizar os sistemas para que a experiência dentro do aeroporto possa ser a melhor possível é fundamental para que os aeroportos brasileiros possam chegar ao alto nível que almejam a tempo dos grandes eventos esportivos que acontecem no país durante os próximos anos.
O Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, acaba de adquirir um novo sistema da Vanderlande, uma das maiores no setor. Em comunicado, a empresa holandesa explica que o contrato aconteceu por conta de sua proposta competitiva, e sua experiência com projetos em outros dois aeroportos nacionais: Guarulhos, em São Paulo; e Galeão, no Rio de Janeiro.
O novo sistema inclui 83 mesas de check-in, 12 mesas de transferência de balcões de check-in com cinco carrosséis de reconciliação de bagagens, juntamente a um novo sistema de triagem automática. Os quatro carrosséis para voos internacionais, e sete carrosséis inclinados para voos domésticos usarão uma tecnologia de acionamento por fricção. O sistema também incluirá uma série de esteiras que transportarão a bagagem para os carrosséis de reconciliação com leitores de etiqueta automáticos. Atualmente, o aeroporto tem 73 balcões de check-in e oito carrosséis inclinados para chegada de bagagem.
A empresa argumenta que o aumento do número de voos diários e o tráfego de passageiros mostraram que o aeroporto tinha atingido os limites da capacidade de seu sistema de manuseio de bagagem existente. A fase de instalação do novo sistema começou há poucos dias, e os dois primeiros carrosséis planos já estão instalados e em operação. O novo sistema deverá estar plenamente operacional antes da Copa do Mundo de 2014.
Aeroporto Internacional de Xangai
A Vanderlande recentemente também fechou contrato com o aeroporto de Aeroporto Internacional de Xangai Pudong, o maior da China, e um dos maiores do mundo em carga. O complexo que deve crescer ainda mais no futuro, decidiu mudar o sistema de manuseio de bagagens existente no Terminal 1, e a empresa foi a escolhida para este processo. O primeiro terminal do aeroporto, construído em 1997 (também com equipamentos da Vanderlande), cresceu rapidamente e atingiu um fluxo de passageiros de 44.8 milhões, sendo o terceiro maior aeroporto da China em 2012.

A empresa espera finalizar o projeto no tempo previsto, e simultaneamente manter o equipamento presente no Terminal 1 em operação. Este é o primeiro projeto a modificar um sistema de manuseio de bagagens tão grande em aeroportos chineses, e deve ser entregue em abril de 2015.

AIR FRANCE SOLICITA AUTORIZAÇÃO PARA OPERAR EM BRASÍLIA

A intenção é operar três voos semanais

 

Recentemente, a companhia aérea francesa Air France pediu autorização para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para poder operar frequências no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília.
Se aprovado pela entidade governamental, os voos regulares passarão a acontecer a partir do dia 31 de março de 2014. Seriam três frequências semanais, realizadas às segundas, quartas e sextas, saindo do aeroporto Juscelino Kubitschek às 22h55 e chegando no Aeroporto Internacional Charles de Gaulle às 9h20.
No sentido inverso, os voos decolariam às 8h30 da capital francesa e pousariam às 19h10 em Brasília. A aeronave prevista para ser utilizada na operação é um B772, com capacidade para 309 passageiros.

PLANO DE AVIAÇÃO REGIONAL PREVÊ SUBSÍDIO PARA EMPRESAS AÉREAS

Benefício englobará frequências para 270 aeroportos

 

Anunciado em dezembro do ano passado, o plano de estímulo à aviação regional terá investimentos de R$ 7,3 bilhões e englobará 270 aeroportos no interior do Brasil, que serão reformados ou construídos. A novidade é que o governo confirmou que vai conceder subsídios também para as empresas aéreas que tiverem frequências regulares para estes aeroportos.
“As empresas querem voar mais. Se aparecer um cenário em que os voos para o interior sejam interessantes, elas vão avaliar. Depende da estrutura do programa”, disse o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz.

O plano de incentivos é uma tentativa do governo de levar o transporte aéreo para o interior. Segundo dados da ANAC, em 2012, apenas 122 cidades brasileiras tinham voos regulares.

FAB FINALIZA TESTES DE PLATAFORMA AEROTRANSPORTÁVEL DESENVOLVIDA PELA LAVRITA

Equipamento tem capacidade para transportar 18 toneladas.

 

Na quarta-feira (18), a Força Aérea Brasileria testou a primeira plataforma autônoma aerotransportável para carregamento de pallets produzida por uma indústria nacional, a Lavrita, em parceria com Centro Logístico da Aeronáutica (CELOG). O novo equipamento passou nos testes feitos pelo Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA).
Feita sob medida para as aeronaves C-130 Hércules e KC-390, a plataforma, batizada de “Loader Mamuth”, tem capacidade para 18 mil quilos e aumenta a operacionalidade das missões de transporte logístico. O equipamento deve ser utilizado, inclusive, no Haiti, missão humanitária que despertou a necessidade do projeto em 2010.

