quinta-feira, 21 de abril de 2011

Infraero investe em todo o País


Para prover infraestrutura e serviços aeroportuários com segurança, conforto e eficiência, a Infraero pratica desde 2003 um plano de obras que moderniza o setor aeroportuário brasileiro.
Em cinco anos foram entregues mais de 25 grandes obras, beneficiando 19 aeroportos de todas as regiões do País. Além destes, dezenas de aeroportos receberam pequenas obras.
Na Região Nordeste o Aeroporto Internacional de Fortaleza, Ceará, ganha duas grandes obras: a construção do terminal de cargas, vias de acesso e reforço do pátio e pistas de táxis e construção da torre de controle. No Rio Grande do Norte, estão em andamento as obras de construção do Aeroporto Internacional São Gonçalo do Amarante, em Natal. Em 2007, foram concluídas as obras de ampliação do Aeroporto de João Pessoa, Paraíba, que agora comporta 860 mil pessoas e o Aeroporto de Campina Grande, na Paraíba, foi ampliado. Além disso, o Aeroporto de São Luís passou a ser internacional, após investimentos da Infraero para adequação aos padrões de aeroporto internacional. Também foi construído um novo terminal de passageiros no Aeroporto Internacional de Maceió — Zumbi dos Palmares em Alagoas.
O Norte recebeu investimentos significativos. Atualmente a Infraero constrói o novo Aeroporto de Macapá, que terá capacidade para 700 mil passageiros por ano. No Acre, o Aeroporto de Cruzeiro do Sul passa por uma grande modernização e ampliação. A segurança aumentou no Aeroporto de Marabá, Pará, com a recuperação da pista de pouso e decolagem. No final de 2004, foi inaugurado o terceiro terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Manaus, que transformou a área de carga do aeroporto em um complexo logístico de 49 mil metros quadrados, com sete edificações. Porto Velho, que ganhou um novo aeroporto e teve o pátio de aeronaves ampliado em 2004, recebe agora um recapeamento na pista de pouso.
No Centro-Oeste, o Aeroporto de Goiânia terá um novo terminal. No Estado do Mato Grosso, Cuiabá recebeu obras de melhoria como recuperação do pátio de aeronaves e implantação do sistema de macro-drenagem. O Aeroporto Internacional de Brasília foi ampliado e recebeu uma segunda pista de pouso e decolagem, para atender o intenso tráfego aéreo do terceiro aeroporto mais movimentado do Brasil.
Na Região Sudeste, o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, teve em janeiro de 2008 a conclusão da obra da passagem subterrânea que liga a Av. Washington Luís ao aeroporto, melhorando o acesso.
Em 2007, o Santos-Dumont, no Rio de Janeiro, foi reformado para oferecer mais conforto aos passageiros. No Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, foi realizada a reforma e adequação do terminal de passageiros, que passou a ter capacidade para 2 milhões de passageiros por ano. Também foi inaugurada a obra de reforma e modernização do Aeroporto de Uberlândia, e reforço dos pátios e da pista de pouso e decolagem.
No Sul, o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu teve sua pista recapeada. Em 2004, Navegantes foi ampliado e se tornou internacional. Joinville ganhou um novo terminal de passageiros. Em Florianópolis está prevista a construção do novo terminal de passageiros, cujo projeto arquitetônico foi escolhido por meio de concurso público.
Os investimentos são realizados com recursos decorrentes de receita própria, originada da cobrança de tarifas aeroportuárias incidentes sobre aeronaves, passageiros e cargas, concessão de áreas para exploração comercial, prestação de serviços de telecomunicações aeronáuticas, meteorologia e controle do espaço aéreo. Integram, também, as fontes de financiamento dos investimentos o Adicional de Tarifa Aeroportuária (Ataero), os recursos decorrentes de convênios firmados com a União, os Estados e Municípios, além daqueles oriundos de aporte de capital feitos pela União, no contexto do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Air France remarca voo após caminhão bater em avião no Rio

Segundo companhia, os 436 passageiros vão embarcar na quarta às 13h50.
Caminhão tinha acabado de abastecer aeronave e bateu ao manobrar.

