sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Greve nos aeroportos já preocupa empresários da indústria e comércio do AM

Segundo representantes dos segmentos, a greve atrasará a chegada de matérias-primas e produtos e o escoamento de bens acabados fabricados pelo Polo Industrial de Manaus.

[ i ]Entidades acreditam que paralisação poderá prejudicar empresas que aguardam insumos.

Manaus - A paralisação dos funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) dos dois principais aeroportos de cargas do País, Viracopos (Campinas) e Cumbica (Guarulhos), ambos em São Paulo, terá reflexos negativos na atividade comercial e industrial do Estado. Segundo representantes dos segmentos, a greve atrasará a chegada de matérias-primas e produtos e o escoamento de bens acabados fabricados pelo Polo Industrial de Manaus.

O presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Gaitano Antonaccio, afirmou que a situação é uma calamidade. “Mesmo funcionando o sistema já é demorado por falta de material humano e equipamentos obsoletos, imagina agora? Vai ser um caos”, desabafou ao destacar que a demanda é bastante superior à estrutura oferecida.

Antonaccio afirmou que o momento escolhido para a greve é inoportuno para o comércio. “Esse período é crucial. De outubro a dezembro, estamos cheios de pedidos”, disse. Segundo ele, quem aguarda material do exterior também vai sofrer. “Os importadores que pagam PIS, Cofins e altos tributos, ainda são penalizados com esse problema. É lamentável”, disse.

A superintendência da Infraero de Viracopos divulgou que ao menos 800 mil toneladas de cargas ficaram represadas no aeroporto no primeiro dia de paralisação. O terminal de cargas recebe, em média, 14 voos internacionais com importação. A greve também é realizada em Brasília e ocorre em protesto aos planos do governo federal de privatizar os terminais.

“Aquilo que é produzido em Manaus e deveria ir para o sudeste, nosso principal mercado consumidor, está comprometido”, afirmou o presidente do Cieam, Wilson Périco.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

BNDES vai financiar investimentos em aeroportos licitados

Fonte: Valor Econômico

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar os investimentos das empresas que ganharem as concessões dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. A tendência, segundo informou ao Valor o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, é que o banco financie algo entre 50% e 70% do investimento total, estimado em R$ 13,257 bilhões.

O financiamento é para o investimento. O pagamento da concessão (outorga) terá que ser feito com recursos próprios dos consórcios vencedores e da Infraero, que poderá ter participação de até 49% em cada empreendimento.

No caso dos investimentos, os consórcios que ganharem os leilões dos três aeroportos deverão aportar, com capital próprio, pelo menos 30% do valor a ser investido. A participação do BNDES, nos empréstimos para projetos de infraestrutura, é limitada a 70%, embora possa aumentar, em casos excepcionais, a 90%.

Em média, as empresas tomam 50% junto ao BNDES e os 20% restantes no mercado, por meio de emissão de títulos, por exemplo. A tendência, por causa da crise financeira internacional, que está aumentando a aversão dos investidores a risco, é que as companhias busquem os recursos do BNDES, praticamente a única fonte de crédito de longo prazo existente no país.

O banco, segundo Bittencourt, não precisará criar uma linha específica para financiar os investimentos nos aeroportos concedidos à iniciativa privada. Vai usar as linhas tradicionais e as diretrizes da modalidade BNDES Finem (Financiamento a Empreendimentos) para calcular o custo das operações.

O custo financeiro dos empréstimos concedidos pelo banco estatal para investimento em logística é equivalente à TJLP, que está em 6% ao ano, acrescida da remuneração básica do BNDES (0,9% ao ano), da taxa de risco de crédito (que vai até 3,57% ao ano, a depender do risco do tomador), da taxa de intermediação financeira (0,5% ao ano) e da remuneração da instituição credenciada para conceder o financiamento (o percentual é negociado entre as partes).

"O BNDES vai oferecer suas linhas normais. O custo, no fim, deve ficar em torno de 3% reais [acima da inflação]", observou Bittencourt, que, antes de assumir o comando da SAC, era diretor de infraestrutura do BNDES. "Não precisa de aporte específico para essas operações. Os valores não são muita coisa para o banco."

