sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Após 15 anos, começa hoje ampliação de Viracopos


Agência Estado
Campinas (SP) - A Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb) concedeu nesta quinta-feira (30) autorização para o início das obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos. Depois de 15 anos de promessas e projetos, as obras de modernização de toda a estrutura do terminal começam nesta sexta-feira. A ideia é entregar o novo complexo já para a Copa do Mundo de 2014.
"Essas obras vão transformar Viracopos no mais moderno aeroporto da América Latina. Com a licença concedida dentro do prazo que havíamos solicitado, vamos entregar o novo terminal até maio de 2014", garantiu Luiz Alberto Küster, diretor-presidente do Consórcio Aeroportos Brasil, vencedor do leilão de privatização em 6 de fevereiro.
A obra é considerada estratégica para absorver a demanda do setor aéreo no Estado e fundamental para a atração da sede da abertura da Copa. "Fizemos um apelo ao Estado para que a licença saísse até agosto, porque temos um período sem chuvas até novembro. Com isso, vamos preparar tudo, lançar as sapatas e, quando começar o período de chuvas em novembro, o prédio já estará brotando", explicou Küster, destacando a importância de começar logo a terraplenagem.
Estrutura
O novo terminal terá 110 mil m² de área total, edifício-garagem com três pisos e capacidade para 4,5 mil veículos (o atual suporta 2,1 mil) e 28 posições para estacionamento de aeronaves com pontes de embarque e desembarque (fingers), o que não existe atualmente, além de sete posições remotas (com acesso aos aviões por ônibus).
A construção do novo terminal, da nova pista e do estacionamento fazem parte da primeira etapa das obras durante o período de 30 anos de concessão. Ao todo, cinco etapas deverão transformar Viracopos numa cidade aeroportuária, com centro de convenções, hotel e shopping.
De acordo com a concessionária, a primeira etapa receberá investimento de R$ 1,4 bilhão. Ao todo, serão investidos R$ 8,4 bilhões nas cinco fases. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Azul sobe posições no vácuo deixado pela Gol



Trip e Avianca também tiveram avanço em participação de mercado em julho

Regiane de Oliveira - Brasil Econômico 
A estratégia da Gol de reduzir número de voos para tentar reequilibrar seu resultado financeiro já deu frutos, mas, por enquanto, os beneficiados foram Avianca, Trip e Azul. As três empresas lideraram o maior crescimento em participação no merca do em julho de 2012 quando comparada com o mesmo mês de 2011. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Gol perdeu 5,2 pontos percentuais em participação por número de passageiros por quilômetro transportados, ficando com 32,95%. No período, o número de assentos por quilômetro da companhia caiu 9,31%.
Enquanto isso, a Avianca e a Trip passaram de 3% para 4,74% e de 3% para 4,68%, respectivamente. O Grupo Tam, que consolida os resultados de Tam e Pantanal, ficou estável, com participação de 41,87% no mercado, contra 41,01%. A Azul fechou o período com um aumento de 1 ponto percentual na participação, que fechou a 10,03% do mercado. “Vivemos um momento ímpar da aviação nacional, em que os voos estão cheios, mas as empresas não dão resultado”, afirma Enio Dexheimer, comandante aposentado da Varig e professor de indústria aeronáutica da PUC-RS. “E até o final do ano, quando a demanda é maior, apenas Azul e Trip estão se preparando para absorver a procura, mantendo as encomendas”, diz. A assessoria de imprensa da Azul informou que a companhia, que tem hoje 56 aeronaves, prevê fechar o ano com 63 equipamentos.
De acordo com projeção da Tendências Consultoria , o fluxo de passageiros nos aeroportos no terceiro trimestre terá alta de 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado, e de 2,8% na margem. “A elevação deverá ser concentrada nas linhas nacionais, uma vez que a desvalorização cambial deve ter impacto negativo sobre a demanda por viagens ao exterior”, informou a consultoria. Para o ano, a consultoria manteve a projeção de alta de 7%.
Em julho, a Gol havia divulgado que sua oferta doméstica teve queda de 6,7% comparado ao mesmo período do ano anterior, por conta da estratégia de racionalização de voos iniciada em março de 2012, que teve como resultado a descontinuação de aproximadamente 100 voos diários. “A rentabilidade dos voos foi o principal fator para definir os cortes, em que os trechos mais longos e voos noturnos foram os mais impactados”, segundo a empresa.
Voos internacionais
Apesar da redução nos voos domésticos, a Gol conseguiu ter um leve crescimento de participação em voos internacionais, em que saiu de 10,49% para 12,89% do mercado. A Tam, apesar da união com a LanChile, teve queda de 0,9 ponto percentual, para 87,11% de participação no mercado.
As empresas brasileiras não conseguiram se beneficiar do mês de férias escolares. Dados da Anac mostram que a demanda do transporte aéreo internacional para as aéreas caiu 2,33% em julho de 2012 em relação a julho de 2011. De janeiro a julho, houve crescimento da demanda em 0,59%, mas a oferta teve redução de 1,79%.