Do G1 RJ
Os 436 passageiros do avião da Air France, que estavam no voo AF-443, cancelado nesta terça-feira (19) após um caminhão de combustível bater na aeronave no Aeroporto Tom Jobim, no Rio, vão seguir para Paris num novo voo programado para as 13h50, de quarta-feira (20). As informações são da assessoria de impresa da companhia áerea.
Inicialmente, a assessoria da empresa havia informado que algumas pessoas estavam sendo realocadas em outros voos.
A Air France afirmou ainda que vai pagar a hospedagem dos passageiros que não residem no Rio e precisam ficar na cidade para o novo embarque. A companhia informou também que vai custear as despesas de transporte e alimentação de todas as pessoas que estavam a bordo do avião envolvido no acidente. De acordo com a empresa, não houve feridos.
Como foi a batida
Segundo a Air France, o caminhão tinha acabado de abastecer a aeronave na pista e ao fazer uma manobra, houve a colisão. Devido ao acidente, a fuselagem do avião foi danificada, informou a empresa.
A Petrobras Distribuidora afirmou, em nota, que os operadores de pista a serviço da empresa em todo o país recebem treinamento de nível internacional, e que vai apurar as causas do incidente junto às autoridades aeroportuárias.
A Infraero informou que o aeroporto está aberto para pousos e decolagens.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Presidente da Philips tira divisão de TVs da tomada


A companhia vai vender 70% de sua deficitária área de televisores para a fabricante de monitores TPV

Roberta B. Cowan, da
Divulgação
TV ultrawidescreen da Philips
O grupo holandês, que já foi líder global em televisores, vem enfrentando dificuldades para concorrer com rivais asiáticos de menor custo
Amsterdã - A Philips vai cindir sua divisão de televisores, na primeira medida do novo presidente-executivo, Frans van Houten, para impulsionar os resultados em queda da maior fabricante europeia de bens eletrônicos de consumo.

A Philips vai vender 70 por cento de sua deficitária divisão de televisores para a fabricante de monitores TPV, de Hong Kong. A empresa manterá uma participação de 30 por cento no negócio, criando uma joint-venture com a companhia asiática, mas tem a opção de vender essa participação no futuro. O grupo holandês, que já foi líder global em televisores, vem enfrentando dificuldades para concorrer com rivais asiáticos de menor custo tais como Samsung e LG Electronics.
Van Houten, especialista em reestruturação empresarial que assumiu como presidente-executivo este mês, declarou na segunda-feira que está avaliando a lucratividade das cerca de 400 áreas de negócios da Philips e que "vai tirar o cobertor" das unidades problemáticas, o que indica que outras áreas podem ser fechadas ou vendidas.
"Ainda não estamos com o motor funcionando bem. Há muito potencial inexplorado, na Philips", disse Van Houten à Reuters Insider.
As ações da Philips abriram queda devido à notícia, mas depois se recuperaram em meio a uma ligeira queda do mercado.
As transações com as ações da TPV foram suspensas a pedido da companhia, na segunda-feira.
A Philips não revelou o valor da transação, e disse que receberia pagamentos da TPV apenas posteriormente. Os 3,6 mil funcionários de sua divisão de televisores serão transferidos à companhia de Hong Kong.
A TPV, que detém cerca de 33 por cento do mercado mundial de monitores para computadores, registrou alta de quase 20 por cento no seu lucro, em 2010.
"É uma notícia muito positiva", disse Sjoerd Ummels, analista do ING, sobre o acordo, acrescentando que "ficou claro que (Van Houten) vai resolver o problema das divisões retardatárias."