A nova plataforma supre as necessidades operacionais da FAB com mais agilidade de carga e descarga de aeronaves, mesmo em aeroportos que não ofereçam apoio em solo.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Polícia tem área da atuação restrita, cabendo à segurança privada a proteção da carga transportada nos terminais


Dez homens fortemente armados passaram pela Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal antes de deixar para trás centenas de seguranças do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e render oito vigilantes privados da TAM para levar 59 caixas com tablets avaliados em R$ 1,8 milhão , segundo a 3ª Delegacia de Polícia de Guarulhos.
Edu Silva/Futura Press
Polícia Civil investiga o crime. Até o momento, ninguém foi preso
O roubo milionário no aeroporto mais importante do Brasil na noite do último domingo (29) revela a fragilidade do esquema de segurança montado nesses complexos, segundo especialistas ouvidos pelo iG .
“Em 2011, levaram a bolsa da minha esposa no terminal de Guarulhos. Quando fui ao posto policial relatar o furto, ouvi que seria difícil investigar porque faltavam câmeras de segurança”, relembra o presidente da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (Andep), Claúdio Candiota. “Em qualquer aeroporto nos Estados Unidos a segurança é muito mais rígida. Até a placa do carro é fotografada ao estacionar no aeroporto. Já aqui, falta gente.”
O esquema de proteção em Cumbica, como é conhecido o aeroporto de Guarulhos, é praticamente a mesma de todo o País. Nas imediações do prédio, quem cuida da segurança é a Polícia Militar. Do portão para dentro a tarefa fica a cargo da Polícia Civil, responsável pelo o que eles chamam de Lado Térreo. Eles cuidam das ocorrências no saguão, antes de o passageiro passar pelo raio-X. A partir de então, quem toma conta do chamado “lado A” é a Polícia Federal, que fiscaliza, por exemplo, a origem do que é despachado.
Espalhados pelo aeroporto ficam os seguranças privados contratados pelas administradoras do complexo – a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) na maior parte do Brasil. Em Guarulhos, no entanto, a responsável é a GRU Airport, que em novembro do ano passado venceu uma concorrência para administrar Cumbica.
Ali, a empresa mantém 600 seguranças e 720 câmeras de vigilância. "Instalamos 120 câmeras em dez meses. Serão 1.500 até a Copa do Mundo”, garante a assessoria da empresa. Apesar dos números, a GRU responsabiliza a TAM pela segurança da carga roubada. “Nós cuidamos da segurança do aeroporto. Quem protege o terminal de carga é a companhia aérea que fornece a seus clientes o transporte de mercadoria.”
Na TAM, a empresa é a TAM Cargo, que até o fechamento da reportagem não soube informar quantos seguranças são mantidos em Cumbica e em que esquema de plantão eles trabalham.
Especializado em prevenção de incêndio em aeroportos, o Coronel Athayde, do Corpo de Bombeiros, afirmou ao iG que a falta de efetivo e integração entre as polícias sempre foi considerada grave nos aeroportos nacionais. “Esse roubo aconteceu em Guarulhos, que é bem mais protegido do que outros aeroportos pelo interior de São Paulo. As condições são ainda piores em Sorocaba, São José dos Campos...”
Reprodução
Terminal de cargas da TAM fica na Rodovia Hélio Smidt, ao lado do Aeroporto
O presidente da Andep diz que um roubo dessa natureza “é quase impossível de acontecer em aeroporto no primeiro mundo": “Ainda há poucas câmeras e policiamento adequado. Parece que a privatização do sistema não tem ajudado a melhorar a segurança.”
Embora o crime de domingo não tenha sido o primeiro e as reclamações de roubo de bagagem sejam cada vez mais frequentes, o País não tem nenhuma estatística sobre o roubo de cargas nos aeroportos nacionais. “Os contratos são com a iniciativa privada, não temos esse controle”, justifica a assessoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) .
"Com pouca informação e nenhuma integração entre as polícias", os especialistas não se surpreendem com os detalhes do roubo em Cumbica, quando oito vigilantes da TAM Cargo foram rendidos pelos dez bandidos, dois deles vestidos com uniforme da empresa.
Um dos vigilantes foi falar com os suspeitos. Rendido, não pode impedir a entrada da gangue. Dois vigilantes ficaram presos na guarita sob supervisão de outros suspeitos enquanto o restante foi levado para o depósito, onde renderam as outras vítimas, identificaram a carga concluíram o crime.