África do Sul busca agricultor brasileiro para vender comida ao Oriente Médio


África do Sul busca agricultor brasileiro para vender comida ao Oriente Médio

Projeto incentivado pelo governo prevê o uso de estufas construídas no entorno do novo aeroporto de Durban como plataforma de produção e exportação

Dubes Sônego 
Dubes Sônego
Estufa da Dube Tradeport, ao lado do aeroporto de Durban, na África do Sul.

A África do Sul está em busca de agricultores e investidores brasileiros dispostos produzir comida no país para vender ao Oriente Médio e à Ásia. De acordo com Zamo Gwala, CEO da agência de atração de investimentos da província de KwaZulu-Natal, no noroeste do país, a África do Sul precisa tanto do dinheiro quanto da experiência dos produtores brasileiros – e também argentinos. Muitos dos agricultores locais estão se aposentando e as novas gerações de sul-africanos “não estão se interessando por agricultura”, afirma: “estamos importando comida de fora”.
O principal foco de atração da província é a região do entorno do novo aeroporto de Durban, o primeiro na África do Sul a seguir o conceito de cidades aeroporto (aerotrópolis). Construído para a Copa do Mundo, o empreendimento têm hoje capacidade ociosa e áreas reservadas para a edificação de hotéis, prédios de escritório, condomínios industriais e grandes estufas para a produção e alimentos, erguidas e alugadas por uma estatal da província criada especialmente para isso, a Dube Tradeport.
Na primeira etapa do projeto, iniciada há 14 meses, foram colocadas em funcionamento seis estufas, que totalizam 160 mil metros quadrados (16 hectares), todas climatizadas. A segunda etapa, a ser iniciada assim que a primeira estiver concluída, prevê a ocupação de outros 90 hectares com novas estufas, além de mais três unidades de armazenagem, lavagem, seleção e embalagem dos produtos – uma já está em funcionamento.
Dubes Sônego
À direita, dentro da estufa, equipamentos usados na climatização das estufas da Dube Tradeport, localizadas ao lado do aeroportod e Durban, na África do Sul.
Hoje, no local, são produzidos tomates, pepinos, pimentas e berinjelas para a rede varejista Woolworth, equivalente local da inglesa Marks & Spencer. Mas, de acordo com Hamish Erskine, diretor de TI e patrimônio da Dube Tradeport, em setembro, cerca de 80% da produção passará a ser embarcada em aviões para clientes de regiões do mundo com pouca área agriculturável Hong Kong, Taiwan e países do Oriente Médio. É quando será colocada em marcha também a última etapa de desenvolvimento da primeira fase do projeto, com a entrada em operação da estufa de flores.
Gwala não diz qual a rentabilidade do negócio. Mas a perspectiva é de que seja sustentável em até cinco anos. Na medida em que a receita aumenta, afirma, diminui o dinheiro fornecido como auxílio pelo governo.
Pelo modelo de negócio desenhado, cabe a Dube fornecer a infraestrutura. Os agricultores alugam a área, cuidam da produção e aproveitam as facilidades do aeroporto para vender seus produtos no exterior. A Dube também atende produtores da região que queiram utilizar somente as instalações de armazenagem, embalagem e logística.
“Temos terra, temos água e temos infraestrutura”, diz Gwala. “Estamos buscando no Brasil e na Argentina gente com experiência e dinheiro para produzir”. O entorno de Durban é forte na produção e cana de açúcar e existe expectativa do governo de desenvolver usinas de etanol na região. Da argentina, os sul-africanos pretendem atrair plantadores de soja.
A iniciativa faz parte de um programa mais amplo, do governo federal. Segundo Charles Manuel, vice-diretor de promoção e facilitação de investimentos do departamento de comércio e indústria da África do Sul, o país já está também em contato com cooperativas agrícolas brasileiras. A ideia é levar o modelo de cooperativas, que funciona bem no Brasil, para a África do Sul, como forma de agregar valor aos produtos agrícolas.
Centro logístico
Durban é hoje o principal centro logístico da África do Sul. Seu porto é o segundo mais movimentado da África, atrás apenas do de Suez. Através dele deverão ser movimentados neste ano cerca de 3,9 milhões de TEU (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés). É mais do que o volume movimentado em Santos, o maior do Brasil, por exemplo. E há um projeto de expansão orçado em US$ 25 bilhões, já aprovado, que vai elevar a 22 milhões de TEU a capacidade de movimentação, até 2040.
No modal aéreo, o governo pretende incentivar o uso do novo aeroporto como hub de entrada para outros países da região. A Dube Trade também é a responsável por gerenciar o centro de movimentação de cargas do aeroporto de Durban, que terá um grande condomínio de empresas em uma área adjacente. Ali, em uma área de 26 hectares – primeira fase do projeto –, vão se instalar cerca 30 unidades de empresas. “Já fechamos com 19 e temos outros oito ou nove em vista”, afirma Claude Jerome Pretorius, responsável pelo marketing do empreendimento.
Entre as que já fecharam, afirma, estão unidades de armazenagem e distribuição de peças, uma empresa de confecção, unidades de montagem de produtos, empresas de logística e de alta tecnologia.
O projeto é parte de um plano maior do governo, de agregar localmente algum valor às commodities agrícolas e minerais que produz, como forma de gerar mais empregos e reduzir a desigualdade social. Mas, nesse caso, não prevê incentivos fiscais ou de qualquer outro gênero. A vantagem vendida pela província de KwalaZulu, onde está localizado o aeroporto, é a qualidade da infraestrutura para exportação e produção.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Agentes cobram propina para liberar remédios