Entre elas pode estar a de multimídia e equipamento audiovisual, que a Philips declarou pode ser fundida à sua unidade de estilo de vida e entretenimento, em Hong Kong.
O executivo afirmou que vai apresentar um novo plano estratégico para o grupo no segundo semestre do ano.
Em três semanas no cargo, Van Houten abandonou meta de seu predecessor de aumento de dois pontos percentuais na receita anual acima do crescimento do PIB global entre 2011 e 2015. Ele citou que o desinvestimento em TVs e o impacto do terremoto no Japão, que interrompeu a rede de fornecimento de componentes para as áreas de saúde e iluminação.
A TPV tem cerca de 33 por cento do mercado mundial de monitores para computadores e teve um aumento de quase 20 por cento no lucro em 2010.
A Philips mostrou seu primeiro aparelho de televisão na Holanda em 1928, mas a atual unidade de televisores da companhia representa menos de 10 por cento das vendas do grupo holandês. A empresa deixou de ser líder global no setor e enfrentou uma série de prejuízos de quase um bilhão de euros desde o começo de 2007.
A Philips também divulgou nesta segunda-feira que seu lucro líquido no primeiro trimestre caiu 31 por cento, para 138 milhões de euros, ficando abaixo de expectativa média do mercado, de ganho de 161 milhões, segundo pesquisa da Reuters.

Relembre os puxões de orelha que o Brasil já recebeu por causa dos aeroportos


Estudo do Ipea divulgado na semana passada apenas ratificou o que muitos já disseram sobre a falta de infraestrutura do setor aéreo

Wikimedia Commons
Prédio da Fifa, em Zurique
Sede da Fifa: a entidade está preocupada com o ritmo das obras de infraestrutura no Brasil
São Paulo – No dia 30 de outubro de 2007, o Brasil foi confirmado pelo Fifa como sede da Copa do Mundo de 2014. Sem concorrentes, o país foi eleito por unanimidade.

Na ocasião, o presidente da entidade, Joseph Blatter, elogiou a apresentação do Brasil, que, durante 40 minutos, destacou a preocupação ecológica dos projetos. Até o escritor Paulo Coelho foi “escalado” para defender a candidatura brasileira. Blatter ficou emocionado. "Não deveria, mas vou dizer. Estou impressionado com toda a preocupação ecológica e com o fato de terem trazido para cá Paulo Coelho. Ele tem um senso de humor específico. Isso é o futebol", afirmou Blatter.
A lua de mel entre a Fifa e as autoridades brasileiras durou até a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, pois a entidade estava totalmente focada naquele evento. Aqui no Brasil, no entanto, o cenário já era ruim há bastante tempo. O caos aéreo, cujo estopim foi o acidente entre um Boeing 737 da Gol e um Embraer Legacy em 26 de setembro de 2006, já demonstrava que havia muita coisa errada no setor aéreo.
Porém, foi apenas no ano passado que os holofotes voltaram-se definitivamente para o Brasil. EXAME.com fez um levantamento desse período e constatou que o governo já recebeu inúmeros puxões de orelha por causa da infraestrutura precária dos aeroportos. E, na maioria das vezes, a reação das autoridades foi de rebater ou desqualificar as críticas. O estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na semana passada apenas ratificou o que muitas pessoas já disseram sobre a falta de infraestrutura. O fato é que eventual vexame na Copa não terá sido por falta de avisos.
Relembre, em ordem cronológica, os alertas e as reações do governo brasileiro:
3 de maio de 2010: Durante evento realizado em Joanesburgo, na África do Sul, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, criticou os atrasos no cronograma de obras nas capitais brasileiras. Inicialmente, reclamou dos estádios. “É incrível como o Brasil está atrasado, e não estou falando apenas do Morumbi ou Maracanã, mas de todos os estádios. Muitos dos prazos já expiraram, e nada aconteceu. O Brasil não está no caminho certo.” Em seguida, demonstrou preocupação com as obras de infraestrutura, como aeroportos, e apontou entraves, como eleições e carnaval, que podiam dificultar o andamento dos projetos. “Este ano há eleições, para tudo. Ano que vem, carnaval, para de novo. É preciso aproveitar o tempo disponível para fazer as coisas.”
20 de maio de 2010: A subcomissão de deputados federais que acompanha a organização da Copa de 2014 fez um debate sobre aeroportos. Alcidino Bittencourt Pereira, coordenador da Região Metropolitana de Curitiba (PR), disse que havia necessidade urgente de ampliar a capacidade do aeroporto de Curitiba. O presidente da Subcomissão, Sílvio Torres (PSDB-SP), afirmou que seria difícil que os prazos fossem cumpridos. “Alguns inclusive têm dificuldade de atender à demanda atual e correm o risco de passar vexame na época da Copa.”