O ministro explicou que a Infraero, embora vá deter até 49% do capital de cada aeroporto licitado, fará aportes relativamente pequenos nos empreendimentos. Hoje, quando investe nos aeroportos, a estatal é obrigada a bancar 100% dos recursos. Com a concessão, isso pode cair para menos de 15%.

Os consórcios serão formados por meio de Sociedades de Propósito Específico (SPE). Dentro de cada SPE, haverá a Infraero com 45% ou 49% do capital, os funcionários da estatal com até 4% e uma outra SPE integrada por sócios privados, com 51%. O ministro ressalvou que a Infraero, embora acionista minoritária, terá direito a veto em decisões como mudança da sede ou da composição do capital.

"Funciona assim: de cada R$ 100 investidos, R$ 70 virão do BNDES e de outras fontes de financiamento e R$ 30 dos sócios. Dos R$ 30, R$ 14,7 virão da Infraero, muito menos que os R$ 100 gastos hoje, mas ela vai ter metade do retorno do negócio, quase 50% dos dividendos", explicou o ministro. "É o melhor negócio do mundo."

A Infraero vai cobrir sua parte com recursos próprios, sem necessidade de aporte do governo. Bittencourt esclareceu que a estatal, embora possa vir a ter até 49% de cada consórcio, jamais controlará as novas empresas. A gestão dos aeroportos concedidos será sempre privada.

Bittencourt informou também que o plano de abertura de capital da Infraero ficou para mais adiante. Ele explicou que, com as concessões, a empresa passará a ter ativos que a capacitarão para abrir o capital e atrair investidores.

"Estamos reestruturando e modernizando a Infraero para ela ter capacidade de fazer isso no futuro [abertura de capital]. Além dos aeroportos que ela administra, ela terá um portfólio com investimentos rentáveis, coisa que ela não tem hoje", observou o ministro. "Ela tem que ser observada como uma empresa competente. Daqui a três anos, avaliaremos a possibilidade de abertura de capital. Não é prioridade agora."

No modelo de concessão estabelecido pelo governo, os ganhadores dos leilões terão que investir, a valor presente (descontado o custo médio do capital previsto nos contratos), R$ 4,771 bilhões no aeroporto de Guarulhos (SP) durante 20 anos; R$ 6,274 bilhões em Viracopos, que é o aeroporto de Campinas (SP), em 30 anos; e R$ 2,212 bilhões no Juscelino Kubitschek (Brasília) durante 25 anos. Sem descontar o custo do capital, fixado pelo governo em 6,46% ao ano, os investimentos serão, respectivamente, de R$ 6,241 bilhões, R$ 11,489 bilhões e R$ 3,535 bilhões, totalizando R$ 21,265 bilhões ao longo de até 30 anos.

Bittencourt, que deu entrevista ao programa "3 a 1", da TV Brasil, que foi ao ar na noite de ontem, disse que a motivação da greve dos funcionários da Infraero é ideológica. "Não faz o menor sentido", criticou. Ele disse que, mesmo com a concessão dos três aeroportos, os funcionários da estatal não serão demitidos.

"Eles poderão optar entre permanecer na Infraero ou ir para a nova empresa. Se ficarem, podem, no máximo, ser remanejados para outros aeroportos, mas não perderão o emprego", assegurou o ministro.

Greve de aeroportuários afeta transporte de cargas em Viracopos

Segundo a Infraero, houve uma grande adesão de funcionários do setor de logística

A greve de 48 horas deflagrada por funcionários da Infraero no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, afetava principalmente o transporte de cargas no terminal na manhã desta quinta-feira (20). Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, houve uma grande adesão de funcionários do setor de logística, e apenas cargas perecíveis e animais eram atendidas nesta manhã. De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeroportuários, 23 aeronaves estavam paradas em Viracopos por volta das 7h sem ter carga embarcada ou retirada.

A paralisação começou à 0h desta quinta-feira (20), e também é realizada nos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, e em Brasília. O ato que ocorre em protesto contra os planos do governo federal de privatizar os terminais não prejudicou, no entanto, o embarque de passageiros até o início da manhã desta quinta nos três aeroportos. De acordo com o sindicato, às 23h de quarta-feira (19), apenas três dos 85 funcionários do setor de cargas estavam trabalhando. O balanço desta manhã ainda não foi divulgado.