 Atualizado em segunda-feira, 27 de agosto de 2012 - 11h14


Denúncia do repórter da RB, Agostinho Teixeira, aponta que despachantes do porto de Santos só liberam produtos mediante pagamento
Denúncia aponta suposto caso de corrupção no porto de Santos / DivulgaçãoDenúncia aponta suposto caso de corrupção no porto de SantosDivulgação
Iniciada há mais de um mês, a greve da Anvisa fez surgir no maior porto do país, em Santos, uma verdadeira máfia da liberação de remédios e equipamentos hospitalares. A denúncia é do repórter da Rádio Bandeirantes, Agostinho Teixeira.

Quem confirma são os despachantes aduaneiros, que revelam que o tamanho da propina é definido pelos fiscais, levando em conta o valor e a quantidade da carga. Em ligação telefônica, Teixeira obteve a confirmação de que os funcionários recebem a propina, em dinheiro.

Sem saber que está sendo gravado, o homem que se identifica como Edson diz que sempre é possível conseguir que os servidores da Anvisa liberem as encomendas.

O presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos e Região, Cláudio de Barros Nogueira, descartou a possibilidade de haver um esquema de propina no porto e desqualificou o informante. “Ele não parece ser um aduaneiro. É um pobre coitado”.

PORTOS DO PARANÁ BATEM RECORDE DE CAMINHÕES


Publicação: 27/08/12
A Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina) acaba de registrar recorde de movimento de caminhões pelo pátio de triagem. Segundo informações divulgadas, na semana passada, mais de três mil veículos pesados passaram por dia pelo local.
Grande parte desses caminhões são do Paraná mesmo, porém, alguns procedem também do Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Ao todo, os caminhões transportaram mais de 237 mil toneladas de grãos. O principal produto foi o milho, que somou mais quase 128 mil toneladas. De farelo foram quase 57 mil toneladas e de soja, 52 mil.

CRESCEM FUSÕES E AQUISIÇÕES ENTRE EMPRESAS DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA


Um levantamento realizado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) revela que, pela primeira vez, o setor de transporte e logística lidera o total de fusões e aquisições realizadas no Brasil.
Os números, que abrangem o primeiro semestre deste ano, correspondem à R$ 6,5 bilhões, o que representa 31,5% do volume total negociado. Segundo o levantamento, esse percentual foi de apenas 0,5% em 2011 e 4,3% em 2010.
Para a entidade, o dinamismo deve se repetir daqui para frente, "tendo em vista os desafios ainda existentes para o desenvolvimento deste setor no País e os recentes incentivos anunciados pelo governo para investimentos nesta área".
Do Portal Exame