31 de maio de 2010: O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um estudo mostrando que, em pelo menos dez importantes aeroportos brasileiros, a demanda por pousos e decolagens já superava a capacidade de oferta das infraestruturas existentes. Considerando-se o horário de pico, a situação já era particularmente grave nos aeroportos mais movimentados do País, como o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, onde nos momentos de maior movimento eram feitos 65 pedidos de pousos e decolagens por hora para uma capacidade de 53 movimentações. Em Congonhas, também em São Paulo, os pedidos eram de 34 pousos e decolagens por hora para uma capacidade de apenas 24. Em Brasília, a capacidade horária era de 36 movimentações e, no horário de pico, a demanda chegava a 45. Na ocasião, o coordenador de infraestrutura econômica do Ipea, Carlos Campos, disse que esse era um dos principais desafios que o país teria de resolver para a Copa do Mundo de 2014.
2 de junho de 2010: Dois dias após o alerta do Ipea, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou severamente o estudo. "O Ipea partiu de diversas falsas premissas e apresentou dados absolutamente errados, resultando em um trabalho totalmente desqualificado", afirmou o ministro, que rebateu praticamente todos os dados relativos aos slots (sistema de alocação de horários de chegadas e partidas de aeronaves). "O Ipea disse que em Brasília a capacidade era de operar 36 voos por hora. Errado! São 45 slots. Em Manaus disse que são nove. Errado também. São 12. Erraram também nos dados sobre os aeroportos de Guarulhos, da Pampulha e em outros".
8 de julho de 2010: Durante a apresentação do logotipo da Copa de 2014, o presidente da CBF e do Comitê Organizador do Mundial no Brasil, Ricardo Teixeira, afirmou que “os três grandes problemas que nós temos no Brasil para a Copa são, inegavelmente, aeroporto em primeiro, aeroporto em segundo e aeroporto em terceiro.”
9 de julho de 2010: No dia seguinte, o presidente Lula rebateu as críticas de Ricardo Teixeira. “Eu acho sinceramente descabido alguém estar preocupado com alguma coisa para a Copa do Mundo de 2014. O Brasil é um país que tem investimentos garantidos de US$ 624 bilhões. Hoje já me perguntaram: ‘será que vai fazer os aeroportos?’ (...) Se um país com 190 milhões de habitantes com o PIB que tem o Brasil (...) se esse país não tiver condições de preparar uma Copa do Mundo, eu teria que ir embora a nado da África do Sul até o Brasil.”
12 de julho de 2010: Três dias depois, Joseph Blatter foi questionado sobre a situação brasileira, mas não se posicionou. "Eu não sei se há problemas, eu procuro soluções." O secretário-executivo da Fifa, Jérôme Valcke, no entanto, disparou ironias. "Há alguns problemas. Mas estamos trabalhando neles. Os principais são que temos de construir estádios, temos de construir aeroportos, temos de construir estradas, temos de fazer funcionar um sistema de telecomunicações, temos de resolver as acomodações. Com exceção disso, trabalharemos para que tudo funcione".