A Infraero informou que foi acionado um plano de contingência para minimizar os efeitos em Viracopos – entretanto, como a adesão foi grande e o movimento de cargas é alto no aeroporto, apenas cargas consideradas prioritárias eram transportadas. Segundo o sindicato, apenas três funcionários foram mantidos trabalhando para o manuseio das cargas essenciais – além de perecíveis e animais, medicamentos. “Até o fim do dia vamos ter 690 toneladas de carga parada no aeroporto”, afirmou Célio Alberto, funcionário de Viracopos e membro do sindicato. A Infraero informou que deve ter um balanço da adesão no meio da manhã desta quinta.

Enquanto a situação era complicada no terminal de cargas, para os passageiros não havia reflexos. Tanto o embarque quanto o desembarque ocorriam sem problemas. Os voos partiam dentro dos horários previstos, com atrasos e cancelamentos dentro do previsto. Passageiros que desembarcavam relataram não terem percebido alterações nos procedimentos, e funcionários de companhias aéreas informaram que tudo ocorria dentro do normal. Em Cumbica, das 45 partidas previstas da 0h até 7h, foram registrados dois atrasos e quatro cancelamentos. Depois desse horário, até as 8h, mais nenhum problema foi registrado.

Segundo a Infraero, houve adesão à greve no terminal de passageiros, entretanto, em número menor que o ocorrido no terminal de carga. Por isso, o plano de contingência da empresa, que remaneja funcionários para as funções afetadas, tinha efeito e fazia com que as operações não fossem afetadas.

Na entrada do terminal de passageiros, membros do sindicato com faixas e um carro de som tentavam passar para quem entrava e saía do aeroporto os motivos da greve. Os aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília devem ser concedidos à iniciativa privada. Os três aeroportos serão leiloados pelo governo para agilizar obras de ampliação e melhoria visando a Copa de 2014 e para atender ao crescimento da demanda interna por voos.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência não se manifestou sobre a greve e disse que o governo atendeu parte das reivindicações dos aeroportuários, como a manutenção da gestão estatal da navegação aérea.

A orientação para os passageiros com voos previstos para quinta e sexta é que entrem em contato com a empresa aerea para confirmar os horários de seus voos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Argentina barra na fronteira milhões de calçados brasileiros

19/10/2011 - 08h00


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FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
Cerca de 4 milhões de pares de calçados brasileiros estão parados em depósitos porque as fábricas não conseguem licenças para levar a mercadoria à Argentina.
As indústrias brasileiras acusam o governo do país vizinho de barrar exportações na fronteira para agradar às empresas argentinas e ganhar apoio na eleição presidencial. Os argentinos vão às urnas neste domingo e devem reeleger Cristina Kirchner no primeiro turno.
A Abicalçados (associação do setor no Brasil) estima um prejuízo de US$ 100 milhões neste ano por conta dos problemas com a Argentina.
Uma licença que deveria levar 60 dias para sair chega a demorar mais de 200, diz a entidade. No domingo passado, os argentinos comemoraram o Dia das Mães. Mas as mercadorias continuaram sem autorização para entrar no país.
Em Uruguaiana, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, e em cidades do polo calçadista próximo a Porto Alegre, depósitos estão lotados. A demora leva as empresas a gastar ainda mais com armazenagem.
O diretor-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, diz que o governo brasileiro não está atuando no caso para não interferir na corrida eleitoral argentina. "Até que passem as eleições lá, não vai acontecer nada."
Klein diz que o prejuízo maior é a "perda de confiança" dos importadores estrangeiros na capacidade de fornecimento do Brasil. O problema recorrente já levou até indústrias brasileiras a se instalar do outro da fronteira nos últimos anos.
Em maio passado, o Brasil retaliou o bloqueio de exportações pela Argentina e milhares de automóveis produzidos pelo país vizinho acabaram retidos.
O Ministério do Desenvolvimento afirma que mantém contato permanente com o governo argentino para solucionar entraves. A Embaixada da Argentina não se manifestou.