13 de julho de 2010: No dia seguinte, o presidente Lula disparou contra Valcke. "Terminou a Copa da África do Sul agora e começam a dizer 'cadê os aeroportos brasileiros, os estádios brasileiros, os corredores de trem, os metrôs?', como se nós fossemos um bando de idiotas que não soubéssemos fazer as coisas e definir nossas prioridades."
29 de julho de 2010: Um estudo elaborado pelo HSBC e pela Economist Intelligence Unit apontou deficiências em infraestrutura como empecilho para negócios no Brasil. Embora o foco do trabalho não fosse a Copa do Mundo, o documento citou especificamente as fragilidades da infraestrutura de transporte e logística, a concentração (mais de 60%) das cargas em rodovias, a frota antiga de caminhões em circulação no país, a malha ferroviária insuficiente (25% da matriz de transportes) e subutilizada, o potencial hidroviário inexplorado, e os portos e os aeroportos congestionados, como parte de um “pesadelo logístico” que teria de ser resolvido antes da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 no Brasil.
18 de novembro de 2010: O diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), Giovanni Bisignani, disse que o Brasil precisava resolver logo os problemas de infraestrutura dos aeroportos. "O País é a maior economia da América Latina e a que mais cresce, mas a infraestrutura de transporte aéreo é um desastre de proporções crescentes. Para evitar um constrangimento nacional, o Brasil precisa de instalações melhores e maiores para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, mas não vejo progresso e o tempo está correndo. O tempo para debates acabou."
19 de novembro de 2010: No dia seguinte, o jornal britânico “Financial Times” publicou uma reportagem sugerindo que o Brasil privatizasse cerca de 50 aeroportos regionais, com a ressalva de que “a privatização resolveria apenas parte dos problemas”. O diário citou, ainda, a opinião de executivos da indústria segundo os quais a Infraero, empresa até então subordinada ao Ministério da Defesa, estava “dominada por sindicatos do setor público, o que a tornava autoritária, mais preocupada com empregos do que com resultados”.

18 de fevereiro de 2011: Pelé, garoto-propaganda do Mundial no Brasil, colocou lenha na fogueira do debate ao dizer que temia que o Mundial envergonhe o país. “Fiz uma reunião por telefone com o pessoal da Fifa, já que não pude ir para a Zurique (na Suíça), e realmente eles estão preocupados. Os estádios estão atrasados, São Paulo, que é uma das forças do futebol no Brasil, não começou as obras, temos problemas de aeroportos e alguns outros. O Brasil está correndo o risco de envergonhar a gente.” Em contato com o presidente da UEFA (associação europeia de futebol, na sigla em inglês), Michael Platini, Pelé contou que os europeus temem principalmente o deslocamento entre as cidades brasileiras.

3 de março de 2011: O diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, disse que a Fifa tinha voltado a manifestar preocupação com as condições dos aeroportos brasileiros para a Copa do Mundo de 2014. Na ocasão, foi realizada uma reunião com o presidente da entidade, Joseph Blatter, e membros do comitê executivo. “Mais uma vez a preocupação com aeroportos foi manifestada. É uma preocupação sim, talvez a maior do comitê. O governo brasileiro tem sido claro com relação a isso e que também está atento e agindo para que isso não vire um problema. Hoje seria um problema”, disse Paiva. Naquela semana, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, tinha admitido que os aeroportos do país estavam operando no limite, mas garantiu que não havia motivo para alarde porque estavam sendo feitos investimentos necessários para garantir o bom funcionamento até o Mundial.
18 de março: A presidente Dilma Rousseff criou a Secretaria de Aviação Civil por meio de uma medida provisória publicada em edição extra do "Diário Oficial da União". De acordo com a MP, toda a estrutura da aviação civil ficará a cargo da nova secretaria. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), órgão que administra os principais aeroportos do país, até então sob comando do Ministério da Defesa, passaram a fazer parte da estrutura da nova secretaria. Ao Ministério da Defesa caberá apenas o controle do espaço aéreo. A Secretaria de Aviação Civil terá como atribuições "formular, coordenar e supervisionar as políticas para o desenvolvimento do setor de aviação civil e das infraestruturas aeroportuárias". O órgão também poderá transferir à iniciativa privada o direito de explorar os aeroportos. No começo de abril, o governo indicaria o diretor de infraestrutura do BNDES, Wagner Bittencourt de Oliveira, para assumir a secretaria.
14 de abril de 2011: O Ipea voltaria, um ano depois, a divulgar um estudo sobre o setor aéreo, com nova grave constatação. As obras de ampliação de nove dos 12 aeroportos nas cidades que sediarão os jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014 não deverão ser concluídas até o início do evento esportivo. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fundação vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, a situação é preocupante.
15 de abril de 2011: A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse ter confiança que o país conseguirá concluir as obras antes da Copa do Mundo. "Tenho confiança que não vamos passar vergonha. Como sempre, o Brasil vai fazer bonito”