Para ministro, greve em Viracopos e Guarulhos ´não se justifica´

Wagner Bittencourt disse que processo de privatização é discutido de forma ampla

Brasília - O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse hoje (18) que a greve dos aeroportuários de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília, prevista para começar à meia-noite de amanhã (19) “não se justifica”. Segundo ele, o processo de privatização dos aeroportos está sendo discutido de forma ampla com os representantes dos funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

“É uma questão sensível, mas acreditamos na responsabilidade dos funcionários. Temos participado de reuniões desde o início, formando mesas de diálogo com eles, e mostrado que ninguém será prejudicado. Por isso, na avaliação do governo, e tendo por base a transparência e a mesa [de diálogo] criada, não se justifica uma greve”, disse o ministro. Ele participou, hoje, em Brasília, da gravação do programa 3 a 1, da TV Brasil, que vai ao ar amanhã, às 22h.

Bittencourt garantiu que os funcionários “não terão nenhum prejuízo” com a privatização e lembrou que os trabalhadores poderão optar entre ir para a companhia de gestão dos aeroportos que será criada ou permanecer na Infraero. No caso de Brasília, onde há um grande número de funcionários, a Infraero, “a exemplo do que é feito em qualquer empresa privada”, dividirá seus funcionários da forma que considerar mais apropriada. “As regras têm sido discutidas com o sindicato”, assegurou o ministro.

Para garantir a capacidade de operação dos três terminais durante a paralisação dos aeroportuários, a Infraero informou que vai fazer o remanejamento de funcionários.

Os aeroportuários de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília decidiram entrar em greve de 48 horas como forma de protesto contra a privatização dos terminais. O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários Marcelo Tavares disse que a greve trará transtornos aos passageiros, pois o sindicato espera a adesão de 90% dos trabalhadores dos três aeroportos.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Greve contra privatização afetará aeroportos em SP e DF por 48h

Os funcionários da Infraero, a estatal que administra 67 aeroportos brasileiros, decidiram em assembleia paralisar as atividades por 48h nos terminais de Guarulhos, Brasília e Campinas. A greve, que começa à meia-noite desta quinta-feira, terá como objetivo alertar a população para a privatização dos três aeroportos, cujo leilão está marcado para o início do ano que vem.

Segundo Marcelo Tavares, diretor do Sindicato Nacional dos Aeroviários (Sina), a entrega dos três terminais à iniciativa privada põe em risco a segurança dos voos. Os funcionários temem o sucateamento dos equipamentos de controle. De acordo com ele, 98% dos acidentes ocorrem na decolagem ou no pouso dos aviões.

"O processo de pouso e decolagem depende da fidelidade dos aparelhos de navegação. Essa infraestrutura tem controle quando está na mão do estado, temos como garantir a qualidade das operações. Sabemos que as entidades privadas visam somente o lucro. Por isso, tememos a queda na qualidade desse controle", disse.

O sucateamento da infraestrutura de todos os aeroportos, não somente os que serão privatizados, também é motivo de preocupação. Segundo Tavares, dos 67 aeroportos gerenciados pela Infraero, somente 12 dão lucro - dos quais, três são exatamente os terminais que serão privatizados. Com esses recursos extras, a estatal consegue manter os demais aeroportos.

"Guarulhos corresponde a quase 40% da arrecadação. Brasília é um ponto estratégico de distribuição de voos e Campinas é o segundo maior terminal de cargas do País. A privatização desses aeroportos certamente vai dar prejuízo para a Infraero", destacou.

Outra preocupação do sindicato é a possível demissão dos funcionários da Infraero após as privatizações. "Entendemos que é necessária a parceria com o setor privado. Mas não há garantia de que os empregos serão mantidos. Todos os servidores concursados da Infraero estão desesperados", afirmou o diretor do Sina.

Segundo Marcelo Tavares, cerca de 5 mil funcionários trabalham nos terminais de Guarulhos, Campinas e Brasília. "Pelo que sentimos na assembleia, haverá adesão de 90% da categoria à greve", disse.

Concessão
A presidente Dilma Rousseff anunciou, em maio deste ano, o modelo de concessão que será usado para os aeroportos de Viracopos, Guarulhos e Brasília para que as instalações estejam prontas para a Copa do Mundo de 2014. Pelo modelo, as empresas privadas que participarem da sociedade ficarão com até 51% dos empreendimentos. A Infraero será detentora dos outros 49%. No início do ano, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicou que dez dos 13 aeroportos não estarão prontos para a Copa do Mundo de 2014.

Na prática, a operação é uma privatização dos aeroportos. O percentual das empresas pode ou não voltar a ser da Infraero, a depender das regras do edital - que só deve ficar pronto no fim deste ano. As empresas que decidirem participar da concessão podem fazê-lo individualmente ou se unir em consórcios. O governo também estuda um modelo de concessão para mais dois aeroportos: Confins, em Minas Gerais, e Galeão, no Rio de Janeiro.

Paralisação em aeroportos não afetará voos, diz Infraero


18/10/2011 - 08h00


MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO
A Infraero garante que a paralisação de trabalhadores em aeroportos não provocará interrupção de voos.
"Temos um plano de contingência que prevê funcionários de confiança exercendo atividades operacionais na ponta", diz Marçal Goulart, superintendente de gestão operacional da Infraero.
Goulart estima que entre 500 e 600 funcionários deverão cruzar os braços nos dias 20 e 21. "Temos certeza de que os dois dias passarão despercebidos pelos passageiros."
Goulart diz que as polícias Civil e Militar também já foram acionadas para ajudar a "manter a ordem". "A manifestação é legítima e pedimos apoio da polícia para que ela seja feita de forma pacífica."
Nos aeroportos, funcionários da Infraero são responsáveis por atividades como planejamento do uso dos "fingers" (pontes de embarque), distribuição de esteiras para bagagem, inspeção de pista e pátio, entre outras.
A torre de controle não deve aderir ao movimento. "Só não teremos como substituir funcionários de colete amarelo que prestam informações nos terminais", diz Goulart.
O presidente do Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários), Francisco Lemos, defende a negociação de um acordo para garantir estabilidade para os funcionários. "Queremos estabilidade até 2018, como na Espanha."
A TAM e a Azul disseram que vão acompanhar a extensão do movimento para então decidir que medidas adotar. A Gol não se pronunciou.
PROTESTOS
Funcionários da Infraero ameaçam parar os aeroportos de Brasília e de Guarulhos nas próximas quinta e sexta-feiras, em protesto contra a privatização do setor.
As manifestações foram aprovadas em assembleia. Campinas, que a exemplo de Brasília e Guarulhos integra o plano de concessão da gestão de aeroportos à iniciativa privada, decide hoje se adere ou não à manifestação.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Cinzas ainda causam cancelamentos em aeroportos brasileiros

17/10/2011 - 08h10


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DE SÃO PAULO
A atividade do vulcão chileno Puyehue ainda provoca alguns cancelamentos de voos nos aeroportos brasileiros na manhã desta segunda-feira. As companhias Gol e TAM têm restrições nos voos com origem e destino em Buenos Aires e Montevidéu.
Leia notícias sobre o Puyehue
Por volta das 8h, havia registro de cinco partidas e dez chegadas canceladas no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), em decorrência do problema. Já no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, havia ao menos uma partida e uma chegada canceladas.
Editoria de Arte/Folhapress

Além do problema causado pelo vulcão chileno, o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, estava fechado para pousos no horário em decorrência da neblina. Nenhum voo programado no local havia sido afetado pelo vulcão. O mau tempo impedia os pousos também no aeroporto Santos Dumont, no Rio.
Em junho deste ano, o Puyehue entrou em erupção e prejudicou diversos serviços aéreos do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, além de Austrália e Nova Zelândia, que têm rotas com escala nos outros países. Na época, cerca de 300 brasileiros foram impedidos de sair da Argentina.
ORIENTAÇÃO
A Gol informou que já contata os clientes que tiveram a programação alterada, via telefone, SMS e e-mail. Os passageiros podem ajudar a agilizar esse processo, telefonando para a Central de Relacionamento nos números 0300-115-2121 (Brasil), 0810-266-3232 (Argentina) e 598-2403-8002 (Uruguai).
A empresa providenciará reacomodações sem cobrança das taxas previstas e, se os clientes preferirem cancelar a viagem, receberão o reembolso no valor integral dos bilhetes.
Já os clientes TAM devem procurar a empresa pelos telefones: 4002-5700 (Brasil - capitais), 0800-570-5700 (Brasil - demais localidades), 0 810 333 3333 (Argentina), 56 2 6767 900 (Chile), 595 21 659 5000 (Paraguai), 000 4019 0223 (Uruguai).